Pombo-correio

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   Duca saiu para colocar seu plano em prática.
   Ele seria aquela pessoa, mais uma vez. Aquela horrível pessoa "leva e traz".
   Eram duas pessoas. Duas almas que se enrolavam, que se precipitavam à beira do amor ou à beira do ódio.
   Estavam os dois em cima do muro. Nenhum dos dois dava o braço a torcer.
      "Duca, foi ele! Ele me traiu, tudo o que eu fiz foi dar o troco!"
   Era o que Duca costumava ouvir por parte dela.
      "Duca, meu chapa. Eu não fiz nada errado, simplesmente eu não sabia o que estava acontecendo entre mim e Rosinha, só isso."
   Era o que Carlinhos dizia.
   A bem da verdade era que Juca, o amigo em comum, estava de saco cheio de ser pombo correio em forma de ser humano.
Um dia, decidiu entregar uma carta à Rosinha e outra ao Carlinhos.
   Foram eventos separados. No entanto, ninguém fez menção de abrir a carta.
   Aparentemente, como Duca não havia explicado o que significava cada um dos envelopes, só podiam concluir que era a resposta definitiva da outra parte.
   Era como o "pombo humano" havia esperado. Os envelopes continham cartas em branco, porém, nenhum deles saberia disso. Os dois devolveram os papéis e exclamaram:
      "Eu já sabia que isso era o certo a ser feito!" 

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