Birra

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Ana se senta logo que lhe mostro a cadeira. Seus lábios estão vermelhos e intocáveis, o sorriso imaculado, ao olha-la, sei que as coisas talvez não estejam tão bem quanto aparentam, contudo, preciso ter certeza de que ela e Safira não discutiram, logo que Ana foi para o banheiro, minha irmã também saiu para o mesmo rumo que o dela.

Não é coincidência e tive que deter toda a raiva que sinto dentro de mim por saber que Safira queira prejudicar meu casamento.

Sei que seja o que for, ela não conseguiu, porque Ana está bem.

Aproveitei que ela foi ao banheiro e também fui, acredito que se tivesse sapólio no lugar eu teria enfiado na boca, o sentimento de nojo não me saiu da cabeça quando fiquei lembrando que Viviane se aproximou de mim, tudo o que ela e a minha irmã fizeram mais cedo.

—Tudo bem?

—Sim amor!

Lhe dou um beijo suave, mesmo assim, ainda desconfio que talvez as coisas não tenham sido tão calmas com Safira por perto, suspeito que a minha irmã tenha falado algo para Ana.

—Tudo bem mesmo? Safira não te chateou, certo?

—Não, eu só usei o banheiro e deixei ela lá, acho que daqui a pouco ela deve voltar.

Meu olhar crava o seu, e eu a comtemplo sem receio tocando sua face, amando tudo o que ela significa para mim, o que ela representa, tudo o que temos vivido, o que poderemos viver, meu passado foi muito ingrato comigo, o meu presente tem se mostrado generoso, mas o meu futuro, confio plenamente de forma incerta a Ana, a nossa felicidade.

Quero que nós dois tenhamos um casamento longínquo e repleto de momentos bons para nós dois, algo que eu sei que não será passageiro e que ainda que me direcione a algo difícil, que me agrade tanto quanto agora.

—Te amo—sussurra Ana.

Tantos sentimentos não deveriam se ocultar assim de ninguém, eu nunca devo ocultar o que sinto por ela por nada nem ninguém.

—Amo você. —Confesso, quero sorrir. —Minha Bêzinha.

A gordinha fica toda vermelhinha, eu a abraço e meus lábios tocam sua pele com vagareza, quando beijo, meu coração se acelera e a minha mente me leva bem além desse momento, me faz querer mais.

—Mal vejo a hora de sair daqui.

E que seja só minha.

Minha Amante, Minha mulher e minha companheira, a mãe dos meus filhos, a mulher que carrega meu nome, que carregará para sempre todos os meus segredos, meu passado obscuro e que me ama por quem eu fui, por quem eu sou.

Ana se afasta, quero estar logo a sós com ela para lhe dizer o que quero, fiquei tão nervoso na hora do casamento, queria que os meus votos houvessem sido melhores.

—O prato de entrada é uma salada grega, você não comeu nada desde cedo, que eu sei—falo voltando para realidade. —Tem que comer Bê.

E obedece ao meu pedido, olho envolta, tantas pessoas que conheci graças a ela, que permiti se aproximar de mim, Ali está num canto providenciando para que tudo esteja bem, Lupe no canto da mesa bem como Phill, a Coruja, as irmãs de Ana, sei que nunca me permitiria estar perto de todas essas pessoas, nem mesmo os funcionários da empresa.

Sêmora está sorridente, sei que fica feliz por ver a melhor amiga bem, fico por alguns momentos esperando que Safira dê as caras, porque ainda que não aprove o que ela fez, se torna cada momento mais decepcionante o comportamento dela.

Um Novo Amor (Livro III) -  DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora