After The Full Moon- Sobrenaturais

30• Uma semana em casa!

Já é sábado á tarde, minhas malas estavam todas prontas, meus pais já deveriam estar aqui a duas horas atrás. Não havia mais ninguém lá alem de mim.

Foi ai que recebi uma mensagem de meus pais, avisando que teria de pegar o trem sozinha. Podiam ter avisado antes, afinal, moro na Austrália, é muito longe!

No caminho, só conseguia pensar no tal sonho, mesmo sabendo que provavelmente era só um simples sonho, e em como seria essa semana em casa. Provavelmente um tédio... Dormi o resto do caminho até em casa e quando cheguei fui recebida pela minha tia, Sonya, e meu tio Wagner.

-Hm. E meus pais?

-Ah querida, me desculpe, eles fizeram uma viagem de emprego e voltam amanhã cedo. A gente não vai poder ficar. Viemos só ver se ficaria bem. Você não se importa?

-Não.

E dessa vez eu não me importava mesmo, a maioria das vezes, quem cuida de mim são meus tios... já que meus pais vivem saindo e viajando quando possível.

Eles foram embora e eu comecei a andar pela casa, relembrando tudo o que passei aqui. Lembrando, ou tentando pelo menos, lembrar de como era minha vida antes de sair daqui.

Comecei a olhar alguns retratos e percebi como eu era diferente da minha mãe. Devo ter puxado só para a família do meu pai.

Com esses pensamentos, voltei para meu quarto e liguei para Vega, avisei que estava em casa e depois ela me chamou para dormir lá, não sei como seria falar com ela novamente, mas ela sempre me ajudou quando dava e agora não posso a deixar, não posso a trocar.

***

-Aaaaah meu Deus, como eu estava com saudades de você, sua chata!

Dizia Vega enquanto me abraçava igual louca desde quando entrei por aquela porta.

-Eu também!

Depois do mini-escandalo, fui ver a mãe dela, Amma, que sempre me considerou uma filha , vice-versa, ela fez a janta e quando fomos para o quarto, ela já começou a mandar eu contar tudo pra ela.

-E os garotos?

-Ah... eu to namorando.

-Aaaai meu Deus! Isso é sério?! Eu nunca te vi namoraaar!!

-É... muita coisa mudou.

-Mas você gosta dele?

-Na verdade sim.

-Uma coisa nunca muda.

-O que?

-Você é muito confusa! E isso nunca vai mudar! Você pode ter certeza!

Fazia falta seu senso de humor às vezes.

***

Voltei para casa logo cedo, pois meus pais me ligaram preocupados. Tinha esquecido de os avisar que estaria na casa da Vega.

Passei o resto do dia no meu quarto lendo livro, e só sai para jantar. Se eu não fiquei com meus pais? Meu padrasto, lendo jornal, e minha mãe com seu trabalho, como sempre, no caso.

***

Domingo, 19h

Estava arrumada para sair, ia jantar com meus pais. Por aqui, não tem nada pra fazer, além de ler, pensar, comer e assistir séries na televisão.

Segunda, 14h

Hoje acordei bem disposta, e logo depois de almoçar, Austin me ligou, eu não ia atender, mas eu precisava ouvir sua voz.

-Kristen?!

-É. Eu.

-Hmm, você ta bem?

-Eu to, e você?

-Ah, não muito bem, já e difícil ficar sem você, e tudo piora porque eu sei que você está brava comigo, e com razão.

Eu sorri. Eu não sei o por que. Talvez por ele sentir minha falta.

-Eu não to brava com você. Só meio chateada pelo seu ciúmes.

-É porque eu te amo! Eu sinto ciúmes!

- Ciúmes não necessariamente significa amor, e não te proíbo de sentir ciúmes. Te proibo de brigar por ciúmes. Principalmente com meu melhor amigo, por um motivo bobo!

Desliguei. Não por estar brava, mas só para ele poder refletir mais sobre isso tudo.

Quarta, 20h

Hoje a única coisa que fiz foi sair com a Vega pra ela me apresentar sua nova amiga.

Ela não gostou muito de mim pelo jeito. Ciúmes? Talvez. Mas ela era estranha.

Sexta, 14h

Hoje, meus pais foram a uma reunião de negócios.

Quando estava passando no corredor para chegar ao meu quarto, vi uma fotografia jogada no chão, estava virada para baixo, e estava escrito:

"Celine Madson Garden, 1997"

O ano do meu nascimento

Quando virei, me surpreendi. Não era a mesma pessoa em que vi em minha visão a alguns meses atrás, quando meu pai me deu sua vida. A mulher da visão, definitivamente, não era minha mãe Celine!