Andando de olhos fechados

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continuação........

-do que você me chamou ?- disse fitando o maior nos olhos.
-p-i-m-e-n-t-ã-o - diz o ser que esta a minha frente e ainda faz questão de soletrar .
-abusado tu né ? - debocho.
-um pouco haha - diz o maior com um sorriso malicioso.
-hm... Qual seu nome ?
-me chamo Elias, e o seu ?
-me chamo Benny...
-legal! Então eu já vou indo, tchau Benny! - diz Elias indo em direção a porta.
-tchau Elias.
Ham? Por que tchau ? Será que ele não é dessa sala ? Ata... Ela saiu da sala... Ele deve ser do 3° ano então... Já que ele aparentava ser bem mais velho que eu...

Após Elias sair da sala de aula, o sinal bate indicando que logo logo o professor iria entrar na sala de aula, logo se passou um minuto e o mesmo já se fazia presente na sala de aula dando início as aulas, que, após uma hora e meia bate o sinal novamente indicando que estava na hora do intervalo, então, arrumo minhas coisas sobre minha carteira, espero alguns alunos saírem da sala primeiro pois não queria aglomerar com um monte de gente na porta, e então vou para o pátio da escola onde fico em um canto isolado e começo a escrever.
Eu acho que não preciso escreve aqui como foi detadalhamente o meu primeiro dia de aula, ele foi um dia normal. Teve uma parte que eu tive que me apresentar e... Eu fui horrível, confesso, acho que pelo simples fato de eu odiar totalmente falar com as pessoas fez com que eu fosse um pouco rude em minha apresentação.
*Flashback*
-me chamo Benny, tenho 16 anos e eu sou uma pessoa que apesar de estar mau eu irei fingir estar bem, isso não se chama ser falso, isso se chama apenas aturar ter que estar em um lugar onde você não queria estar, sou legal com quem é legal comigo é só.
*Fim do flashback*
Eu não sei o porque de eu te falado isso, porém acho que falei bem, sinto que sou uma bomba relógio, e que a qualquer momento eu posso explodir, então eu acho que é minha obrigação tentar fazer o mínimo de vítimas possíveis. Sempre que me mudava de escola eu explodia, e com isso, vários amigos meus se fizeram de vítimas em meia tanta tristeza e um clima de saudade. Como eu já havia dito, o que machuca não é se despedir, mas sim as vezes se lembrar dessas pessoas, a dor da saudade bate em meu coração se misturando com outros sentimentos que não sei dar nomes, estou bem ? Estou mal ? Não sei dizer ao certo, só sei que em meio a minha parada para pensar na vida eu sinto alguém me cutucar e então olho para lado e para minha surpresa adivinha quem é ? Quem disse Elias acerto em cheio:
-por que você está sozinho Benny ? O intervalo é o momento para você conversa com seus amigos.
-pensei que fosse para comer - digo em forma de sarcasmo.
-também é para isso, mas você ainda não respondeu minha pergunta - o maior insiste.
-o fato é, não tenho amigos pois tenho medo de me mudar de escola e ter que despedir de todos, já passei por isso é quero evitar que isso aconteça esse ano, eu não quero machucar ninguém e também não quero me machucar - confesso que acabei me expondo demais.
-uau! Bem profundo isso senhor Benny, porém pensa comigo... Será que não vale a pena você se machucar por certas pessoas ? - o maior inclina a cabeça para o lado esquerdo
-não sei senhor Elias
-bom, se você não sabe eu te digo- diz Elias se aproximando um pouco mais de mim - realmente vale a pena você se machucar por algumas pessoas, a questão é que você tem que encontrar alguém para compartilhar essa dor com você
-e quem iria querer isso ? Quem iria querer ficar passando o tempo com um fracassado igual eu ?
-eu! Digo... Eu gostaria de tentar ser seu amigo, porém só faço com uma condição
-qual ?
-você tem que melhorar essa sua auto estima cara! Se é um menino mó bonito e aparenta ser bem legal - novamente eu coro
-eu não sou tão legal assim... - digo tímido, confesso que não esperava tais elogios.
-xiu senhor pimentão, você é legal sim, se importa se eu ir agora ? O sinal já bateu faz um tempo e a gente nem percebeu
-nossa verdade! Vamos ?
-vamos
Em meia caminhada até a sala de aula ao eu me aproximar da mesma sinto o ser de cabelos negros e olhos castanhos segurar meu braço me fazendo parar de andar e logo após pergunta:
-você poderia me passar seu whats senhor Benny ?
-eu não sei meu número de côr...
-tudo bem! Anota o meu então
-na verdade eu não trouxe meu celular hoje...
-tudo bem
Logo após dizer isso Elias tira uma caneta de dentro do bolso de seu moletom azul e pega em minha mão para anotar o seu número, sua mão era quente,e ao entrar em contato com a minha também pude perceber que era macia... Ela havia algumas cicatrizes, fico me perguntando a causa delas
-pronto! Aqui está meu número, adeus senhor pimentão
Eu estou corado??
-tchau senhor Elias...
Após a despedida entro em minha sala e me sento em minha cadeira
Por algum motivo parece que está mais frio... Então por isso pego meu moletom em minha mochila e coloco fazendo assim a possibilidade de eu continuar tendo uma aula normal.
Se passaram algo menos que uma hora e o sinal bateu, indicando que acabou a aula. Logo após o sinal bater eu pego minha mochila e coloco meus fones e então vou para o ponto de ônibus para então poder retornar para casa.
Chegando em casa vou direito para o banho, ao tirar minha roupa olho para minha mão e lembro que ainda não adicionei o número do Elias. Pego meu celular e adiciono o seu número e então tomo meu querido banho.
Não sei se devo chamá-lo... Talvez deva dizer um oi ?
Não sei o que fazer... Então simplismente vou me deitar e tentar dormir, aliás eu mereço! Já que hoje eu dei um grande passo para o abismo.

Minha vida (yaoi)Onde histórias criam vida. Descubra agora