Compreensão

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Ana se estica, me ergo, acho que posso pedir algo para comermos.

—Vou pedir o café. —digo e me sento na cama. —O que quer comer?

—Qualquer coisa—Ela me abraça e me beija o pescoço toda carinhosa. —Vamos conhecer a praia agora?

Sonha...

—Claro...—digo e escuto o som de seu sorriso—, que não!

Ana merece dias e dias em Sardenha, um bom passeio, quero levar ela para conhecer as ilhas do lugar, mas também quero aproveitar ao máximo com ela aqui, que fiquemos a sós em nosso mundo, quero mais privacidade.

Ela sai da cama toda carrancuda, observo sua nudez, algo que me chama atenção é que a cintura dela parece um pouco mais fina, acho que fez muitos sacrifícios para os ajustes do vestido de noiva, Ana o dobrou e deixou no quarto do hotel aos cuidados dos funcionários, a coruja iria pegar, foi o que ficou combinado.

Percebo que ela ainda é travada, tem toda essa coisa de complexo que eu não gosto porém não acho que a saída seja ela ficar se cobrindo, ela não pode ver um pedaço de pano e já quer jogar por cima do corpo, não gosto.

Me levanto ao vê-la abrir a mala e começa a se vestir, prender o cabelo, estamos em nossa lua de mel, quero que ela e eu fiquemos bem a vontade, porque ela deveria se cobrir? Sou seu marido!

Solto seus cabelos e eles caem em ondas em seus ombros, Puxo a calcinha dela para baixo, é meio irritante pensar que ela tem vergonha de mim, estamos juntos já a algum tempo e eu não me importo nenhum pouco que ela ande nua perto de mim.

Gosto.

—Já disse para parar com isso!

Ana não responde, me olha envergonhada.

—Você tem que ficar nua.

É uma determinação que eu espero ser cumprida.

—Por que?

Mas... Como?

—Porque estamos na nossa lua de mel, as roupas foram feitas para quando formos sair do quarto e hoje nós não sairemos daqui para nada.

Fico indignado, mas de repente ela está vermelhinha, sei que soo rude, não é o que quero, mas também não quero que ela fique envergonhada perto de mim de nenhuma forma.

—Gosto de te olhar, já disse amor, fica assim, você tem um corpo lindo.

Mais que lindo.

O corpo da Ana é uma propriedade, algo dela e ninguém—nem eu—tenho o direito de ditar como ela deve se sentir em relação a ele, só que preciso que ela aprenda a se ver com mais zelo, a perceber o quanto é linda do seu jeito, mesmo que para todas as outras pessoas do mundo não seja assim.

Para mim é e eu adoro isso.

Lhe dou um beijo e a conduzo para cama, acho que devemos conversar sobre isso.

De novo? De novo! Quantas vezes forem precisas para que ela tire isso da cabeça.

Haja paciência com essa Ordinária!

Toco seu corpo, minha língua explorando sua boca com cuidado, sempre que estamos juntos começo a querer um pouco mais dela.

—Quero você nua em casa sempre que estivermos a sós, em nossa intimidade.

Um Novo Amor (Livro III) -  DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora