Meu pai dizia que escola de pobre era o cabo da enxada.
Pernambucana, chegou à Paraíba na década de 70, hoje ela ostenta seus 77 anos. Não teve infância como todas as crianças, era proibida de brincar, iniciou a sua vida no trabalho agrícola aos 7 anos. Fazia farinha, cortava lenha. O pai não a deixou frequentar a escola. Aprendeu a ler e escrever nas casas que trabalhou. Trabalhou na Casa Amarela em Recife, saiu de lá para trabalhar como domestica em João Pessoa, onde viveu e trabalhou por 40 anos, foi nessa casa na capital, que ela aprendeu a ler e escrever, dedicando-se aos serviços domésticos e os ensinamentos da patroa. Então teve um filho e foi morar com o mesmo, o filho casou e dona Sebastiana criou um forte laço de amizade com a sogra do seu filho e através da grande amiga, conheceu e vive longas temporadas nesta cidade. Quando sente saudades do filho, ela retorna a João Pessoa. Mas sempre esta de volta a Bananeiras para visitar e passar alguns meses e às vezes até anos com sua melhor amiga, Dona Maria Serrão.
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Cordão de histórias, eles contam e tu lê
No FicciónO presente trabalho tem por objetivo levar pequenos relatos de pessoas da terceira idade que se dispusera a contar suas histórias de vida, arrancando sorrisos, lagrimas de emoções e lembranças que foram guardadas no espelho do tempo.