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Em sua sala, Tom se martirizava por ter levado Hermione para lá. Odiara o fato de que agira por impulso e temera ser levado a fazer algo sem analisar todas as possibilidades possíveis. Se permitira sentir raiva de si mesmo ao lembrar-se de que, por uma fração de segundos, desejou se apossar dos lábios da menina. Ela, definitivamente, era uma garotinha perto dele, pelo menos deveria ser assim... A Granger era simplesmente a garotinha mais inteligente que ele já pora os olhos em anos de profissão. Nunca iria se esquecer do dia em que a vira pela primeira vez. Caminhava com tanta timidez a fim de sentar no banquinho de madeira e deixar que o chapéu seletor a pusesse em alguma casa. Tom secretamente desejara que a criança fosse parar na sonserina, mas não fora assim. No final das contas ela era uma sangue ruim.
O herdeiro de Salazar Sonserina mordera os lábios, era inútil perder o tempo dele pensando tolices. Se sentiu um estúpido adolescente o fazendo.
O moreno ouvira alguém bater na porta e se levantara com uma rapidez quase absurda para poder abri-la. Nem mesmo chegou a pensar em perguntar quem era pois, no fundo de sua alma esperava que fosse a castanha.
Ele abrira a porta com um ágil balançar de sua varinha e sorrira para a pessoa que surgira em sua frente, tentando esconder a frustração.

"Tom... -- pausou -- Hoje é sábado, nós tínhamos um encontro mas acho que você esqueceu-se dele". Começou Amora, uma mulher de feições indianas e estatura alta.
Riddle revirara os olhos, se arrependendo logo em seguida de ter aberto a porta. Ele, de fato, havia se desligado de seu encontro com Amora. Pela primeira vez na vida, esquecera-se de um compromisso.
A mulher adentrara na sala e fechara a porta atrás de si, logo se jogando em uma das poltronas e acendendo um charuto.

"Amora, você sabe o que eu penso sobre fumar em minha sala. Eu acho bom você parar! -- disse com a voz cansada e se aproximando -- Isto fede -- apontou para o charuto".

A morena de olhos extremamente escuros o olhara com reprovação, enquanto tragava.

"Você não sabe se divertir. Não me julgue por ser sem-graça". Disse serena como se estivesse comentando sobre algo insignificante. Tom, mais uma vez, revirou os olhos.

"Por favor, Amora, não diga estupidez. Estava me sentindo indisposto demais para sair do castelo e me esqueci de avisar-te. -- Coçou a cabeça, mentindo -- E eu sei me divertir".

A mulher rira com vontade, deixando o homem quase irritado.

"Por favor digo eu, Tom. Eu acho que você precisa de uma namorada. Não quero ter de te encontrar sempre só por você não ter ninguém". Amora não imaginara o peso que àquelas palavras poderiam carregar, e Riddle a olhara com mágoa.

"É melhor você ir embora, Amora. Saia da minha sala. Já chega, por hoje. Lamento em nada por ter deixado o nosso encontro de lado, e não pretendo ter alguém pra me encher de palavras vazias, nem querer me fazer possuir um sentimento vulnerável como um grão de areia".

Amora balançara a cabeça negativamente, apagando o charuto e se levantando.

"Eu vim avisar que estou indo embora, Tom... -- Sorriu vitoriosa -- Finalmente encontrei alguém que está disposto a me levar para o altar!".

O moreno franziu a testa, deixando que as suas sobrancelhas se unissem.

"Você está maluca, Amora? Não era a senhorita quem dizia que gostava de ser livre e que ninguém poderia a prender...? -- O homem erguera uma das sobrancelhas, questionador -- Você é uma vergonha para a minha espécie, mas parabéns, sua hipócrita. Prepare-se para perder a liberdade que tanto almejou". Disse sarcastico, batendo palmas.

"Pare de dizer bobagens! Eu tinha um conceito errado sobre o amor. Não existe nada mais virtuoso e belo, Tom... Eu espero que você consiga entender um dia. Agora eu tenho que ir". A mulher se dirigira até a porta, já destrancada, e saíra, deixando para trás um homem pensativo.

CLANDESTINO - TOMIONE VS HARMIONEOnde histórias criam vida. Descubra agora