A Descendência "Profecia das Sombras" (REVISANDO)

Capítulo 7 "A missão"

Não conseguia parar de pensar, que havia uma probabilidade enorme, de
Caim ser um descendente dos demônios.
Entre tanto, se ele fosse isso mesmo, por quê o ser resplandecente diria que ele precisava se decidir "entre o bem e o mau "? Se no clã demoníaco só há maldade, nada mais?
Será que ele sabia todo esse tempo, o que aconteceu com meus pais?
Afinal, o que ele era realmente? Toda aquela força e aquele poder, aquilo me incomodava, seriamente.
Não podia confiar nele, nem para perguntar sobre. Por mais que, ele parecia ser confiável. Teria que confiar, apenas nas palavras de Raziel.

Fiquei por um tempo dentro do santuário, pensando sobre tudo, que o Querubim havia dito.
Até começar ouvir pequenos ruídos, vindo das paredes rachadas.
Dei um passo para trás, bem devagar, olhando para o teto.
O barulho só foi aumentando e eu não queria permanecer ali, para ver o final daquilo.
Corri em direção a entrada, era a única saída que tinha ali, continuei correndo, sem ao menos olhar para trás.
O templo estava desmoronando, aos poucos, podia ouvir o barulho das colunas caindo, desci as escadas correndo e pulei me jogando no chão.
Por sorte assim que sai, tudo veio abaixo, coloquei as mãos no rosto, para não inalar a poeira. As únicas coisas que sobraram, foram os destroços do templo.

Tom, Lissa e Caim estavam bem longe dali. Tava na cara que aquilo tudo iria cair, mas não comigo lá dentro, é dei sorte.
Eles vinheram em minha direção, ver se eu estava bem.

- Nossa! Achei que fosse morrer lá dentro, daqui deu pra ouvir os estrondos, de quando começou desabar.

Tom falou meio assustado.

- Eu também escutei. Poderia fingir que não ouvi os ruídos e por um fim em tudo, ali mesmo, porém "A inteligência nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar."

Disse olhando para Caim. Era uma frase que ele tinha me dito. Aquilo me ajudou de alguma forma, a não desistir dessa luta, pois sei que é apenas o início.
Ele só deu um sorriso meio de lado e desviou o olhar, que foi direto para Lissa, ela sorriu para ele.
Eu olhei de volta para ele e vi seus olhos com um brilho desconhecido. Sério? Será que..Não, não acredito, que eles estão ficando ou coisa assim.

Tom percebeu o clima e logo perguntou:
- Então, conseguiu encontrar a resposta, que procurava Ayla?

- Sim! Consegui, agora preciso sair em uma missão, para encontrar uma pessoa!

Disse meio desmotivada. Afinal, como iria encontrar aquele cara? Não faço a menor idéia. E também, não poderia contar nenhum detalhe, para eles. As coisas só complicaram mais.

- Bom, temos outra missão galera, vocês ouviram.

Tom disse fingindo estar animado.

Caim não disse nada, simplesmente foi até Lissa, que o abraçou. Ele disse a ela que iríamos embarcar em outra missão, deu pra ouvir daqui de onde estávamos. Ela se virou para mim com um olhar desprezível e não disse nada.

- Mas antes, preciso que me ajude a treinar Tom. Não sei nem se quer segurar uma espada!

Disse frustada.

- Eu imagino, com toda essa força. Não conseguiria nem erguer a espada.

Tom disse rindo e abusando da minha estatura, que realmente era delicada e frágil, até porque, entre eles eu era a menor. O olhei séria e cruzei os braços, isso o fez parar de rir, em seguida falei:

- Então vamos ver! Mas antes vamos procurar um lugar para passar a noite.

O plano era encontrar um lugar, que não fosse tão perigoso, tinhamos que achar, antes da noite chegar. Afinal os vetores e o clã demoníaco, estavam atrás de mim, não poderia ficar andando por ai, sem me salvaguardar.
O tempo que me mantive dentro do templo, passou bem rápido. No entanto, do lado de fora demorou bastante. O sol já se encontrava ao desvanecer .
Então saímos do que sobrou do sacrário e andamos, até sair daquela área. Eu e Tom avançamos na frente, tomando a liderança, enquanto Lissa e Caim vinham atrás, de mãos dadas.
Sim. eles estão ficando, pensei.
Ela sorria muito alto, com a intenção de me deixar irritada ou com ciúmes.
Mas não dei importância, mesmo que aquilo me aborrecia.
Como eles ficaram juntos tão rápido assim? cheguei a pensar que ele sentia algo por mim, pela forma que me olhava.
Bom, agora não posso pensar nisso, tenho que focar apenas na minha missão.
Chegamos em uma área aberta e limpa, não havia muitas árvores naquele local, logo adiante tinha uma espécie de caverna, feita com pedras.
A natureza é simplesmente radiante.
Aquele lugar era perfeito, parecia que foi preparado, especificamente para a gente ficar. Possuía uma única entrada, e não era tão grande assim, mas dava para se refugiar.