Chloé Burgeois

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Já faz uma semana que estou em Paris. As expectativas que eu tinha desse lugar, joguei fora, afinal, todas eram ruins, e até agora estava tudo dando certo para mim. Meu pai, embora extremamente ocupado, era companheiro sempre que podia. Todo dia à noite comíamos em algum lugar diferente com uma culinária própria da França. Não era tão ruim quanto minha mãe dizia. Na verdade, nada aqui era ruim como minha mãe dizia.

No intervalo de aula eu costumava comprar algo para comer na padaria dos Dupain-Chang, os pais de Marinette, que ficava do lado do colégio. Nem sempre meu pai podia almoçar comigo ou me buscar nesses intervalos e lá era o local mais perto (e até então o único que eu sabia ir sem me perder), e seus quitutes eram maravilhosos.

Nesse tempo de descanso de uma aula à outra era costume eu ficar sozinha, já que todos da minha turma iam para suas casas - às vezes Marinette me fazia companhia enquanto eu fazia meu lanche em sua padaria, então eu sempre inventava algo para fazer.

Fui para a praça que ficava em frente ao colégio, era um dos lugares mais bonitos de Paris, cheio de árvores e plantas, com certeza era um lugar que me deixava em total contato com a natureza e me ajudava a relaxar e descansar a mente.

Peguei meu celular e comecei a tirar fotos de ângulos diferentes da praça, sempre gostei de tirar fotos e ver o trabalho de meu pai me traz empolgação para fotografar e tentar novas técnicas - algumas até meu próprio pai ensinava.

De uma foto em outra, enxerguei um ângulo da escola entre as árvores da praça, mas antes de tirar a foto fui interrompida por uma figura estranha que parou bem a minha frente. Tinha roupa revestida da cor azul e branca com detalhes de flocos de neve. Usava uma máscara em formato de borboleta e carregava uma bolsa pequena.

- Não se preocupe, querida - disse a garota se dirigindo a mim - eu vou congelar a imagem pra você tirar suas fotos. E vou aproveitar e congelar você também.

Enquanto terminava sua fala soltando uma gargalhada, enfiou a mão dentro da bolsa e pegou um pózinho e o soprou em minha direção. Tudo o que estava no caminho começou a congelar, mas antes de chegar a mim, uma outra figura apareceu, de costas, na minha frente. Era Ladybug. Ela rodava seu ioiô mágico rapidamente formando uma espécie de escudo.

- CHAT! - gritou olhando para o lado - RÁPIDO!

- Com licença - senti alguém me pegando no colo. Esse alguém pulou para fora da praça comigo e me levou até a porta da escola. Era Chat Noir - É melhor ir pra dentro e se proteger, as coisas aqui vão esfriar - depois da piadinha com a situação, ele deu uma piscadinha para mim e voltou pulando para a praça, onde Ladybug e ele começaram a lutar com a garota que provavelmente estava akumatizada.

Aquela piscada de Chat Noir... eu conhecia de algum lugar, mas minha mente agora estava ocupada para pensar nisso. Eu já tinha visto eles pela televisão, mas não de perto. Não perdi a oportunidade de tirar uma (algumas, talvez) foto deles em meio a luta. Eu tinha acabado de ser salva por Ladybug e Chat Noir e isso era um máximo.

***

- Wow, mon cher! Essas fotos ficaram realmente muito boas. - disse meu pai empolgado passando e repassando as fotos em meu celular. - Desse jeito você se sairá uma fotógrafa magnific em Paris.

Realmente seria interessante trabalhar com fotografia, mas não sei dizer se tenho essa vontade, eu sempre tive a fotografia como um hobby, mas é algo a se pensar.

- Vai tirar mais fotos do Adrien hoje? - perguntei ao meu pai.

- Oui, oui! Mas dessa vez eu preciso de  algo natural, preciso mostrar o lado humilde do filho de Gabriel Agreste, e não teria lugar melhor do que a casa deles, c'est ça? - entendo essa coisa de "mostrar o lado natural" da pessoa, mas onde é que a casa deles é humilde? - E você já sabe, cher, o senhor Agreste...

Miraculous: IguanaOnde histórias criam vida. Descubra agora