Adrien Agreste

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- Bonjour, ma fille!

Meu pai me acordou às 8 horas da manhã com um café na cama.

- Nossa! Café da manhã na cama? - questionei admirada.

- Erm... sim, já que a mesa da cozinha está ocupada com alguns trabalhos meus. - respondeu meu pai coçando a cabeça - Eu quero que você tome seu cafezinho, se levante e se apronte, porque você, a menina sortuda que não conhece Adrien Agreste...

- E que não tem interesse de conhecer... - interrompi rindo.

- Exactement.... irá conhecê-lo. - completou e saiu do quarto depois de me dar um beijo na testa.

Depois que terminei o café, me levantei e coloquei meu macacão curto cor de rosa salmão por cima da minha blusa cinza, calcei meu tênis cano alto verde escuro, trancei meu cabelo e saí atrás de meu pai. Fomos até o local marcado para a sessão de fotos: na beirada da base da Torre Eiffel. Eu não acreditava que tava realmente vendo aquilo de perto. Mais bonito do que a torre eram as árvores e plantas ao redor. Estávamos na primavera então tudo estava colorido. Comecei a tirar fotos com meu celular quando meu pai pegou uma câmera e começou a me ensinar a utilizá-la para fotografar a paisagem.

- Très bien, Ari! - me parabenizou - Essas fotos ficaram boas. - meu pai amava a natureza e as cores tanto quanto eu. Ele era bem criativo, já é perceptível pelo fato dele ter escolhido esse local para as fotos do Agreste.

E falando no filho do Gabriel Agreste, uns 30 minutos depois de nossa chegada, ele chegou em um carro grande e prata, parecia ser bem caro e de "alto nível". "Os franceses são todos arrogantes", a voz de minha mãe ecoou na cabeça. Eu estava me preparando para receber um garoto mimado pelo pai e com certeza convencido, principalmente pela fama com as garotas, mas o que saiu do carro foi um garoto cabisbaixo, com uma expressão vazia, talvez triste.

- Bonjour, senhor Agreste! - meu pai acenou alegre o cumprimentando.

- Ah! Erm... bonjour, senhor Davis! - respondeu Adrien com uma voz não tão entusiasmada.

- Essa é minha filha, Ariana.

- Oi! - Adrien disse forçando um sorriso.

Eu não tive reação, apenas sorri de volta.

- Então, vamos começar. Seu pai disse que logo mais você tem outro compromisso.

Adrien assentiu com a cabeça e eu me afastei, sentando em um banco o mais longe possível, eu não queria atrapalhar o ensaio.

O ensaio não demorou muito. Adrien seria um ótimo ator, na hora das fotos ele soltava um sorriso meigo com um olhar simpático e encantador e no intervalo delas, principalmente quando meu pai se virava, trazia aquele olhar triste novamente.

- Acho que agora deu. O que acha, senhor Agreste?! - perguntou meu pai tentando fazer Adrien participar da escolha das fotos.

- Erm... bom, senhor Davis, o senhor é um grande fotógrafo e tenho certeza que escolherá as melhores fotos para a campanha de meu pai. - respondeu Adrien coçando a cabeça, parecia um pouco sem-graça.

- Hm! Bien alors. Agradeço pela confiança de vocês, senhor Agreste. - meu pai respondeu também sem-graça.

Adrien se despediu de meu pai e veio em direção ao seu carro. Quando passou por mim, acenou com aquele mesmo sorriso da chegada. Eu acenei de volta. Meu pai guardou os equipamentos dele e entramos no carro.

- O que achou do Adrien? - perguntou.

- Triste. Depressivo. Amargurado. - respondi.

- Você não viu nada nele além disso?

Miraculous: IguanaOnde histórias criam vida. Descubra agora