TAEHYUNG ESTAVA DESGOSTOSO, já fazia um mês, e nada lhe dava inspiração e os seus testes estavam dando errado.
Com um longo suspiro de tristeza, ele se retirou do laboratório indo em direção ao seu jardim.Lá havia das mais variadas flores, desde Hortêcias à Narcisos.
Sentou-se em um banco de ferro com arabescos, e ao seu lado havia uma muda de Narcisos, aquela era uma de suas flores preferidas. Pegou um Narciso e o segurou passando o dedo nas pétalas, sentido a macia textura delas.Fechou os seus olhos e sentiu a brisa fresca da noite, as folhas e as flores farfalhavam com o vento, e ele adorava aquela sensação, era como se conectar com o seu interior, além de sentir-se melhor e mais leve.
Seu breve momento de calmaria acabou quando ouviu uma voz, que ele reconheceu como a da mulher que há um mês não havia saído de seus pensamentos.
— Ótimo, tinha que esquecer aquele celular no restaurante logo hoje? -Resmungou, pelo tom de sua voz ela estava irritada, movido pela curiosidade ele levantou de onde estava sentado e se aproximou do portão, observando-a, ela estava sentada no chão e com a bolsa no colo.
A garota olhou ao redor com se reconhecesse o lugar onde estava, Taehyung recuou tão rapidamente que acabou machucando o seu braço em uma roseira.
— Aish* - murmurou baixinho, esperando que a garota não tivesse o ouvido.
Para o seu azar a garota ouviu, e olhou curiosa para o portão, levantou-se e observou através do ferro e notou uma sombra, "tinha alguém ali" concluiu.
— Com licença, tem alguém aí? -perguntou em voz alta.
TaeHyung ficou imóvel, e notou que havia algum líquido escorrendo pelo seu braço mas não viu o que era pois estava muito escuro.
O rapaz olhou ao redor e percebeu que não havia trago consigo nenhuma máscara, e naquele momento torceu por JinYoung chegar e falar com aquela mulher mandando-a embora.
Mas infelizmente suas preces não foram atendidas e a menina continuava gritando.
— Tem alguém aí? - falou e já apertava a campainha pela segunda vez.
TaeHyung saiu correndo pelo jardim, torcendo para que a garota não tivesse o visto.
Chegou na cozinha - um dos únicos cômodos que davam diretamente para o jardim- ofegante, e se apoiou em uma das paredes. Quando ouviu a campainha tocando novamente.—JINYOUNG! - Gritou, um ponto ruim de ter apenas um funcionário era que sem ele, o mesmo estaria sozinho e teria que fazer as funções do mesmo. — JINYOUNG - Gritou novamente, e percebeu que estava sozinho.
Ele subiu até o seu quarto e adentrou no mesmo pegando uma máscara que estava em cima da cama, colocando-a em seu rosto.
Desceu novamente e ouviu a campainha tocar, bufando - e com uma pitada de curiosidade - foi ver o que a garota no seu portão queria.
—O que você quer? — perguntou, não querendo soar rude, a garota olhou para ele e pendeu a cabeça de um lado o observando, parecendo um animalzinho. Estranhamente TaeHyung achou fofo.
— Eu gostaria de saber se você tem um celular, é que eu preciso ligar para uma pessoa, e eu esqueci o meu no trabalho -—Falou colocando uma mecha de cabelo para trás e ele pôde ver seus lindos olhos claramente, "lindos olhos? De onde eu tirei isso?" Pensou.
— Por que você está pedindo a ajuda de um estranho? Está tão desesperada assim? — perguntou curioso.
— Para a sua informação, eu estou sim desesperada!
Taehyung continuou olhando-a com uma cara de tédio, esperando seus argumentos.
— Você quer que eu o convença certo? — Questionou, e ele apenas balançou a cabeça em concordância, e ela bufou irritada — Ok! Eu tenho uma irmã que está na escola nesse exato momento, me esperando, com certeza ela está do lado de fora, e eu não gosto de deixá-la sozinha. Mas infelizmente, esqueci o meu celular no trabalho e eu não tenho como ligar para ninguém me ajudar! — Despejou tudo oque tinha que desabafar e TaeHyung ficou com —um pouco de — pena dela.
— Tudo bem, eu lhe empresto, entre. — falou e deu passagem para a garota entrar, ele estava nervoso pois ela estava invadindo a sua privacidade.
A garota entrou na sala de estar e ficou com os olhos arregalados, nunca estivera em um lugar tão luxuoso e sofisticado, o rapaz foi na sua frente e apontou para o telefone fixo em cima de uma mesa.
— Pode usar este, ligue para quem precisa, e vá salvar a sua irmã —falou, e se sentou no sofá fazendo o móvel afundar no mesmo instante, colocou uma perna em cima da outra e olhou para a garota apontando com a cabeça na direção do eletrônico —Vamos! — falou sem paciência.
Imediatamente Hee Young correu para o telefone e discou os números do celular de JungKook, já no terceiro bipe ouviu a voz do garoto no outro lado da linha.
— Alô? Chefe? Sou eu Hee Young! — Falou desesperada.
— Olá Hee Young, Já falei para você me chamar de JungKook, nós temos a mesma idade e isso é constrangedor — Respondeu, e Hee como se visualizasse a imagem do chefe em sua mente, imaginou que ele estivesse coçando a nuca e mordendo o lábio inferior. Com esse pensamento Hee Young sorriu e Taehyung a olhou curioso.
— Bom é que eu esqueci o celular no restaurante, e eu tenho que ir buscar a minha irmã na escola, poderia me dizer onde você guarda a chave reserva? — Perguntou
— Ah, claro ela fica em baixo da plaquinha de bem vindo, e quanto a sua irmã eu posso ir buscá-la na escola se quiser — falou e ela pôde sentir um sorriso na sua voz.
— Sério? De verdade? — perguntou desacreditada
— Claro, você já me disse onde ela estuda uma vez, bom eu irei lá buscar ela, você encontra a gente no Rio Han, estarei com ela lá ok? — falou e ela apenas murmurou um "sim, obrigado" e desligou.
Suspirou aliviada, e olhou para o garoto na sua frente, ela havia esquecido que estava na casa de um estranho e que até então ela não sabia o seu nome.
Mas algo nele chamou a sua atenção.❁Glossário❁
Aish:É uma expressão coreana informal usada para demonstrar descontentamento com algo.
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La Citta Di Smeraldo - KTH (김태형)
Fanfic[Revisada] [Concluída] °•✾•°❀°•❃•°✿°•❋•° Um jovem rico que se isola do mundo, por conta da imagem que ele criou de si mesmo, a culpa o consome e o transforma em uma pessoa totalmente diferente. ❝Você sabe que eu não posso Me mostrar para você Me dar...