❖ 2nd chapther ❖

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Aquilo foi um momento mágico, quase sublime, uma pena que durou apenas alguns instantes.Em uma fração de segundo, todas as lendas e mitos que já ouvi sobre demônios passam por minha cabeça. O medo parecia se divertir ao cirandar ao meu redor junto com seus fieis companheiros: A ansiedade e o pânico.

Meus calafrios só aumentam assim que aquele belo, mas assustador ser, tenta um contato.
—Hey! Você fala? Hey! ... Omo! Você está tremendo.

Tudo ao meu redor parece se passar na velocidade da luz, meu corpo e mente buscam por uma saída. Inconscientemente minhas mãos encontram uma superfície gélida, uma "arma" muito melhor do que a eu havia previamente.

Sem pensar duas vezes pego a pedra e a jogo no garoto, corro logo em seguida—pra nada.

Tropeço e o choque da minha cabeça com seja lá o que atingi faz tudo escurecer.

• • •

Abro os olhos lentamente e percebo que o ambiente em que me encontro está completamente mudado. Como eu vim parar aqui? O que aconteceu?

Não consigo lembrar de nada e isso me irrita.

Estou em um quarto bastante aconchegante, a decoração incorporava o vitoriano e leves toques rústicos. A cama tinha diversos travesseiros, uma colcha fofa de textura suave e um dossel de colunas com uma bela seda dourada, minha análise do ambiente é interrompida assim que ouço o ranger da porta.

— Olha só quem acordou, se não é a agressora. — O garoto de quem antes eu fugia fala apoiando-se na guarnição da porta. Na sua testa havia um hematoma mal coberto por uma gaze que não fora muito bem colocada. — Vou perguntar mais uma vez.

Ele respira fundo e pergunta pausadamente.

— Sua. Idiota. De. Merda. Você. Fala?

Ele parece prestes a me matar. Não duvido que esperou eu me acordar para então me matar da forma mais agoniante possível.

Reúno toda minha coragem e pegunto rapidamente, me embolando com as palavras e sem pausas, eu tinha muitas duvidas e tinha que conseguir expressa-las.

— C-comoeuvimpararaqui? O-oquevaifazercomigo? — Minha voz expressa perfeitamente o medo que estou sentido.

— Ha. Então você fala. Eu te trouxe aqui, sua idiota, você achou oque?! Que tinha casualmente aparatado aqui?!

Não sei o que responder, seus olhos me fitam com desdém.

— HYUNG!!! PARE DE ENCARA-LA. VOCÊ A ESTÁ ASSUSTANDO!!!

Um garoto de cabelos alaranjados invade o cômodo.

— Não tenha medo querida. Eu sou o Hoseok, meus amigos me chamam de J-Hope . — Ele abre um sorriso. — Aliás, aquele grosso ali é o Mi-

— Suga. Se quiser me chamar de alguma coisa me chame de Suga. Pensar que um deles saiba meu nome me causa náuseas. — Ele revira os olhos e girando seus calcanhares se dirige para fora.

Hoseok que apenas observava, se aproxima e senta na borda da cama.

— Hm...Me desculpe por isso, ele costuma ser um pouco menos grosso, é só que... —Ele parece procurar palavras para se expressar.

— É que eu sou um anjo, não é mesmo? Não precisa se desculpar, afinal eu que sou a intrusa aqui, por mais que minhas ações não reflitam isso, estou bastante agradecida pela hospitalidade. — Dou um sorriso sem graça.

— Deixando isso de lado, você pode não estar ciente, mas podemos dizer que é um pouco complicado voltar para o lado de lá. —Sua expressão é de pena.

— Oh...Mesmo? —Talvez eu não consiga voltar, só de pensar nisso sinto como se todo meu mundo estivesse desmoronando.

—Hey! Não fiquei assim, eu tenho alguns contatos. —Ele pisca para mim. — Tudo vai ficar bem...errr... Afinal qual o seu nome mesmo?

—S/n... me chamo S/n.

—Que nome lindo, combina perfeitamente com você! Então S/n, o que acha de eu te levar para dá uma volta?

—Dar uma volta? Certeza que é uma boa ideia?

—Sim, Sim! Não quero que você fique com a impressão que todo mundo daqui tem o temperamento do hyung. Aquele bastardo como ele pode ser tão displicente?!—Ele revira os olhos.

—Você o chamou de hyung. Vocês são irmãos?

—Sim.

—Nossa, vocês não se parecem nem um pouco. —Digo e o Hoseok parece achar graça da minha afirmação.

—Vou me arrumar para que possamos sair. —Após dizer isso ele deixa o cômodo, me deixando sozinha.

Deito-me na cama e respiro fundo fazendo com que o aroma das madeiras invada meus pulmões.

Não importa como eu tenho que conseguir voltar e isso tem que ser o mais rápido possível.

Rewritten 》 Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora