A Irmandade Misteriosa

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 Gustavo ainda sangrava mas, um dos sujeitos encapuzados havia pegado um pedaço de pano e colocado sob o ferimento ai Rafa e Paulo poderiam fazer pressão evitando que Gustavo piorasse e perdesse mais sangue. Quando fomos ver estávamos no topo da favela justamente um dos locais que não gostaria de estar já que, o dono do morro fica rondando por lá, como minha preocupação falou mias alto eu perguntei:

 - Não seria melhor se nós tivéssemos decido o morro? Aqui não seria pior?

 - De fato aqui é um local bem pior mas temos uma passagem para nossa sede nos arredores, no entanto quando estivermos um pouco mais perto teremos que venda-los, creio eu que vocês entenderiam certo? - Sujeito 1

 - Claro. - Todos nos 4

 Certamente o pedido deles foi bem compreensível, mas, mesmo com a ajuda deles eu ficava meio desconfiado sob eles, o primeiro sujeito vestia um manto marrom e roupas como camisas, calças e sapatos sociais. O segundo se encontrava do mesmo modo mas, seu manto era como uma espécie de bege. Ao descermos um pouco do outro lado do morro fomos vendados e virados para não reconhecermos onde estávamos, logo isso fomos seguindo de acordo com as suas instruções. 

 Após um série de comandos que logo se parecia a saída de um labirinto mas, do nada entramos em um local bem escuro e nesse momento podemos ser desvendados, o local até lembrava as estruturas antigas como se fosse da idade média lá na França ou Inglaterra, era tudo de pedra e, havia estatuas de pessoas encapuzadas lá. O Gustavo estava aguentando bem ele ficou estável até chegarmos lá. Fomos andando e podemos ver que havia muito mais pessoas vestidas como os nossos dois sujeitos, como é da própria humanidade a curiosidade Rafa perguntou:

 - O que são vocês? Porque nos ajudam?

 - Nós somos uma irmandade que luta pelo justo, que luta pelo certo e que protege os inocentes. Todos aqueles que sofrem de forma injusta tentamos ajudar como podemos sem comprometer nossa ordem. - Sujeito 1 (O de manto marrom)

 - Já pude ver vocês saltando pelos telhados das casas, o que geralmente vocês fazem? - Eu

 - Bom essa já seria uma pergunta que não poderíamos responder. - Sujeito 2

 - A sim, entendo - Eu

 Chegamos em uma sala onde se parecia uma sala de cirurgia, então Gustavo foi colocado na cama onde outras pessoas encapuzadas começaram a cuidar dele. Como se fosse um hospital fomos esperar do lado de fora então Rafa comenta:

 - Se tá é doido, que bando de gente de capuz, ta parecendo uma cena daqueles filmes de suspense, ai do nada chega um desses caras e você nem vê.

 - Bom pelo lado positivo estão cuidando do Gustavo né so, então nóis não deveria tá reclamando. - Paulo

 - Se ta certo. - Eu

 Do nada vi o sujeito de manto marrom se aproximando, ao chegar mais perto me chamou para conversar:

 - Como vocês estão? - Disse-me ele

Dei um leve suspiro e respondi:

 - Fora o susto e estarmos mortos de tanto correr e andar, estamos bem.

 - Pude ver que você matou um dos traficantes lá naquela casa

 - Sim, mas foi por instinto, não me sai da cabeça o som dele engasgando com o próprio sangue e do cheiro de sangue sendo espalhado pelo chão

 - É normal que isso aconteça, principalmente se matou alguém pela primeira vez, mas, pude ver que você teve um certo controle ao praticar o ato.

 - Foi como eu disse cara, agi por impulso

 - Sim claro, diga-me, o que você acha de como anda nossa nação?

 - Tá é uma bela merda isso sim, lá em casa tem dia que mal temos o que comer, mas, porque essa pergunta?

 - Se lembra de que você havia me perguntado o que fazemos?

 - Sim

 - Bom, você me passa uma boa confiança então decidi ter uma conversa melhor com você. Nós lutamos contra essa injustiça que existe hoje em dia, lá no alto dos poderes do nosso país está localizado outra irmandade mas essa é diferente da nossa, são eles quem mantem esse prejuízo a vocês.

 - Entendi mas, ...

 - Porque estamos aqui no Rio?

 - Sim. - Respondi surpreso

 - Nossa irmandade assim como essa outra fica espalhada pelo país aí temos que ficar nos dividindo, para que eles não continuem afetando as pessoas. Não se você já percebeu João Pedro mas, já ficamos vigiando você e seus amigos e nos admira a persistência de vocês para não entrar no tráfico.

 - B-Bom eu agradeço. - Juro que fiquei mais branco que uma folha de papel, ele sabia quem eu era

 - Veja só quanto tempo já se passou, meus colegas já devem ter terminado de cuidar de seu amigo, vamos lá checar

 - Sim mas, tenho mais uma pergunta?

 - Qual seria?

 - Porque confiou a mim para me contar isso?

 - Porque como eu disse já observei você sei como você é, e, se algum dia precisar de ajuda pode me chamar que estarei lá

 - Tudo bem então, posso fazer mais uma pergunta? Embora devo saber a resposta

 - Qual é?

 - Teria como algum dia eu me juntar a vocês? Essa sua história de lutar pelo certo me chamou muito a atenção.

 - Bom... Tem como sim, vou informar para nosso conselho de um novo candidato, se eles aprovarem e você demonstrar ser digno você estará dentro. Te darei uma resposta em dois dias

 - Ok valeu aí.

 - De boa

 Chegamos na sala onde estava Gustavo, ele estava sendo terminado de ser enfaixado, e que bom ver que ele estava mó de boa. Ao terminar de ser cuidado fomos para a possível entrada da tal sede onde fomos enfaixados. Após fazermos o mesmo ritual quando entramos, não demorou muito para sermos desvendados no alto do morro e que por sinal já estava no final da tarde então Gustavo se vira para o sujeito e fala:

 - Eu agradeço pelo que vocês fizeram por mim.

 - Disponha. - Disse o sujeito se virando para ir embora mas ai ele complementou. - Nunca me apresentei sou Pedro e caso precisem de ajuda é só me chamar

 - Beleza valeu cara. - Todos

 Então o meu novo colega vai embora, após tudo isso nos separamos e fomos embora para casa, fiquei imaginando como os pais de Gustavo iriam reagir ao ver ele todo enfaixado, bom só sei que quando cheguei em casa minha mãe nem reparou muito na hora já que era de costume eu chegar aquela hora depois de ir treinar. Fui me deitar e não saia da minha cabeça o que eu fiz com aquele traficante e a conversa que tive com Pedro, aí caí no sono com apenas uma duvida: Será que eu serei aceito?


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