Investigação Pessoal

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   Era fato que Alícia estaria prestes a descobrir a solução para o mistério.
   Estava envolvida com o caso, embora afastada. Era de seu interesse pessoal, portanto, não poderia investigar.
   Como poderia ficar sem saber quem tirou a vida da pessoa que mais amava?
   Alícia não era de se submeter a ordens que a impediam de fazer o que ela desejava. Cumpria todas, até que uma machucasse alguma ferida, algum orgulho, até que a ferisse.
  Foi o que houve. Mataram sua irmã. Sua irmãzinha, a garotinha que ela deveria ter cuidado. Era claro para ela que isso não poderia ficar como estava, e, certamente, ela não ficaria de fora.
  Começou as investigações com calma e cautela. Ninguém poderia saber!
  Passou a vasculhar o quarto de sua irmã, depois que as investigações iniciais terminaram. Estava interditado, porém, o pior ela já havia começado, invadir seria o de menos.
  Estar onde tudo acontecera era muito doloroso. Fora ali que ela encontrara sua irmãzinha, sem vida, brutalmente assassinada. 
   Não queria lembrar os detalhes, tratou logo de procurar algo que pudesse ter passado despercebido aos policiais.
   Sem foco, logo estava procurando às cegas nas gavetas da escrivaninha. Encontravam-se vazias, exceto pela carta que encontrou presa entre uma gaveta e outra.
   Lágrimas rolaram por seu rosto ao visualizar as letras infantis que estavam no verso do envelope: "Parabéns, melhor irmã do mundo!". Ela decidiu abrir a carta apenas quando conseguisse encontrar o monstro que tirara aquela preciosidade da sua vida.   

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