Capítulo 8

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POV Ally

Peguei o primeiro táxi que achei rumo ao aeroporto.

Luna acabou não dormindo, ficou quietinha em meu colo.

Enquanto o carro se movia pelo trânsito de Miami, deixei algumas lágrimas caírem. Lágrimas de tristeza e decepção. Achei que contar poria fim a isso, mas só piorou tudo.

Além de Dinah me odiar ainda quer tirar minha filha de mim. Mas eu jamais vou permitir isso.

Sinto pequenas mãos no meu rosto e olho pra Luna que me observa.

-Não chola mamãe. - Diz secando minhas lágrimas.

Beijo seu rosto e lhe aperto.

-Te amo Luna.

-Ti amu mamãe.

Desço no aeroporto e me dirijo até o balcão, pedindo passagens pra Nova York. Infelizmente a resposta que tenho é que o próximo vôo só sai daqui a três horas.

Confesso que não gosto nada disso, mas não tenho escolha se não esperar.

Vou até uma loja, dentro do aeroporto mesmo e compro uma água pra mim. Aproveito pra comprar um suco e um lanche pra Luna.

Sento no saguão e fico esperando.

Meu celular vibra em meu bolso e pego.

"Não se precipite de novo. Espera até amanhã. Ass: Jen."

Respiro fundo e respondo.

"Já comprei as passagens. Não vou ficar esperando Dinah tentar cumprir a ameaça. Ninguém vai tirar minha filha de mim."

Desligo o celular e fico ali, olhando Luna comer e brincando com ela.

-×-

POV Dinah

Eu devo ter furado alguns sinais vermelho, mas tenho pressa. Não vou deixar Ally fugir de novo.

Paro no estacionamento do aeroporto, vou tirando o cinto mas Mani segura meu braço.

-Dinah, desiste dessa ideia de tirar Luna da Ally.

-Podemos falar disso depois? - Pergunto.

-Não. - Ela responde. -Ally é mãe da Luna, não é certo querer tirar a menina dela.

-Não vou tirar Mani. - Digo rápido. - Camila me abriu os olhos. Agora vamos.

Saio do carro, mas não antes de ouvir um: "Amo aquela latina."

Entramos no aeroporto, lotado.

-Pra onde vamos? - Pergunto com um certo desespero dentro de mim.

-O telefone dela tá desligado. - Diz Mani. - Procura por aqui que vou procurar no banheiro.

-Tá.

Mani corre em direção ao banheiro e eu começo a andar pelo saguão.

Vejo rostos cansados, crianças adormecidas, pessoas mexendo nos celulares ou notebooks, mas nada de ver Ally.

Ando mais pelo saguão e de repente encontro.

Há alguns metros de distância, com uma mochila nas costas está Ally. Mas não é nela que pouso meu olhar.

Segredos (2° Temporada de Trilateral)Onde histórias criam vida. Descubra agora