Luke
Foram longos os minutos em que se comparavam as amostras de sangue, enquanto Caitlin tirava anotações para um caderno. Zack era o mais impaciente. Este era incapaz de me olhar nos olhos. O seu medo de que eu no futuro viaje para este momento e mate a sua namorada está obviamente entranhado na sua cabeça... e na minha também.
Eu não posso fazer uma coisa dessas! Sei que em dois meses tudo pode mudar, tal como a minha vida sofreu uma mudança de 360º graus quando descobri os meus poderes... mas eu não consigo acreditar que eu vire um assassino. Não assim tão abruptamente.
Nem com os maiores motivos para odiar uma pessoa eu seria capaz de a matar.
Patrícia estava ao meu lado. O seu olhar fixo em mim e a sua boca um tanto aberta. Notei que me queria dizer algo, então fiquei a encará-la. Esta aproximou-se ligeiramente de mim:
— Então tens vivido este tipo de situações o tempo todo?
— Não necessariamente um possível homicídio cometido por uma versão malvada minha do futuro.— gargalho, apesar de preocupado.—mas desde que fiz dezasseis anos que o meu maior medo é o amanhã. Todos os dias acontece algo novo mas a maioria das vezes não é bom. A única coisa boa é ter virado um super-herói e ajudar as pessoas com os meus poderes ou já estaria louco.
— Eu ouvi-te dizer que a Heather morreu porque tu me salvaste, que o tempo se restaurou... é verdade?— questiona, receosa.
Fico sem saber o que lhe responder. Sei que a rapariga se vai sentir culpada, triste e arrependida, por muito que esteja agradecida por lhe termos salvo a vida e a incluído, por fim.
— Não penses nisso, está bem?— deposito-lhe um pequeno beijo na testa e ela inacreditavelmente não o recusa.— Tu estás connosco.
— Obrigada.
Levanto-me para espreguiçar e alguém vai contra mim, caindo ao chão. Rapidamente olho para trás, vendo Cisco revirar os olhos. Pedi imediatamente desculpa e estendi a minha mão para o ajudar a levantar. Assim que as palmas das nossas mãos tocam, sinto o ambiente ao meu redor mudar para um tom azul escuro e estava agora na cidade.
Ao olhar para o meu lado, vejo Cisco a olhar para mim completamente incrédulo e ambos libertamos um pequeno berro.
— Como é que estás aqui?!
— O que é que é aqui?!— exclamo.
— Nas minhas visões!
— Eu sei lá!
Olho para a frente, vendo uma cidade desconhecida completamente destruída, enquanto naves espaciais semelhantes à dos viajantes voam por todo o lado.
— Ó céus...— Cisco murmura.
O ambiente ao nosso redor volta à normalidade e eu liberto uma longa respiração, como se não respirasse à horas. O rapaz de longos cabelos removeu a sua mão da minha e levantou-se imediatamente, olhando para mim traumatizado.
— Prendam o Luke na prisão dos meta-humanos.— pede, subitamente.
— O quê? — arregalo os olhos.
Barry, Iris e Wells reaparecem na sala, confusos.
— Porquê?
— Eu acabei de ter uma visão do futuro e a cidade estava destruída... com naves espaciais a voar em todo o lado! Ele vai virar um vilão, ó meu Deus que a força esteja comigo.
— Ele não, Cisco. Um doppelgänger dele.— Caitlin aparece subitamente na sala.— Acabei de examinar tudo e devo dizer que o sangue do Luke é a coisa mais surpreendente de sempre. Mesmo sem os nanobots, a sua rapidez em curar feridas é muito maior e o seu sistema imunitário graças aos sete tipos de glóbulos é extraordinário! Estudei também os nanobots. Eles servem apenas para auxiliar o progressivo avanço do cérebro e impedir que o hospedeiro morra por utilizar e desbloquear todas as áreas do cérebro simultâneamente, e ajudar a fazer a dor física desaparecer muito mais depressa, aumentando ainda mais o processo de cicatrização de uma ferida.
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TIME: Conquer of the Multiverse
AventuraLuke é o principal suspeito da morte de Heather e é detido por isso. Devido a tal reviravolta nunca antes dada em todas as linhas temporais criadas, o futuro torna-se completamente incerto. Daqui para a frente, nem os viajantes do tempo sabem o que...