39• Presa...?

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Eu estava parada, e não conseguia respirar direito, lágrimas brotavam dos meus olhos por mais que eu tentasse as segurar.

-Anda logo ou eu vou te que te carregar a força?!- perguntou um dos vampiros.

Eu não conseguia me mexer, não por algum feitiço, mas sim por nervosismo\pavor! O que eles queriam de mim? Antes de conseguir fazer alguma coisa, um deles, o segundo mais alto, me pegou e me jogou por cima dos ombros, como se fosse uma pena. Tentei chuta-lo e gritar, mas, parei quando lembrei que estávamos no meio do nada, e que aqueles caras eram milhões de vezes mais forte do que eu. Pensei em usar meus poderes, mas não daria certo, só conseguia o usar quando alguém que amasse estivesse em perigo, mas não, dessa vez era apenas eu, mais ninguém, e talvez meus poderes não gostassem de mim, só talvez...

Os homens me carregaram, literalmente, até dentro da cabana que era minúscula, ou melhor, eu pensava que era. Eles desceram em alguma parte do chão que havia uma passagem, como aquelas de filme, que ficam embaixo de tapetes, mas antes, eles vendaram meus olhos.

-Como assim?! Pra que isso?!

-Pra você não tentar fugir daqui, o que não adianta já que aqui é enorme e é quase impossível você conseguir sair!

Resolvi não responder porque provavelmente além de não adiantar nada, eles se irritariam, o que não era uma boa ideia. Andamos por quase 10 minutos até chegar a um lugar com cheiro de mofo. Quando eles tiraram a venda, quase pedi para que colocassem novamente!

O lugar era horrível!

Não era só cheiro de mofo! Tinha muito mofo! Havia uma "cama" de ferro, uma porta que estava aberta e dava para um banheiro super pequeno, havia alguns livros de 900 anos atrás (não literalmente) cheios de mofo, uma cadeira e uma mesa. Era minúsculo, mesmo! Além das "portas" que eram de ferro, era indestrutível, os guardas logo me trancaram alí, e por instinto, logo comecei a bater na porta e gritar por socorro, mas visto que estava na área do inimigo, isso não adiantaria nada, cai no chão, chorando, até tudo apagar.

***

-ACORDA!

Acordei com a voz de uma mulher gritando impaciente, pensei que fosse alguma criada da casa da mamãe, mas quando olhei em volta vi que tudo não era só um pesadelo, era verdade! Estava naquela cama dura de ferro, não sei nem como vim parar aqui.

-Não vai levantar? Ou eu vou ter que te carregar a força?!

-Quem é você? -perguntei e ela riu

-Essa não deveria ser sua preocupação agora.

Sua voz era fria e seu olhar era vazio, seja quem ela fosse, não era alguem que fosse ajuda-la!

-Está bem, eu estou indo- disse sem muita convicção.

Estava com a mesma roupa de quando fui levada de casa. A mulher saiu do quarto (se é que se pode chamar aquela prisão de quarto), e eu, sem opção, a segui, o lugar era enorme, as paredes do corredor eram estreitas mas bastante iluminadas, passamos por varias escadas e corredores, que pra mim, eram todos iguais, até que ela parou abruptamente, tirou o pingente de seu colar, e usou como chave para abrir uma porta, que, se não fosse por ela, eu nem perceberia. Quando destrancou, fiquei supresa, aquele lugar não era nem um pouco parecido com o resto da "casa", tinham enormes pilares, paredes brancas, um lustre no centro, duas poltronas que pareciam ser de reis, várias janelas que davam para o "nada", tapetes de veludo, mas o que mais me chamou atenção, o homem que estava parado em frente as poltronas, com dois seguranças ao lado.

-Poderia nos dar licença, srta. Beckin?

-Claro, senhor - a mulher fez um breve aceno com a cabeça, saiu, e trancou a porta.

Por um momento desejei ter ido com ela.

O homem, foi se aproximando, e eu ainda estava imóvel, ele tinha um sorriso nos lábios e não passava de seus 40 anos de idade.

-Ora ora, se parece muito com seu pai, mocinha.

-Quem é você? Como conhece meu pai? O que quer comigo?

-Parece que tem muitas perguntas, não?

-E parece que você não quer me dar muitas respostas, não?

-Irônica como o pai também, mas fique sabendo, não gostava muito desse lado nele.

-Então fique sabendo que gostara muito menos desse lado em mim.

-Você não sabe com quem está falando, garotinha.

-Saberia se você falasse.

-Oh, mil perdões, sou o senhor McLyn, Mick McLyn.

McLyn, esse nome...?

- Ah, sim querida, Herbert McLyn, você o conhece não é? Bom, é meu irmão!

Disse ele com um sorriso sarcástico enquando seu irmão, o tal Herbert em que eu tanto confiava, entrava por aquela porta, com um sorrisinho sarcástico, assim como o do irmão, Mick McLyn.

After The Full Moon- SobrenaturaisOnde histórias criam vida. Descubra agora