Boy Suicidal🕇- 01 temp

05- Obra feita a Sangue

Ângela:Então, seremos melhores amigos!

Eu parei naquela hora, não sabia oque fazer então uma lágrima caiu do meu olho e parou no chão formando duas pocinhas bem pequenas.

Eu:O-obrigado... Ângela...

Ângela:Nossa mas você já tá assim? Olha mas vou te avisar, não se acostuma não tá, se você se apegar demais, quem vai sofrer e você é não eu! -Colocou fones de ouvido.

Eu:C-certo! -Enxuguei meu rosto.

Fiquei escutando música com ela, nossos braços se tocavam de vez em quando, teve uma hora que ela amarrou o cabelo, seu coque era tão glorioso! E o jeito que ficava enquanto fazia o coque, levantava o corpo um pouco e seus peitos iam para a frente.

Ângela:Que foi? -Disse me olhando.

Eu:Nada! Só... estava olhando como se arrumava! -Fiquei envergonhado.

Depois ficamos cantando várias músicas de BTS, as que eu mais gostei foram: "DNA, Boy in luv, Fake Love e Baphsae". Quando ouvimos o sinal bater ela disse que estava com preguiça, ela não foi então decide ficar junto dela. Por incrível que pareça mas, eu dormi em seu ombro. Quando ela percebeu me deu um tapa e me chamou de Cabeçudo... Cabeçudo? Nossa que antiético!

Ângela:Eae, bora? Já devem ter liberado a gente! -Levantou.

Eu:Claro, vamos logo!

Quando estávamos no segundo andar, no corredor o diretor passava e me chamou a atenção.

Diretor:Sr.Francisco, quero lhe dizer que hoje na hora em que seu pai falou comigo, disse que era para você pegar um ônibus ou trem para ir pra casa!

Eu:Como irei para casa, se não tenho... dinheiro?!

Ângela:Eu te empresto!

Diretor:Foi só isso que ele me ordenou fazer, até mais! Ah, e suas salas já saíram se eu não me engano! Passar bem!

Ele saiu e corremos juntos até a parada de ônibus, corremos rindo não sei por que, talvez a loucura era mais forte que nós! Ela me deu um dinheiro da passagem, disse o endereço a ela e ae ela me disse qual iria passar lá. O ônibus vinha e aí eu peguei ele.

Ângela:Tchau Fran! Até amanhã, não se esquece de devolver o meu dinheiro! -Deu tchau.

Entrei sorrindo dentro do ônibus, fiquei sorrindo durante todo o trafego, quando avistei uma rua conhecida ao qual eu e o meu pai saímos de tarde e entrei nela. Nossa casa era bem longe, fui entrando numa estrada de terra e as árvores foram sendo acrescentadas ao longo do tempo. O sol estava prestes a sair. Snteri pela porta de trás pois ainda não tinha a chave da frente, quando cheguei na sala meu pai estava lá tomando café.

Pai:Finalmente, sabe que horas são? Ehm? -Se virou.

Eu:Não papai, o senhor não foi me buscar então tive de pegar um ônibus!

Pai:Mas é a passagem? Oque fez?

Eu:Não tinha pois o senhor não me deu, então uma amiga me emprestou! -Coloquei minha mochila na frente.

Pai:Como é? Uma amiga? Emprestou?

Eu:Sim papai...

Mamãe entra em casa é fecha a porta, ela vê nós dois conversando e para no meio da casa.

Mãe:Oque houve com estás caras?

Pai:Pergunta pro seu filho, ele pedi dinheiro emprestado para uma amiga!

Mãe:Isto é verdade filho? -Me olhou.

Eu:Sim... mas oque tem de errado nisso mamãe? -Abaixei a cabeça.

Pai:Conta pra ele meu amor!

Mãe:Filho, você errou em ter pedido dinheiro emprestado,não e errou feio! E uma coisa que nós temos quase como um lema e que, filhos não podem ter amigos!

Pai:Pelo menos você, não deve jamais ter amigos, você deve permanecer sozinho sem ninguém para conversar!

Mãe:E isso ou você sofrerá as consequências, você sabe disso!

Eles começaram a rir de mim, eu chorei por que não poderia ter a Ângela como minha amiga, como minha melhor amiga!

Pai:Vamos, responda a sua mãe!

Apertei a bolsa...

Mãe:Está surdo, não escutou oque seu pai disse!?

..limpei meu rosto...

Pai:Que desobediência!

...falei baixinho mas aí decidi fazer aquilo que a Ângela disse, devo enfrentar eles, Bipolaridade nível 01 a solta!

Eu:NINGUÉM VAI TIRAR DE MIM A MINHA MELHOR AMIGA! NINGUÉM! E NEM VOCÊS PODEM...!

O meu pai me deu um tapa que apenas o meu rosto virou.

Pai:Que repugnante da sua parte!

Segurou meu cabelo e me deu um chute na barriga, cai no chão perto da poltrona.

Mãe:Amor, precisa de algum objeto?

Pai:Sim minha querida, vamos dizer um... um objeto cortante, uma faca ou melhor... um bisturi!

Ela pegou na cozinha um bisturi e veio sorrindo de lá.

Mãe:Aqui está meu amado!

Ele se sentou em cima de mim, minha cara estava no chão, ele tirou minha jaqueta e minha camisa branca, apenas pegou meus dois braços e me imobilisou apenas com uma mão.

Pai:Que tal pintarmos um pouco, o pincel será o Bisturi, a tinta será seu sangue e a tela... o belíssimo corpo!

Ele começou a cortar minhas costas, meus braços, atrás do pescoço, orelhas... e eu apenas podia gritar! Gritar e gritar!

Eu:PAI PARA, PARA, PARA, PARAAAAAAAHHHH! AHHHH!

Pai:Só poder para quando eu terminar de desenhar, ainda falta muito!

Depois de me torturar me jogou no quarto e saiu, como de costume ele trancou a porta, não conseguia me mover direito! Ele me cortou quase todo, não podia nem sequer me sentir! O besouro pousou no meu nariz.

Besouro:Oque fizeram com seu corpo?

Eu:F-foi... foi o...

Besouro:O seu pai! Tá eu já sei, não diga mais nada, se não a situação se complicara para você!

Fiquei ali no chão próximo a porta e acabei pegando no sono. Pela manhã não sentia mais dores, olhei um pouco para mim e vi que os cortes tinham virado cicatrizes, foi rápido demais. A mamãe tinha aberto de manhã cedo a porta, sai e fui ao banheiro. Me olhei no espelho, eu estava como uma pessoa nova, meu corpo estava sarado totalmente. Tomei um banho e vesti o meu calção vermelho.

Quando resolvi desci, minha mãe estava la tomando cafe.

Eu:Bom dia mãe!

Mãe:Ainda bem que seu pai ainda esta na cama, vá logo se arrumar pois daqui a alguns minutos irei te levar para a escola!

Depois de tomar um cafe fui para o meu quarto, me vesti e fui para o carro ao qual minha mãe já me esperava. Quando chegamos lá a Ângela deu um pulo sorrindo bem na frente do carro.

Ângela:Oi migoo! -Disse sorrindo.

Eu:Oi... -Disse e fiz um sinal de mão para que ela saísse.

Mãe:Pode ir meu filho, depois a gente se vê! -Entrou no carro desconfiada.

🔰Fim🔰