Marias são muitas, mas como Dona Maria das Dores, só ela. Nascida e criada no Jaracatiá, zona rural de Bananeiras, atualmente reside na cidade desde o ano de 2011. Casou-se aos 16 anos, teve 17 filhos, 8 falecidos, são tantos netos e bisnetos que não lembra ao certo quantos existem. Preza as mais belas lembranças de sua infância, a que ela mais gosta é a lembrança do vestido preto com bico de renda feito pela mãe para festejar o casamento da irmã e o dia em que ondulou os cabelos lisos para ter sonhados cachos por pelo menos algumas horas. Foi matriculada na escola, mas diz não ter tido tanto ensino quanto queria, pois a escola era longe, à distância e o trabalho na agricultura dificultava em seu aprendizado. Uma senhora cheia de vida e com brilho nos olhos, mostra as marcas de sol pela falta de cuidados na juventude sendo elas as cicatrizes do tempo.
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Cordão de histórias, eles contam e tu lê
Non-FictionO presente trabalho tem por objetivo levar pequenos relatos de pessoas da terceira idade que se dispusera a contar suas histórias de vida, arrancando sorrisos, lagrimas de emoções e lembranças que foram guardadas no espelho do tempo.