Antes que eu esqueça 2 ( Concluído)

Capítulo 27

Mateus:

O tempo estava ficando mas que fechado e sinceramente eu achei que o tio Fabrício ia explodir quando meu pai tomou a bíblia da minha mão e jogou no chão

César: me de essa porcaria (pega a bíblia da mão de Mateus e joga no chão ) não se atreve a fazer com meu filho o que fez com meu pai

Mateus: ficou louco?

César: me respeita, sou seu pai não fale comigo de igual pra igual

Pastor Fabrício: nosso pai já tinha aceitado a Jesus antes de mim

César: meu pai não seu

Pastor Fabrício: respeite as coisas de Deus César

César: senão o que?

Nessa hora meu pai ficou bem perto do tio Fabrício e dava pra ver o quanto ele estava se segurando, ele respira fundo e dar um riso irônico

Pastor Fabrício: ( sorri) eu vou orar por você meu irmão, pra que possa ficar livre dessa amargura que está te corroendo por dentro e matando você aos poucos, que está te tornando uma pessoa amarga e ferindo todos a sua volta e mesmo tendo tudo que alguém poderia desejar, mesmo assim é infeliz

César: vá pro inferno, e você (fala com Mateus) não teste minha paciência e esteja na casa de seu avô quando eu chegar ou vai se ver comigo

Meu pai saiu e bateu a porta com tanta força que não sei como não arrancou tudo, Vitor correu e pegou minha bíblia do chão e me deu

Mateus: preciso ir tchau

Vitor: agente se ver pastor

Fomos pro carro e saímos logo após meu pai, ele corria como se fosse se matar, estava extremamente irado

Vitor: caraca! eu nunca vi seu pai tão furioso

Mateus: não tinha ideia que a coisa entre ele e meu tio fosse tão séria, achei que os dois fossem sair na mão

Vitor: seu tio pode ter se segurado, mas se ele chegar desse jeito na casa de seu avô, concerteza o Sr. Pedro vai dar uns pau nele

Meu pai estava totalmente descontrolado e quando chegou na fazenda do meu avô, quase bate o carro, ele já desceu do carro e entrou em casa bradando comigo

César: suba imediatamente e arrume suas coisas agora

Mateus: já disse que vou ficar com meu avô

César: não me desafie moleque

Pedro: posso saber o que está acontecendo aqui?

César: como pode deixar aquele marginal andar com meu filho? te disse que quero ele longe de mim e da minha família

Pedro: primeiro pare de gritar, não está na sua casa mas na minha, segundo me respeita se não quiser que eu quebre isso que você chama de cara, e terceiro seu irmão não é nenhum marginal

César: ele não é meu irmão, porque tinha que envolver o Mateus nisso?

Pedro: não tem o direito de reclamar nada, você colocou seu filho pra fora de casa sem um centavo no bolso e ficou sem ao menos ligar pra saber como ele estava, coisa que nunca fiz com você nem com seu irmão, entenda uma coisa César, minha casa, minhas regras

César: já te mandei pegar suas coisas garoto

Pedro: ele só vai se ele quiser ir, não vai forçar meu neto a nada

César: não tem o direito de.......

César: quem não tem o direito aqui é você, sabe muito bem, se não coloquei as coisas no seu devido lugar todos essas anos foi em respeito a memória de Laura, ela sim sempre teve todos os direitos, mas você? você não

César: ele é meu filho, não vai mudar isso

Pedro: garotos subam, tenho que terminar uma conversa com meu filho

Mateus: mas vô........

Pedro: suba e descanse, amanhã o dia vai ser cheio, vamos resolver uns assuntos na cidade

Subimos e pela cara do meu avô a conversa seria dura, meu pai se calou e não discutiu com meu avô, me pareceu apreensivo e não sei o que houve mas ele foi embora sem ao menos se despedir de mim, seja o que for que meu avô disse a ele, o fez voltar atrás na ideia de me fazer ir embora com ele
Continua.....
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