Amor

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—Três?—berro incrédulo. —Como assim, três?

Ana oprime o riso, mas isso não muda a forma que me sinto, a palavra "três" me ecoa a mente várias vezes.

—Ora...

Que raiva, que ódio!

—Ora o que, Ana Beatrice? Quer dizer que você ia correr e ficava secando esses merdas?

—Mas amor, eram só crushs...

Crush é o caralho!

—Começa assim, não senhora—retruco. —Quem são esses caras? Eles não moram mais lá, não é mesmo? Tem visto eles?

—Meu Deus, como você é ciumento.

Sou mesmo.

Eu não entendo porque ela quer rir, não tem um pingo de graça, me levanto e pego o celular, vibra, mensagens da Marcy, mas estou com tanta raiva que nem dá vontade de conversar com ela, me levanto olho para a ordinária bufando de raiva.

"te enviei os e-mails, tudo bem por aqui, boa núpcias senhor Handerson".

Marcy.

Olho para Ana.

—Mulher minha não fica saindo na rua para ver outro homem.

Foda-se também se estou sendo machista, só de lembrar daquele puto do Trevor perto dela...

—Não mesmo —Ana fala e começa a engatinha na cama feito uma gata, cruzo os braços não convencido. —Amor isso foi há alguns anos.

—Pois não vai mais nem sonhar em ver esses caras —praguejo.

—Claro que não.

Continuo não convencido, Ana fica de joelhos na cama e do nada vem na minha direção e coloca a boca no irmão.

Puta que pariu!

Isso me pega de surpresa, eu a olho, a boca engolindo ele com gosto, fico sem ar por alguns segundos.

—Bê...—consigo dizer e nada me vem a mente— para, nós estamos conversando.

Não consigo ter força, sou pego por essa surpresa deliciosa em meio a uma discussão, e entre a surpresa e a briga, fico dividido.

—Quero ser sua espanhola—ela começa a beijar ele com lentidão, faz uma voz de safada—, me ensina a ser sua espanhola?

Brigar ou ser chupado? Brigar ou se chupado? Brigar ou... Puta, Ser chupado!

—Porra viu—minha mão se enfia em seus cabelos é automático—, não me deixa nem ficar bravo.

Foda-se os outros, quem está casado com ela? Quem é o homem com quem ela trepa todos os dias? Quem ela ama?

Com certeza nenhum deles!

Escuto sua risada levada e sou puxado para baixo, ela me beija e nem espero, caio na cama e Ana vem para cima de mim, eu a olho e seguro a buceta dela com força, ela arfa.

—Minha, entendeu?

—Sim.

—Fala que é minha.

—É sua.

—O que é minha?

Ana me encara, depois segura o meu pau com firmeza, isso me deixa preso, mas por dentro é como se algo quisesse rasgar a minha pele e colocar para fora.

Um Novo Amor (Livro III) -  DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora