A castanha sentira um leve arrepio percorrer pelo seu corpo. Conhecia muito bem aquela voz, e sabia que teria de encontrar uma boa justificativa por conhecer a sala precisa.
Não deu uma resposta imediata à pergunta que fora feita à ela, e diante de tal conduta, o homem de cabelos alinhados e de olhar frio e educado, repetira o questionamento.Hermione segurara a caixa que estava em suas mãos com mais força, e Tom não deixara de reparar. O moreno levantou as sobrancelhas e estendeu as mãos para tocar na caixa.
A castanha se virara ligeiramente, fazendo sinal de que iria se retirar da companhia perceptível do professor, o deixando suavemente irritado.POV Tom Riddle
Eu estava absorto naquela manhã, meus olhos teimaram e me desobedeceram quando me vi olhar a Granger sentada à mesa da Grifinória com seus amigos e colegas. Como de costume, Potter estava com ela, e ele parecia lisonjeadamente entorpecido ao olhá-la. Não tive dúvidas de que o menino era um grande pateta. Mal sabia controlar o que provavelmente sentia: um sentimento fraco que assola apenas gente fraca e sem perspectiva de noção do que realmente é ter poder.
Todos os dias quando acordo, tenho o terrível desprazer de ver Harry Potter pelos cantos do castelo. Pra mim, é uma tortura incomensurável saber que quase todo o meu plano de ser mais que alguém, viria por água abaixo por causa de uma criança. Na noite em que tive a alegria plena de matar os Potter com as minhas próprias mãos, senti que finalmente teria o que gostaria, mas me enganei. A sensação não passou de uma mera ilusão, como quando eu achei que conseguiria chegar na posição em que eu tanto almejei.
Naquela noite, perdi parte da minha energia para lutar em prol dos meus ideais. Eu estava fraco psicologicamente e, momentaneamente havia peço um afastamento de Hogwarts. Ninguém ao menos pôde desconfiar de que eu estaria por trás dos ataques aos mundos trouxa e bruxo... Nem mesmo de que eu teria assassinado a família Potter, com exceção do bebê, que trouxera tanta dor de cabeça para mim.
Tratei sempre de ser um ótimo colega e professor. Minha gentileza natutal tem a capacidade de encantar as pessoas. No início, todos pareciam desconfiados, sobretudo por eu estar tão jovem e os professores esperarem que eu trabalhasse no Ministério da Magia.
Graças à Salazar Sonserina, logo que eu terminei os estudos em Hogwarts, fui pedir um emprego ao antigo diretor Dippet. Não esperei mais do que um dia para concorrer ao cargo do antigo professor Lunedì. O velho estava pra se aposentar, e tudo contribuíu para que eu fosse contratado para trabalhar em seu lugar. Em um primeiro momento, Dippet pareceu muito surpreso e tivemos de conversar por algumas horas, pois ele insistia em argumentar sobre a minha idade: 17 anos, talvez muito jovem para ser professor, segundo ele. Mas, no fim das contas, chegamos à um acordo: no início do ano letivo, eu começaria a lesionar em Hogwarts. Seria avaliado pelos demais professores/futuros colegas de trabalho, e, por fim, poderia ou não ser contratado.
Seguiram-se as férias, eu me sujeitei a trabalhar em um barzinho em Hogsmead... Todas as informações do mundo bruxo passavam por aquele estabelecimento, e eu me vi repleto de pessoas bem-informadas e cheias de dinheiro para gastar em comes e bebes. As gorjetas não eram altas, mas cada centavo era importante. Eu esperava juntar o suficiente para comprar alguns materiais. O salário era baixo, eu tinha capacidade de trabalhar em um lugar melhor, mas aquele era onde eu precisava estar. De vez em quando, até mesmo Dumbledore aparecia por lá. Aquele velho parecia estar sempre me perseguindo por todos os lados. Era gentil, porém atento e desconfiado... Nunca me exaltara como eu merecia. Todos os professores me tratavam como um aluno especialmente extraordinário, mas aquele velho olhava pra mim com compaixão e desconfiança. O odiava por esse motivo, mas também o admirava. Agora tudo que eu sinto por ele, não passa de o mesmo de sempre. O idoso parece dar um jeito de aparecer sempre que pode para me cumprimentar...Depois que todos receberam algo, naquela manhã, eu simplesmente resolvi sair do salão principal. Não queria ficar lá com feição de paisagem, então resolvi ir pro meu paraíso particular: a sala precisa. Quando cheguei na frente da sala, me vi impedido de entrar... A conexão mental com a sala foi bloqueada no momento em que eu mentalizei o que queria, o que significava que alguém estava alí. Resolvi esperar, porque se fosse um aluno, eu teria alguém para me ajudar a organizar os novos livros que recebi para as aulas extras de defesa contra as artes das trevas.
Não precisei esperar por muito tempo, logo a esperada porta aparecera para mim, e quem saíra dela, com certeza não intencionava me encontrar diante dela... A Granger! Tão linda e com uma caixa nas mãos... Percebi que ela ficara sem reação por ter sido possivelmente descoberta. A fiz uma pergunta, não obtive resposta, e sinceramente, que garota impertinente. Voltei a repetir a pergunta e, mais uma vez, recebi um vácuo frio como o vento de inverno. Estendi minhas mãos para tocar à caixa que a garota segurava com uma força exagerada, e me senti uma figura de porcaria quando a menina virou as costas e fez menção de sair... Sempre a admirei profundamente, mas aquele comportamento absurdo não poderia ser desconsiderado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CLANDESTINO - TOMIONE VS HARMIONE
FanfictionE se Tom Riddle tivesse conseguido a vaga de professor de defesa contra as artes das trevas,assim que ele terminara os estudos em Hogwarts,e vivesse uma vida dupla durante anos,a fim de enganar todos à sua volta e de se tornar o bruxo mais poderoso...