A Angústia Que Me Causa, Lembranças

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"Quase mil anos se passaram e eu ainda não terminei de retirar as pragas desse maldito jardim, mas mesmo assim ele insiste em continuar vivendo."

_ Dmitry, rápido! Segure esse cavalo seu cigano imprestável! O pato caiu logo ali e esses malditos cães não param de latir para o lado oposto! Vou ter que ir procurá-lo sozinho!

_Sim meu Lord! - Porco burguês imprestável- (cochichando)

_Esqueceu da minha audição Dmitry!? Quer dormir entre os escravos novamente!?

_Desculpe meu Lord! - Pelo menos com os escravos sou respeitado - (pensando)

Um silêncio amedrontador atinge a floresta, os cães param de latir e está ficando escuro. Do chão começa a surgir uma névoa e acompanhada à ela um frio vindo do chão e se estabelecendo na mesma altura que a névoa no momento. Dmitry tentando acalmar o cavalo de seu amo que está em desespero para fugir, até que ele atola seus pés e nota que não há mais a presença do cavalo que fugiu no descuido mais breve de Dmitry.

_Meu Lord!? Onde o senhor está!?

O silêncio é interrompido por um grito feminino aterrorizante, como de um monstro. Dmitry começa a tremer e tenta desatolar os seus pés, mas acaba caindo e torcendo o tornozelo. Ele vê dois olhos em chamas vermelhas vindo em sua direção, com uma fúria indomável. Dmitry consegue escapar e corre mancando e gritando por socorro, até que tropeça em algo e cai no chão. Ele vê algum animal se alimentando de uma presa, e chega mais próximo para ter certeza do que realmente está vendo. Dmitry vê com seus olhos arregalados, uma mulher, se é que podia chamá-la assim, ajoelhada no chão entre a neblina se alimentando de seu amo. Ela está com o coração de sua presa batendo fraco na mão direita e com a mão esquerda puxando as vísceras e atacando com a boca com fúria ao se alimentar delas, até que o demônio olha sorrindo para Dmitry e começa a se alimentar do coração ainda batendo, Dmitry tem um ataque de risos, estende os braços e algo o ataca por trás mordendo o seu pescoço e o levitando para cima, entre a copa das árvores.

_Você precisa rir sempre que vai se alimentar, Ravenna!?

_Stefani, você sabe muito bem que eu como 4 vezes ao ano, a cada mudança de estação, foi você mesmo que me designou a isso. Tenho que comemorar, certo?

_Você tem razão, aliás, se você ficar na forma original por muito tempo novamente, acredito que não conseguirei contê-la, como o meu amo já fez uma vez. Mas mesmo assim, tente se conter um pouco, só até eu conseguir a minha presa também.

- Nota sobre Ravenna -

Ravenna em sua forma demoníaca tem que se alimentar constantemente de humanos para poder manter os seus poderes. A sua presa tem que estar viva enquanto ela se alimenta, para poder sugar a vida e suas energias ainda na forma orgânica. Para controlá-la, Stefani criou um corpo astral do qual o conhecemos por Mary, mas mesmo assim ela tem que se alimentar 4 vezes ao ano, a cada estação climática, para sobreviver. Em sua forma humana ela não pode manipular magia mas mesmo assim se mantém imortal, cujo o dom todos desconhecem, até o momento.

- Fim da nota -

_Ravenna, avise a Donatella que não retornarei em um tempo, até que eu consiga controlar a casa de onde àqueles dois vieram, temos que conseguir um lar para todos, viver escondidos agora que temos Donatella, nunca mais!

_Pode deixar comigo, Stefani. Você não vai precisar da ajuda de sua amiguinha aqui? (fala sorrindo e logo passa a língua entre os dentes sujos de sangue).

Stefani vira os olhos, tira a caixinha e a chave de dentro dos bolsos. Ravenna faz cara de mal e senta. Vira Mary novamente e sai correndo rindo pela floresta ao encontro de Donatella. Stefani senta um pouco e os cães vem chorando em sua direção e começam a lamber o sangue que está em seu rosto, ele os abraça e ficam ali mesmo por um tempo.

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