8 - DOR

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E então sentei-me de frente para o mar na esperança de que suas ondas me acalmassem. Por mais sereno que ele parecesse ele ainda era voraz e traiçoeiro.
Depositei minhas lágrimas em suas ondas na esperança de que a dor desaparecesse junto com elas. Mas não foi assim que aconteceu.
Existem feridas que não apenas doem, mas se tornam parte de nós, como se dependêssemos dela para viver. E por mais que essas feridas me tirassem o sono, a trágica verdade era que, elas me mantinham vivo.
Cravei meus pés na areia e ancorei meu coração bem no fundo do meu peito. Ninguém mais brincaria com ele. Ninguém mais roubaria minhas estrelas.

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