Cap. 3 - A realidade chocante! Dias se passam.

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Bakuryu's Vision's

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Acordo num quarto totalmente estranho para mim, sem decoração apenas uma cama pequena, um armário de roupas, uma mesinha onde estão presentes muitos livros dentre eles há histórias e enciclopédias e uma janela ao lado da mesa. O cômodo era relativamente pequeno, mas estranhamente aconchegante.

Tentei me levantar, porém uma forte dor de cabeça me jogou de volta na cama. Lágrimas escorrem pelo meu rosto, as lembranças da noite anterior também contribuíram para isso enchendo a minha cabeça.

Sai do quarto de cabeça baixo e comecei a andar pelo local. Era uma casa grande com um número razoável de crianças, algumas conversando outras brincando, e algumas mulheres vestidas como empregadas mas com crucifixos ao redor do pescoço, dando a ideia de que eram freiras.

Uma delas assim que me viu veio até mim a passos apressados para ver se eu estava bem.

-- Você não deveria estar andando por aí mocinho, vamos voltar para o seu quarto. - disse ela num tom meio preocupado.

-- Desculpe, mas onde estou? - perguntei ainda meio desnorteado.

-- Insisto, vamos para o seu quarto, lá te explicarei tudo. - disse ela com uma suave.

Chegando ao quarto, sentei-me na cama enquanto ela puxou uma cadeira que estava acompanhando a mesa ao lado da janela. Ela me disse que o meu irmão havia contatado dois dias antes a Madre Cecília, chefe do orfanato, cobrando um favor que ela devia a ele. Meu irmão era assim, vivia fazendo favores e ajudando as pessoas e cobrando retribuição depois, meio que "uma mão lavando outra". Retomando, ele disse que era para ela mandar algumas noviças para a estrada do baixio logo cedo no dia seguinte pois tinha alguém que ele queria que elas ajudassem, a Madre acatou ao pedido e assim fez, no final as noviças encontraram-me desmaiado e com sangue no corpo mas sem ferimentos, ela também me contou que fiquei desacordado por um dia inteiro e durante o meu estado de inconsciência, eu parecia que estava tendo pesadelos, os quais não me lembro de nenhum. 

Após me contar tudo isso ela pediu para que eu fosse repousar e disse que mais tarde ia trazer algo para eu comer, antes dela sair perguntei o nome dela. Ela sorriu para mim e disse: "Harley".

Os dias foram se passando e eu não sentia vontade de nada, minha rotina era: acordar, tomar o café com a Harley (a única pessoa com quem eu socializava no orfanato), passar o dia olhando a janela ou lendo os livros e enciclopédias, depois almoçar e por fim jantar, tudo isso sem sair do quarto, exceto para fazer minhas higiene e necessidades. Eu não queria socializar com ninguém.


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Continua...

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo da história principal. Deixe seu voto e apoio à história, comente dizendo o que acho e dando sugestões.

"Vejo" vocês no próximo capítulo, abraços.

ASS: Oghami-san

As Crônicas dos CaçadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora