Jungkook
Já fazia mais de uma semana que eu não sabia o que era sair de casa, me sentia preso em um cativeiro, o telefone tocava tanto que tivemos que desliga-lo da tomada, minhas redes virtuais estavam repleta de mensagem, de pessoas que ao menos me conhecia, nosso jardim repleto de jornalistas que acampavam em nossa rua a fim de ter algumas exclusiva do caso, assim como curiosos que deixavam flores e mensagens de apoio em nosso gramado, não se falava outro coisa a não ser do sequestro mais horripilante dos últimos anos, e tudo que eu mais queria era que aquilo acabe-se. Quando Soyou me deu a notícia fiquei confuso mas ao mesmo tempo aliviado pensado que agora tudo ira se encaixar, mesmo nunca tendo visto Jimin pessoalmente eu já o conhecia, sabia como ele gostava do café da manhã, do seu bolo preferido, da sua alergia a castanhas e até seu suposto cheiro de lavanda que estava impregnado no seu quarto ao lado do meu. Durante anos eu assistir sua mãe chorar pela sua partida e até mesmo senti a dor dela toda vez que encontravam um corpo que tinha as mesmas características dele, cada vez que ela recebia essa ligação uma parte dela morria, e quando ela voltava para casa era possível ver a esperança de encontra-lo sumindo ao poucos. Por isso quando ela disse que haviam finalmente encontrado ele, pensei que a veria sorrir como nunca antes, mas não foi isso que aconteceu. Quando finalmente foi se liberado a visita ele se recusou a reencontrar alguém, eu não conseguia entender o que estava acontecendo, quando ela voltou tão destruída do momento pela qual ela esperou por todos esses anos, eu me senti sem chão, eu a esperava com um sorriso acolhedor que morreu ao vê-la com o rosto inchado e devastada. Olhei para meu pai confuso e o mesmo só negou com a cabeça indicando que não questionasse nada, sendo assim só a abracei, e a deixei chorar por horas. Finalmente ela conseguir dormir após ingerir alguns calmantes e meu pai a carregou até o quarto deles no fim do corredor, fui para o meu quarto e dormir consegui dormir somente por algumas horas, sendo acordado pelo choro ao quarto ao lado me levante segui até ele onde pela fresta da porta era possível velos abraçados, meus pai alisava os cabelos dela enquanto a mesma chorava abraçada no que parecia um uniforme do fundamental.
Sem querer acabei batendo no aparador do corredor chamando a atenção deles, ela sorriu sofrida em minha direção e me chamou. Me aproximei se me sentei próximo a eles, meu pai beijou sua têmpora e meus cabelos se direcionando a cozinha com intuito de preparar um chá e pegar mais calmante para Soyou.
- Ele não quis me ver Kook! – disse triste deitando sua cabeça no meu colo, exatamente da mesma forma que eu fazia consigo quando estava triste.
- Eu sei que fui uma péssima mãe, sou a culpada por tudo que aconteceu, mas eu so queria ve-lo e abraça- lo mais uma vez.
Disse ela em lagrimas, fazendo meu coração se dissolver.
- Não diga isso mãe, você não teve culpa de nada. O que aconteceu foi um tragédia do destino, nós não temos como controlar isso, você nunca o abondou sempre procurou por ele, fez tudo que estava ao seu alcance para encontra-lo, isso só mostra como você é uma ótima mãe.
- Park sempre disse que era a maior culpada pelo que aconteceu, eu deveria ter cuidado mais dele, tê-lo protegido, ter buscado ele naquele dia. Se eu não tivesse recusado aquela ligação, se eu tivesse prestado mais atenção nele, ele estaria aqui conosco neste quarto me contando da sua primeira paixão, e não sozinho naquele hospital.
- Você não pode se culpar por algo que, não tinha como você saber, se você for culpada por algo ele também é já que ele também tinha responsabilidade, era o filho de vocês e não somente seu. Agora esquece isso ele já está seguro e logo ele estará aqui, vocês poderão recuperar todo o tempo perdido e esquecer esse passado terrível.
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Liberdade
RomanceJimin se vê livre e perdido em um mundo totalmente novo pra ele, após ter conseguido escapar do cativeiro no qual foi mantido preso por 10 anos, ele tenta retornar e recuperar a vida que perdeu naquele imundo porão, ao lado da mãe na qual quase não...