Day 3

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James levantou seu corpo rapidamente, como se tivesse acabado de retornar à vida, após uma passada de desfibrilador em seu peito. Sentia uma eletricidade estranha passar por seu corpo, como se tivesse acordado de um pesadelo — o que não deixava de ser verdade —, e uma dor imensa na sua testa.

— Caramba, Prongs! — Sirius caiu ao lado da cama, a mão na frente da própria testa.

Ah! Então ele tinha tentado acordá-lo e acabaram batendo a testa um no outro. Uma ótima forma de começar o dia, realmente.

— Acordou ligado no 220 — disse Remus, olhando surpreso para os dois.

— Eu não tenho culpa se esse paspalho resolveu praticamente deitar em cima de mim! — reclamou James, esfregando a testa, que latejava pela pancada.

— Mais um pouco e rolava beijo — comentou Peter.

Sirius rapidamente fez uma careta, levantando-se.

— Não! Credo! — ele disse.

James levantou as sobrancelhas.

— A sua pose agora há pouco demonstrava que você queria mais do que um simples beijo — resolveu provocá-lo, embora também achasse a imagem bem nojenta.

— Vocês são terríveis! — Sirius resmungou, indo até o banheiro.

James rapidamente virou-se para Peter.

— Eu não precisava dessa imagem mental a essa hora da manhã, Wormtail! — reclamou.

Ele apenas riu, procurando por suas meias no meio da bagunça de sua cama.

Estariam todos sempre procurando por alguma coisa?

Observou a porta fechada do banheiro e jogou seu edredom para um lado, levantando-se.

— Você não vai tomar um banho? — perguntou Remus, julgando-o silenciosamente, ao vê-lo começar a trocar o pijama pelo uniforme do colégio.

— Mais tarde — respondeu James — Esperar por Sirius ninguém merece.

— Quem planejou esses dormitórios não pensou o quão ruim seria quatro adolescentes para um banheiro só — disse Peter.

— Poderia ser pior, poderíamos ser garotas.

Remus negou com a cabeça, encontrando finalmente o seu livro.

— Qual prova temos hoje? — perguntou Peter.

— DCAT — respondeu James, ajeitando a gravata apressadamente.

— Você sabendo a prova de hoje? — Remus demonstrou surpresa.

Ele deu de ombros.

— Milagres acontecem — respondeu, pegando a mochila que estava no chão, sem precisar arrumá-la, já que tinha deixado-a intocada nos dias anteriores. Eram os mesmos livros e materiais, no final das contas.

— Já está indo? — Remus voltou a perguntar, mas ele não respondeu, saindo do quarto.

Desceu as escadas do dormitório masculino e seus olhos foram inevitavelmente e automaticamente para a escadaria vizinha, que dava direto para o dormitório feminino. Não sabia porque mantinha esse hábito, como se Lily Evans fosse aparecer no exato momento em que ele olhasse, descendo os degraus daquele jeito que só ele conseguia achar algo hipnotizante.

Suspirou só de imaginar e então desviou o olhar para o restante do Salão Comunal, achando os cabelos cheios e cacheados de Mary MacDonald destacando-se na multidão de alunos tão facilmente quanto os fios ruivos e lisos de Lily. Considerou por um momento, até ir em sua direção.

Day After DayOnde histórias criam vida. Descubra agora