Ináia percorre suas mãos pelo peito dele e depois aproxima os ouvidos buscando ouvir os batimentos do coração.Palpitava rápido.Ináia se afasta e segura firme a lança como um tigre pronto para dar o bote por qualquer movimentação que a caça fizesse.
É muito magro para apresentar qualquer tipo de perigo,no entanto ela não queria baixar a guarda em hipótese alguma.O homem faz barulhos com a boca e ameaçou
levantar o torso,a resposta de Ináia foi pular até perto de uma rocha e esconder-se atrás dela.O homem analisa ao redor com os olhos semicerrados e se levanta desorientado.Quando abre os olhos,olha com apreço tamanha beleza do lugar,deixou escapar um suspiro de alívio que chegou aos ouvidos de Ináia como ofensa.Ela aperta no cabo da lança mas não cria coragem para ir até ele.Estava diligente,queria achar uma melhor oportunidade para golpeá-lo.
A noite ja caía,a lua se aproximava do mar e o homem caminhou para o leste da praia.Ináia esperou ele sair de vista e foi até o barquinho que o trouxe.Estava cheio de jóias e adereços que encheram os olhos da amazona de cintilação,naquela tênue escuridão da noite.
Colocou umas jóias no corpo e se adornou,efeitando até mesmo seu cabelo castanho caramelo,que caía em uma trança como cascata nas suas costas largas.Ali na praia aberta era perigoso,então continuou se enfeitando dentro da mata fechada,alerta a qualquer aproximação.Quando o homem retornou,olhou confuso para o barco e indagou à ilha se ela escondia algum ladrão de jóias.
Ináia escutou a mata mexer,e segurou seu escudo e lança em cautela.A voz do homem se aproximava perguntado por alguém,era grave e até agradava os ouvidos dela,o que contrastava com suas idéias sobre homens.Quando ele chegou perto,ela cobriu com o escudo o corpo e apontou a lança em sua direção.Ele a viu pela primeira vez.
O homem evitou dar um passo a mais e deu um passo atrás.As palavras que Ináia dizia com sua natural brutalidade a ele não eram compreendidas.Usando sua linguagem ádvena,ele procurou passar a mensagem de que não faria nenhum mal.Ináia entendeu como ameaça e arremessou a lança com força.Mas passa raspando pelo braço dele.
O homem apenas se afasta da lança,Ináia corre para pegá-la.Ao se virar ele se deparou com as costas dela,e quando ela percebeu que ele observava já era tarde.Disse palavras de ameaça(incompreendidas por ele) e correu em sua direção com a lança armada,escondendo o corpo despido com o escudo.Ele corre para evitar os ataques e no fervor do momento acaba tropeçando.Dando chance a ela lhe furar bem no peito.
Novamente a lança passa raspando no braço dele,que se contorceu com a dor.A expressão de raiva dela passa,pois estava claro que ele não poderia lhe fazer nenhum mal.Seu suspiro é leve,ela no entanto não queria que ele a visse nua, então gritou apontando para a camisa suja dele.
O homem tira a camisa cinzenta e a entrega cordialmente.Ináia a cheira e faz uma careta.Tentando dizer algo novamente com sua brutalidade,ela toca no peito dele e aponta para o norte,e em seguida aponta para ela mesma e para o sul.O homem assentiu e se foi para o lado norte da praia,com Ináia nas suas costas o empurrando com a lança até uma parte bem distante.
Ela toca com violência no seu peito e o ameaça no seu linguajar bruto,e então fala seu nome"Ináia" e depois vira o dedo para ele"Likos"e anda de costas,em guarda,ate sair da vista dele.Likos fica por ali mesmo.
Ináia volta para o norte e lava o trapos sujos que recebeu na mão.Lavando no mar,ela contempla a lua e as estrelas.Rasga algumas partes da roupa e amarra firme nas mamas depois na cintura como uma saia que nem chegava nos joelhos.Era carne demais para pouco pano.
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Ináiaram(em desenvolvimento)
Short StoryEste é um modesto conto sobre uma amazona que decide largar tudo e todos e ir viver numa ilha isolada em algum lugar do Atlântico.O que ela não esperava era que não viveria para sempre sozinha como imaginou,um evento mudaria para sempre sua vida e o...