Me aproximei dele para ver a ferida, havia um corte aberto em seu peito.
Como ele ficou esse tempo todo ali em pé com aquele corte enorme?
me perguntei.
Caim ajudou ele a se levantar e levou ele para o meio do supermercado, Lissa pegou uma cadeira de praia pra ele sentar, e eu fui pegar atadura e esparadrapo para fazer um curativo, aproveitei e peguei água mineral, ele parecia exausto.
Quando voltei onde eles estavam, ouvi Lissa nervosa falando com Caim e Tom.— Ela não vai com a gente né?. Vocês viram muito bem, aqueles caras estavam a procura dela!
Ela andava de um lado para o outro.
— Aquela menina da foto não parecia nenhum pouco com ela.
Caim falou pensativo.— Lógico que era ela, mas agora ela cresceu. Não sei o que ela fez, então não vamos ajudar. Vamos deixar ela aqui.
Tom ficou em silêncio ouvindo os dois conversarem. E depois disse:
— Lissa tem razão. Não sabemos quase nada sobre ela, nem a razão de estar sendo procurada. Você viu o tanto de pessoas que morreram e ficaram feridas, e eu sou uma delas, não queremos se envolver em confusão pra proteger uma garota que mal mal conhecemos e que encontramos no meio da floresta.
Me senti excluída e ao mesmo tempo triste.
Não queria ser um problema para eles, mas quem estava atrás de mim?, aqueles caras? com uma foto minha?, só podia ser o mesmo cara que vi quando era pequena.
Então a culpa era minha por todas aquelas pessoas feridas e mortas ? isso era cruel.
Toda confusão e tristeza que tentei superar em todos esses anos, voltaram a tona, bem naquele instante, me senti sozinha.
Eles ficaram em silêncio foi então que eu apareci com as coisas em mãos.
Lissa pegou as coisas e foi cuidar de Tom, Caim foi ver se estávamos mesmo sozinhos e eu fiquei com os dois.
Ela começou limpar o ferimento e pegou uma bebida, para jogar no machucado, mas eu a interrompi.— Não!
Falei em voz baixa.— Qual é o seu problema?
Lissa levantou e veio em minha direção.— Isso aqui vai ajuda lo, diferente do que você está fazendo. Fique sabendo que a culpa de tudo isso é completamente sua!
Ela disse gritando comigo, mas mesmo me sentindo péssima com as palavras dela, tentei tirar a bebida de sua mão, ela puxou de volta.
— Você só pode estar ficando louca, quer matar ele?
Dessa vez falou gritando mais alto.— Lissa, Para! Deixe ela em paz!
Tom falou tão baixo quase como um sussurro.— A bebida vai piorar o corte!
Eu falei enquanto me abaixava perto dele, dei a água mineral e depois peguei a atadura. Olhei nos olhos de Tom e perguntei:— Posso fazer algo por você?.
Aliás, Lissa estava certa a culpa de tudo foi minha.
Sem esperar ele responder, levantei a camisa dele para ter melhor acesso em todo o ferimento, fiquei sem graça por estar tirando a camisa de um garoto, nunca tinha feito algo parecido assim antes.
Foquei apenas em seu ferimento, mas quando olhei para o rosto dele, ele já estava me encarando, isso me fez ficar mais corada do que o normal.— O que você está fazendo?.
Lissa interrompeu. Mas eu nem se quer me importei, Peguei o esparadrapo, e com a atadura em maos, antes que fosse enrolar em todo ferimento, olhei novamente nos olhos dele.
— Vá em frente.
Ele disse lentamente. Sua expressão era de dor. Até porque era um corte profundo. Comecei fazer o curativo. Em seguida fui colocar minhas mãos em seu abdômen, Caim chegou na hora.
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A Descendência "Profecia das Sombras" (REVISANDO)
Fantasy*** "A Descendência" é uma história rodeada de #Fantasias. Envolvendo #Romance, #Suspense, e #Mistério. É narrada por Ayla Ross uma garota que procura por respostas, depois de seus pais serem brutalmente assassinados. Ao decorrer da historia ela viv...