PARTE I - WHISKY, CIGARROS & MORTE ENGARRAFADA - CAPITULO I

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CAPÍTULO I: ANTES DOS POLICIAIS

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CAPÍTULO I: ANTES DOS POLICIAIS

"A dor é um presente." — Doctor Who

TODAS as histórias são envoltas em mistério, algumas mais do que outras; é verdade, contudo nenhuma história é tão misteriosa e drástica quanto a da morte da jovem Clarissa Teige, a filha mais jovem de um casal de diplomatas noruegueses

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TODAS as histórias são envoltas em mistério, algumas mais do que outras; é verdade, contudo nenhuma história é tão misteriosa e drástica quanto a da morte da jovem Clarissa Teige, a filha mais jovem de um casal de diplomatas noruegueses.

Comecemos pelo início...

Era uma noite chuvosa do mês de novembro; a filha mais nova dos Teige encontrava-se sentada no parapeito da janela de seu quarto, vislumbrando a chuva torrencial que estava a molhar a calçada de ladrilhos extremamente brancos; ladrilhos os quais costumavam adornar a residência brasileira da família.

Seus olhos estavam vermelhos e molhados, indicando que — há pouco — havia chorado; o olhar se volta ao copo contendo um líquido de tonalidade verde fluorescente.

Deveria mesmo fazer aquilo?

Os lábios são mordiscados no exato momento em que as mãos vão de encontro ao copo contendo o líquido suspeito; em uma clara indicação de nervosismo.

Um suspiro é solto instantes antes de a janela ser aberta e o corpo de Clarissa Teige colidir com o chão.

As coisas dentro da residência acinzentada fluíam normalmente, tal como se uma tragédia não tivesse acabado de acontecer, contudo, não culpemos-os por agir em normalidade, tenhamos em vista que as pessoas ali presentes não tinham ciência do ocorrido naquele exato momento.

Björn Teige — o irmão mais velho de Clarissa — conversava animadamente com a namorada pelo Skype; os patriarcas não encontravam-se em casa, estavam fora a trabalho e Marcella — a empregada italiana — cozinhava seu famoso carbonara. Nada de incomum por aqui...

... a não ser pela sombra disforme se esgueirando por entre as árvores nos fundos da residência Teige.

Não muito longe do casarão desafortunado, uma jovem recebe seu diploma com honras, ela foi a primeira da turma ao decorrer de todo o curso.

Sætre abdicou de muito para chegar onde estava, abdicou de sua vida em Londrina, de sua família e de sua amiga mais próxima; formar-se como melhor da turma na Escola de Detetives de Nova Brasília foi um alívio bem vindo, pois tal fato indicava — claramente — que seus esforços e as turbulências que enfrentara durante o curso não foram em vão.

Um breve discurso é feito instantes após o diploma lhe ser entregue, a garota agradeceu a si mesma por ter tido a força de vontade e a persistência de continuar mesmo com a desaprovação de sua família, agradeceu aos professores — muitos deles detetives aposentados — por lhe transmitirem o conhecimento necessário para o exercício da profissão e agradeceu, sobretudo, sua melhor amiga que foi a única pessoa próxima à si que a apoiou.

A jovem loira não poderia imaginar naquele momento, porém estava prestes a pegar o caso que viraria sua carreira — ainda no início — de pernas para o ar e que a faria desacreditar de seu potencial para com a resolução de casos complicados.

Os aplausos se fazem ouvir e a garota deixa o palanque, desfilando calmamente para a saída do local no qual o evento de formatura estava sendo realizado. É uma verdade refutável que nossa querida protagonista não é a maior fã de comemorações e premiações deste mundo.

Os dedos percorrem a insígnia prateada em formato de mariposa, honraria a qual poucos formandos receberam desde a abertura da Escola de Detetives de Nova Brasília; um pequeno sorriso adorna-lhe os lábios pelo o que poderia ser considerado milésimos de segundos, dissipando-se tão rápido quanto surgira.

A mais nova detetive consultora anda pelas frias ruas brasilienses calmamente, desfrutando da sensação causada pelas gotas de chuva que se chocavam contra sua pele alva.

Ela sempre gostou da chuva pois esta sempre lhe transmitiu uma sensação de calmaria, ademais, dias chuvosos sempre lhe pareceram mais confortáveis, pareciam dias bons para sentar-se ao sofá com uma enorme xícara de chocolate quente e maratonar sua série preferida.

Não que Sætre faça a linha de garota considerada desocupada; muito pelo contrário, desde que se entende por gente considera que faltam horas em seus dias para realizar todos os seus deveres, contudo isto não muda o fato de que todos necessitam de um pouco de diversão às vezes.

Não orgulho-me em dizer que neste momento a mente da jovem Sætre está tão dispersa quanto a mente de qualquer ser humano ordinário. A palavra ordinário é aqui empregada para descrever pessoas normais, com mentes normais que são — praticamente — incapazes de fazer algo de exímia grandeza.

Enquanto a futura detetive desta historia sem esperança vaga por entre as frias ruas nova brasilenses, Björn Teige faz seu chocolate quente, o típico chocolate quente que sempre faz quando está frio, que contém uma dose extra de whisky; o corpo da jovem Teige jaz sem vida em uma poça lamacenta sob sua janela.

A sombra disforme observa, por entre as árvores, o corpo da garotinha, a filha predileta do casal de diplomatas. Um sorriso ladino se esboça em seu rosto, satisfeito com seja lá o que tenha feito.

Alguém ainda lê isso aqui?

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Alguém ainda lê isso aqui?

Demorei mil anos pra atualizar, eu sei. Porém prometo atualizar ao menos uma vez a cada duas semanas a partir de agora.

Tia Bia ama muito o cês.

Não esqueçam da estrelinha marota, caso tenham gostado do capítulo!

Kissus da tia Bia!

O caso Teige por Ågot Sætre [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora