§ł§{ Chapter IV }§ł§

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Anteriormente em O. P...

Suspirei frustrada, queria esquecer de tudo aquilo, sabe? Esquecer dos meus problemas, do que eu sofri com a morte da minha mãe, que apesar dos anos, ainda se faz muito presente, do abandono do meu pai, e da indiferença do mesmo.

Bom, espero que isso seja somente uma fase. Tudo irá melhorar... não é?

[...]

§《Londres》§





Scarlet Wayne


Alguns dias havia se passado desde aquele dia, no qual eu tive a infelicidade de ver meu pai e ter tido aquela discussão desagradável com o mesmo.

A boa notícia era que não o vi depois disso, e eu realmente não faço a menor questão de vê-lo novamente, e para melhor resultado, nem tão cedo, ou melhor, nunca mais.
Eu estava sentindo uma profunda raiva por ele, não só por ele está tentando me casar a força, mas por tudo que fizera com a minha mãe, de tudo o que ela teve que passar sozinha, doente, com os seus dias contados, tendo que aguentar perder a vida aos poucos em silêncio, sem ao menos poder contar com ele, seu marido, que jurara passar todos os dias da sua vida ao seu lado, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, pois o seu marido, meu pai, estava muito "ocupado" com sua empresa. E suas vadias.
Sabe o que me deixa mais revoltada? Lembrar de sua indiferença diante da morte da minha mãe, como se a pessoa que morrera não era ninguém importante, ninguém menos que sua esposa, e isso eu jamais perdoaria, jamais.

Eu havia contado tudo o que acontecera a Katherine, e a mesma ficou horrorizada com toda a situação, talvez até mais que eu, chegou a dizer que se arrependera de me aconselhar a me reconciliar com ele, e isso, devo admitir que me surpreendeu, Katherine jamais diria algo assim.
Cristian perguntou o que tinha acontecido depois que eu fora a empresa naquele dia, porém decidi não dizer a verdade para ele, pois sabia que do jeito que ele é, não iria dar em coisa boa, então disse que não tinha acontecido nada demais, que era como sempre pra falar sobre a empresa, de um modo não deixa de ser verdade, pois a envolvia. Porém, do jeito que Cristian me conhecia, sabia que era a verdade completamente, mas resolveu não tocar mais no assunto, deixando de lado, pelo menos por hora, para o meu alívio.


Era noite, e eu tinha combinado hoje com Katherine e Cristian de nos encontrarmos em frente a balada, precisava me distrair, e nada melhor que beber e dançar com os meus amigos para melhorar o astral.

Coloquei uma calça jeans, uma blusa preta e um casaco de couro, uma bota preta, soltei os cabelos, fiz uma leve maquiagem e peguei meu celular.

Quando estava dando uma última olhada no espelho, a campainha tocou, e estranhei, não esperava ninguém, a não ser que eles tenham resolvido vir me buscar. Bem típico deles...
Ri soprado com a idéia e fui em direção a porta, abrindo-a.

Dei um salto enorme, arfando, com a quantidade de homens de preto em frente a minha porta.

Tentei empurrar a porta rapidamente com todas a minhas forças, mas já era tarde demais, eles haviam empurrado antes e adentrado no lugar, tentei correr para o quarto ou para o banheiro, mas com uma força bruta e sem vezes maior que a minha, um deles me seguraram, enquanto os outros se espalhavam pelo meu apartamento.

- Me solte! - Gritei, me esperniando, tentando me soltar dele, porém eu era muito fraca em relação ao homem que e segurava, então foi em vão, o medo começava a me inundar, me deixando historicamente apavorada, não sabia quem eram e nem o que fariam comigo. - Me solte! Me solte agora! Soco...! - tentei gritar por ajuda, o mais alto que poderia, porém veio um outro e colocou um pano em minha boca.

E um cheiro estranho começou a invadir minhas narinas me deixando tonta, tentei escapar me debatendo com todas as minhas forças, virando o rosto, tentando me soltar, socá-los, tentei gritar novamente, mas a minha voz saia abafada pelo o pano, o homem apertava mais o lenço contra o meu rosto, e aos poucos fui amolecendo, minha visão ficou turva, eu já não me aguentava mais, me sentia extremamente fraca, sendo incapaz de lutar.

Eu sentia que iria desmaiar, vacilei, deixando meu celular escorregar da minha mão, antes que eu perdesse a consciência aos braços do homem que me segurava, a última coisa que ouvi antes de minha visão escurecer por completo...

- Senhor, a pegamos.

CONTINUA...

§ł§ Obsessão Possessiva §ł§ - Sombra e SegredosOnde histórias criam vida. Descubra agora