Estavam eles no chão terminando de montar a máquina, ele estava analisando se a tela de início estava certa e ela firmava os últimos parafusos da máquina.
Pai:Está tudo pronto?
Mãe:Sim, pode ligar ela? Estou tão... emocionada e esperançosa!
Pai:Claro amor, vamos ligar ela!
Após ele ligar a máquina, dão as mãos e ela começa a chorar, a máquina vibra várias vezes. Passasse segundos e nada! Mas aí, da ponta da agulha começa a formar os pés, pernas, joelhos, cintura... ela começa a criar a criança.
Mãe:Olha isso! Meu Deus!
Pai:Teremos ela de volta! Ela voltará para os nossos braços!
Mãe:Amor eu prometo melhorar mais, não vou ser mau com ela de novo! Serei boa, vou ama-lá mais ainda! -Abraçou ele.
Pai:Sim... -Observou algo.
Quando começou a fazer a boca e parte das bochechas, ele sentiu que fez algo de errado, sentiu como se algo deu errado no procedimento.
Mãe:Oque ouve? Algo de errado?
Pai:Não... peraí! Acho que programei para se tornar menino!
Mãe:Não... nossa! Agora deixe, pelo menos será igual a nossa filha!
Pai:Não sei... mas vai dar certo!
Quando estava prestes a terminar, eles sorriram e deram as mãos, ele estava terminando de ser feito. A máquina parou e disse "Feito está". Eles esperaram um pouco até que ele se movesse. Ele começou a se olhar e de repente olhou para os dois a sua frente.
Eu:Pa...papai... mamãe!
Mãe:Filho!... -Me abraçou.
O pai estava triste, porque algo deu errado, ele sabia que tinha dado pois ele queria que fosse menina igual a sua filha que teve a três anos atrás. Ele viu a máquina ela estava entrando em transe.
Pai:Amor... tira ele de cima! Rápido! -Ficou olhando a tela.
Ela me tirou depressa de cima da máquina, observei o local, parece ser conhecido, parece ser uma sala grande com três galões grande com líquidos e partes de intestino ligados a máquina.
Mãe:Oque aconteceu? Ela quebrou?
Pai:Não, ela não pode quebrar, se ela quebrar serão anos de luta por nada! -Batia na máquina.
Mãe:Não... -A máquina explodiu e desapareceu.
Não causou nenhum dano ao local, ela sumiu do espaço e tempo para um determinado lugar ao qual ainda não se sabia. Ele me olhou enfurecido e veio em minha direção.
Pai:Garoto estúpido! Olha oque fez! Destruío anos de minha vida, destruío os meus sonhos...
Mãe:Amor...
Pai:Não era nem para você existir, era para a minha filha estar aqui não você...!
Eu:Porque grita papai...?
Pai:Cale a sua boca! -Me deu um tapa.
Nessa que ele me deu um tapa caí no chão e comecei a chorar. Mamãe de imediato me socorreu, mas ele segurou ela pelo braço.
Mãe:Amor, mas ele é nosso...
Pai:Não... ele destruío os nossos planos! Era para a nossa filha voltar e não ele! Por isso eu o odeio! E você tem que odia-lo também!
Mãe:Sim meu amor... deixe pelo menos eu colocar uma roupa nele?
Pai:Faça oque quiser dele, só tire ele da minha frente! -Largou ela.
Ela me carregou depressa, após sairmos do quarto parei de chorar, subimos uma escada da cor vinho e entramos no último quarto. Ela procurou até encontrar um calção vermelho.
Mãe:Pronto, eu ainda tenho este calção... era do meu irmão mais novo! -Me vestiu.
Eu:Mamãe, por que o papai me bateu? Ele não... não gosta de mim?
Mãe:Não é isso... ele só estava com raiva por que a máquina quebrou!
Eu:Então... porque ele disse... nossa filha e não ele? -Enxuguei meu rosto.
Mãe:Não posso tocar neste assunto, vou preparar está cama para você e logo trago o seu jantar... talvez amanhã você terá uma nova vida!
Depois que arrumou a minha cama trouxe minha comida, era Arroz com batata e Ovos. Estava gostoso, depois que me deu um beijo na testa saiu e trancou a porta. Estava escuro e a única luz era o do poste que refletirá através da janela.
Me deitei e não consegui pegar no sono, senti como se algo irá acontecer. Vi uma sombra passar pela porta vindo do corredor. A porta se abre mas ainda não consegui ver quem era.
Eu:Mamãe... papai?!
Sorri mas aí vi que era o papai, ele estava com uma cara terrível, segurava um cinto de couro.
Pai:Não... a sua mamãe não está aqui! E como recompensa, ou seria castigo por ter quebrado a minha máquina... você sofrerá as consequências! -Se aproximou.
Ele passou seus dedos pela parede a fim de chegar perto de mim, colocou-se de frente de mim.
Eu:Papa... -Comecei a chorar e me esconder debaixo da coberta.
Pai:Sinto muito, mas, não tem para onde escapar! Ahah!...
Pulei da cama a fim de me esconder mas a única coisa que existia no quarto era a cama, a janela estava com madeiras pregadas e a porta... na porta a minha mãe observava tudo... não... me ajude mamãe. Tentei toca-lá mas ele segurou minhas pernas, caí no chão. Ele me puxou me dando várias lapadas.
Eu:Mamãe... mamãe!
Mãe:Perdoa mamãe... -Fala baixo.
Ela sai depressa chorando. Depois de ficar todo marcado, ele se sente cansado e fica ofegante.
Pai:Pronto, agora... agora como sente? Satisfeito não!?
Ele me pega nos braços e me coloca na cama, me coloca debaixo da coberta me dá um beijo na testa e sai trancando assim a porta. Depois de chorar sozinho de noite, sem fazer um pingo de barulho, durmo mas acabo tendo um sonho. Estava deitado de bruços, e um relógio era ligado a uma lâmina que estava prestes a cortar a minha cabeça. Acordo desesperado.
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Eu:...Será? Será que é assim, a minha morte está mais próxima do que eu pensava... porque me odeia tanto papai? Oque eu fiz?Eu não pedi para nascer! Não... -Cai na cama.
Quando amanheceu acordei de imediato. Um inseto voador vermelho entrou pela brecha da janela. Eu não sei mas... acho que ele falou comigo.
Besouro:Bom dia! Como você está?-Pousou na minha mão.
Eu:Bom dia... acho que... bem mais morto do que eu penso.
