I. Inocente

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  O meu nome é Luke e eu... sou inocente. Não matei ninguém nem estive na casa da Heather na tarde em que ela morreu. Não faço ideia de como o meu ADN foi lá parar e eu... não tenho como realmente o provar. Venho de um futuro bem distante. A minha mãe deu à luz enquanto existiam múltiplos ataques à coroa e, para me proteger, deixou-me no século XXI. Ao fazer 16 anos, os meus nanobots foram ativados e deram-me habilidades extraordinárias. Agora consigo manipular o tempo e viajar pelo mesmo, e quando eu estiver pronto irei salvar os meus pais e todo um planeta, lado a lado com os meus melhores amigos. Eu espero ser inocentado do crime que não cometi e continuar a ser o Blink!  


Luke

O tempo escurece subitamente. As lendas param imediatamente de celebrar, notando que algo de muito errado se passava. O chão treme e uma ventania super forte começa a formar-se nos céus de toda Central City, quase que nos arrancando do chão. A expressão facial do Barry e de Cisco falava por si só. Estavam ambos aterrorizados com o que quer que estivesse a acontecer. Aproximo-me dos dois, assustado:

  — O que se passa? 

 — É um buraco negro!— exclama o velocista. — Eu já lidei com um antes, mas nunca deste tamanho. Nós não conseguimos ver o céu. O buraco negro vai consumir o planeta e não a cidade! Temos de a evacuar imediatamente, não consigo fechar um desta magnitude! É impossível!

De súbito, deixo de sentir os meus pés no chão e, juntamente com todos os heróis à minha volta, começo a ser puxado em direção à escuridão.

 — Interrogatório miúdo!

Levanto-me da cama de pedra abruptamente com o susto que o guarda me causara. Após observar o espaço que me rodeava, recordei que estava a aguardar julgamento em tribunal por um crime do qual estava a ser injustamente acusado. Estalei as costas umas dez vezes para ver se cessava a pequena dor constante e ao sentar-me para me calçar, estalei involuntariamente outra vez. 

 — Repita lá porque é que eu tive de dormir aqui estas primeiras três noites, se eu supostamente estou livre para ir embora?

 — CALADO!

 — Credo! — digo num sobressalto, assustado.

Não era mentira. Eu sou um homem livre, só querem fazer-me mais umas questões e poderei aguardar julgamento em casa. Falei com o Barry na semana passada e também ele estava a ser acusado de homicídio por ter matado DeVoe. Dia 16 de Janeiro é o dia do seu julgamento e apesar de eu querer estar presente, o meu vem logo três dias depois, não posso perder tempo. Pergunto-me o que raio se anda a passar connosco, heróis? O Barry é acusado de homicídio e pode ir preso, eu sou acusado de homicídio e posso ir preso. E a seguir? Vai o Arqueiro Verde ser acusado e ser preso também? Isso era o jackpot.

Os guardas abrem a cela e deixam-me passar passar para o lado de fora, levando até à sala dos interrogatórios... uma vez mais algemado.

Eu não percebo. Eu nem uma agulha tenho à mão. Para quê algemarem-me? Estão com medo que eu dispare raios de repente, é? Isso é um absur... oh.

Percebi. 

Meta-humanos e poderes e... okay.

Se bem que estas algemas de nada resultam. Eu não sou meta-humano e consigo definitivamente mirar no policial e utilizar as minhas habilidades. Curvo os lábios, pensando em realizar um teste, só para me certificar de que não estava enganado. Aponto o meu dedo indicador para o atacador do sapato do homem discretamente, desapertando-o sem qualquer esforço. 

TIME: Conquer of the MultiverseWhere stories live. Discover now