Capítulo 11

505 75 28
                                    

POV Ally

Tivemos uma manhã bastante a agradável.

Luna está tremendamente encantada com Mani, que até brincou de pega-pega e bonecas com ela na sala.

Pode parecer bobagem, mas a coisa mais gostosa é você ouvir a risada de uma criança.

Você acaba nem ligando pra bagunça que fica, você só quer curtir aquele momento ao lado de alguém tão especial que é aquele toquinho de gente.

Na hora do almoço, pedimos comida mexicana, sem pimenta por causa da Luna.

Comemos juntas e eu via os olhos de Mani brilhando na direção de Luna por diversas, me fazendo repensar no que fiz várias e várias vezes.

Durante a tarde assistimos filmes de princesas, porque Luna gosta, e Mani ficou modelando os cachos da pequena em seus dedos, o que por vezes fazia ela suspirar.

No meio do terceiro filme, quando eu já estava começando a pegar no sono, uma chuva torrencial começou a cair do lado de fora.

A chuva caia com força e seria impossível andar na rua.

Meia hora depois, com a chuva aumentando ainda mais o telefone de Mani toca e ela atende.

-Oi. - Ela ouve. - Não, eu tô na Ally. - Ouve. - Vim ver a Luna amor. - Ouve. - Eu não sei. E se continuar assim? - Ouve. - É, você tem razão. E você? - Ouve. - Tá bom, é melhor mesmo, ela mora bem mais perto. - Ouve. - Claro amor. - Ouve. - Tá bom, até amanhã.

Ela desliga e me olha.

-Ally, tem problema eu ficar por aqui? - Ela pergunta.

-De jeito nenhum, é até melhor. Tá chovendo muito pra você ir embora. - Respondo.

-Obrigada. Eu fico pelo sofá mesmo, já que pelo visto não vai parar tão cedo. - Ela diz com um sorriso sem graça.

Confesso que minha vontade é gritar pra que ela fique na cama, comigo, mas não posso fazer isso. Sorrio pra ela.

Quando o terceiro filme termina, eu levanto e me espreguiço. Impossível não notar a secada de Mani em minha perna exposta.

Abaixo os braços rapidamente.

-O que vocês querem comer? - Pergunto pras duas largadas no sofá.

-Lasanha. - Diz Luna rapidamente.

-Sabe que eu tava pensando a mesma coisa Luna? - Diz Mani, o que faz minha filha sorrir e juntar as mãozinhas na frente da boca.

Mani sorri largamente.

-Eu vou fazer a lasanha então. - Digo sorrindo.

-Eu te ajudo. - Diz Mani.

Vamos pra cozinha. Enquanto fazemos a lasanha vamos conversando coisas aleatórias.

Em um certo momento tentei pegar uma massa de tomate no armário encima da pia, mas claro que com minha altura eu não consegui.

Nesse momento, acredito que de forma inconsciente, Mani chegou por trás de mim, seu corpo prensou o meu na pia. Sua mão segurou minha cintura, enquanto a outra foi esticada pra pegar... Não sei mais o que eu precisava pegar. Essa proximidade com o corpo de Normani apagou absolutamente tudo da minha cabeça.

Eu sentia o calor do corpo dela, seu peito encostado em minhas costas, sua intimidade na minha bunda e tudo isso fez meu corpo se acender.

Ela desceu a mão com a massa de tomate, se afastou, eu virei e ela sorriu parecendo não ter se abalado em nada com o contato.

Segredos (2° Temporada de Trilateral)Onde histórias criam vida. Descubra agora