(...)
Harry encontrara o diretor de Hogwarts um corredor antes do seu gabinete, e Dumbledore o saudou calmamente para logo caminharem até o seu gabinete. Dentro da saleta cheia de bugigangas, o mestre pediu para Harry sentar-se, e o moreno logo se acomodou na poltrona de frente para a lareira.
"Harry, acredito veementemente que depois do que descobrimos a respeito do lorde das trevas, o senhor saiba ou suponha aonde teremos de ir hoje. Receio informá-lo de que poderemos demorar e o advirto: Por favor, Harry, aconteça o que acontecer, esteja atento para poder salvar-se. Confio no senhor".
Disse olhando por debaixo dos seus oclinhos meia-lua. Harry o olhou tentando não demostrar que ficara intrigado, mas o moreno era péssimo em esconder suas emoções e de camuflar seus sentimentos. Harry era tão transparente que isso, por vezes, o atrapalhava. Logo o doce jovem de olhos verdes hipnotizantes se limitou a balançar a cabeça positivamente e a murmurar um baixo mas audível "Sim, senhor".
Dumbledore pediu para que Harry se levantasse e o mostrou uma penseira. A mesma que usaram outrora para poder mergulhar no passado do até então desconhecido lorde das trevas. O velho diretor, pegou um vidrinho que continha uma sua memória de 1942 e despejou na penseira que logo deu vida ao conteúdo. Potter olhou para o seu mestre, como que pedindo permissão para começarem, e o antigo professor de transfiguração balançou a cabeça silenciosamente para que Harry continuasse.
Sendo assim, o moreno mergulhou a sua cabeça na água de líquido brilhante e se vira em outra Hogwarts, em outra época e em uma nova perspectiva.
Sentia seu corpo leve e ouvia tudo com clareza. Começara a caminhar. Até que avistara um grupo de 5 garotos, chegara mais perto com a intenção de vê-los melhor e tendo dificuldade para fazê-lo, retirou os seus óculos e os limpou desajeitosamente nas suas vestes. Recolocou os óculos e constatou que o problema não era o objeto, e sim os próprios garotos. Eles estavam borrados, era impossível indentificá-los. De repente, Harry começou a sentir a sua cicatriz latejar mas decidiu seguir o grupo de garotos. Novamente as ações se repetiam, como se ele estivesse em um looping temporal. Com uma dor de cabeça agoniante, Harry foi trazido de volta por Dumbledore.
"E então, o que o senhor conseguiu ver?"
"Senhor, as cenas são as mesmas da última vez. Não sei o que aconteceu, para que dessa vez eu começasse a sentir uma forte dor de cabeça".
Dumbledore pareceu pensativo para logo depois sorrir amigavelmente tentando não preocupar o garoto.
(...)
Hermione arrumava os livros gentilmente. Utilizava uma escada de madeira enegrecida quando não alcançava alguma prateleira. Tom se divertia ao observá-la. Julgou a sua varinha muito interessante, e com todos os anos de experiência, sabia que o objeto que muitas vezes servia de mediador entre o bruxo e a magia, dizia muito sobre o portador dela.
Hermione trabalhava silenciosamente, como se já estivesse acostumada com aquele tipo de ocasião.Riddle acabou perdendo a hora, ao se perder em si mesmo quando decidiu parar para prestar atenção nos movimentos da castanha. Tentando por uma razão que ele desconhecia, decorar todos eles.
Passava das três horas da manhã, quando cansada, Hermione olhou para o relógio na parede e se sobressaltou, encontrando o olhar do professor, o que o fez sair do seu transe, ao questioná-lo se a detenção não já tinha acabado. Riddle a olhara tentando disfarçar a surpresa por ser tão tarde e depois desapontado por não ter percebido o tempo passar.
"Veja, senhorita Granger, quando nós seres pensantes, trabalhamos em conjunto, o tempo passa muito rápido. Não acha? - parou fingindo reflexão profunda -. A senhorita realizou um trabalho até bonzinho. Juntos, conseguimos arrumar mais da metade dos livros. Em um instante, já a liberarei. Não há motivações para preocupações. Inclusive, peço perdão pelo horário. Estávamos fazendo um trabalho tão honroso, não?"
Hermione o olhou como se ele fosse doido. Não trabalharam em conjunto, ela fez tudo sozinha. Ele se contentou em apenas vigiá-la, enquanto tomava o seu chá com pãezinhos de mel sem se preocupar em oferecê-la. Riddle era sem dúvidas, muito sem noção - pensou a castanha enquanto se preparava para levantar-se. Sabia que Riddle tinha fama de não gostar de nascidos trouxas, não iria contrariá-lo para dar mais um motivo para uma possível perseguição.
"Professor, a minha varinha, por favor?" Murmurou Hermione cansada.
"Ah, sim, Granger. Claro, Claro... Deixe-me ver onde coloquei..."
"Professor, o senhor não se moveu desta cadeira nenhuma vez sequer. A varinha com certeza deve estar no seu bolso. Pode conferir por favor?"
Tom a olhara intrigado. Que garota impertinente.
"Sim, sim. Senhorita Granger, deixe-me ver... - vasculhou o seu bolso e não a encontrou - creio que a entreguei, não, senhorita?"
Hermione o olhou com repulsa e impaciência.
"Senhor, o senhor não me entregou varinha nenhuma em nenhum momento. Por favor, entregue-me a minha varinha, pois a minha detenção já acabara há tempos e o senhor sabe disso."
"Como ousa falar comigo desta forma? ". Disse Riddle so se aproximar ligeiramente. Os seus passos eram suaves mesmo sendo ágeis. Chegara tão perto por indignação e uma vontade incontrolável que se apossara dele, que poderia contar todas as sardinhas quase imperceptíveis de longe no rosto da castanha. Hermione paralisou devido a aproximação. Riddle see aproximava cada vez mais, sentia a respiração da castanha ofegante. O moreno esticou os seus dois braços para tocar o ombro de Hermione, tudo indicaria que a envolveria em um abraço. Fez um círculo com seus braços por volta da castanha - que ja estava inebriada ao sentir um cheiro tão bom e ao mesmo tempo surpresa -, e pegou a varinha que estava atrás das suas costas.
Hermione nunca se sentira tão confusa em toda a sua vida. Deve ter olhado para Tom com uma expressão muito engraçada. Pois era a primeira vez que o via gargalhar tanto.
Achou graça do seu riso, e pensou que ele deveria rir mais. O professor havia uma risada contagiante.
"Com licença, professor, já posso ir?".
Riddle tentou parar de rir, e com muito esforço, depois de derramar até algumas lágrimas, ele disse cautelosamente:
"A senhorita quer ir, Granger?".
Hermione pareceu pensar por uma eternidade quando finalmente respondeu. Parecia paralisada. Procuraria saber do que se tratava depois. Certamente estava muito cansada, a ponto de abrir a boca e nada sair.
"Granger, eu a fiz uma pergunta. Poderia responder-me de acordo com ela, por gentileza?". Disse divertido.
"Desculpe-me, professor. Já não lembro o que eu havia dito e nem o que o senhor perguntou. Creio que estou muito cansada".
Riddle a olhou tentando ser compreensivo e se dirigiu a porta para destravá-la.
"Vá, senhorita Granger. A nossa detenção acabou".
Tom não obteve nenhuma reação da parte de Hermione. Ouvira apenas um respirar leve e cansado. Não acreditou, enquanto ele abria as trancas da porta, Hermione se recostou em alguns livros e adormeceu. Riddle, por incrível que pareça, não teve coragem de acordá-la pois reconhecia que havia errado. Jamais um professor permitiu que um aluno restasse em detenção até às 3:40 da manhã. Se Dumbledore descobrisse... Logo voltou a travar a porta.
O professor conjurara um feitiço e a levou até o seu quarto frio e acinzentado, repousara a jovem sobre a sua cama e a cobrira com seu cobertor. Voltou a sua sala e arrumara o restante dos livros com magia. Conjurara um travesseiro e uma coberta, e dormira sentado na sua poltrona, com a cabeça apoiada na sua escrivaninha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CLANDESTINO - TOMIONE VS HARMIONE
FanfictionE se Tom Riddle tivesse conseguido a vaga de professor de defesa contra as artes das trevas,assim que ele terminara os estudos em Hogwarts,e vivesse uma vida dupla durante anos,a fim de enganar todos à sua volta e de se tornar o bruxo mais poderoso...