É o ano de 2020, acho que o mundo nunca foi tão ruim, se antes haviam monarcas que deixavam as classes bem distintas, agora temos políticos que as deixam mais privilegiadas umas das outras, onde os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres, onde ainda em tempos modernos, a mulher é desvalorizada e os negros são descriminados.
Sou brasileiro, nascido e criado no Brasil, sou filho único de uma mulher negra e trabalhadora, uma mulher que cuidou de mim sozinha, uma mulher que sempre foi maltratada pela sociedade e sempre fez de tudo para garantir meu bem estar.
Estudo em uma escola pública, onde os professores entram em greve por causa que não receberam o salário, onde os materiais são precários e ruins, onde os alunos boa parte se voltam para a criminalidade e passam a ter contato com álcool e drogas bem cedo, mas quem pode culpa-los, embora estão realizando atos ruins, estão praticando porque não tiveram mais escolha, porque tudo hoje em dia é na base de dinheiro, algo que eles não tem e para não passarem fome todos os dias eles tem que roubar para poderem comer, o mais engraçado é que eles roubam no máximo 100 reais e já são punidos severamente, se não são eles os punidos, os punidos são seus pais, enquanto políticos roubam do povo milhões de reais e não recebem nenhuma punição.Sou da cidade de Rio de Janeiro, moro na favela da Rocinha, sou bastante acostumado com o terror vamos assim dizer, confronto entre policiais e traficantes é quase uma rotina aqui, ainda me assusto com o tanto de jovem que se perde para o tráfico, somos sobreviventes neste cenário de guerra e miséria.
Sempre fui um aluno bem esforçado, me dedicava em tudo, até consegui aulas de luta de graças ao meu desempenho e ao meu professor. Consegui um emprego como ajudante de pedreiro para poder ajudar em casa, embora não recebo muito é o bastante para aliviar um pouco minha mãe com suas despesas de casa, minha rotina era sempre a mesma: ia para a escola de manhã e saia às 13 horas, estudava até às 15 horas, depois ia trabalhar até às 18 horas, depois ia treinar luta às 20 horas e saia às 22, embora no começo foi meio puxado com o tempo fui me acostumando com esse ritmo no entanto até tomei gosto por tais atividades.
Nunca fui um cara socialmente popular, acho que a cor da minha pele tenha ajudado, a maior parte de meu tempo ficava no meu canto, uma hora ou outra ficava próximo de alguns colegas meus, quase todos já estavam no meio do tráfico, somente três não entraram, eram como eu, batalhadores tentado sobreviver com suas famílias, todos nós dia após dia vivenciando as injustiças de nosso país, cada dia uma conquista, mais um dia sobrevivendo, mais um dia ainda de pé.
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I'm a Assassin
FanfictionEm meio a uma sociedade corrupta, injusta e cruel, um jovem de 17 anos chamado João Pedro que sofre bastante com esses efeitos. Depois de eventos marcantes ele encontra uma irmandade misteriosa onde aprende a controlar seus sentimentos, suas habili...