Mofina

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Já estava na hora de recomeçar, sua consciência pesavam tanto que seus pés pareciam pregados ao chão daquela máquina férrea. Entretanto, Taehyung se levantou, pegou sua bagagem e estava pronto pra enfrentar seu novo caminho.

_Pé direito pra dar sorte _ disse Taehyung dando seu primeiro passo na cidade que o receberia.

Sorte era tudo que ele precisava pra enfrentar o que viria pela frente.

Em seu pulso estava a fita que a senhorita misteriosa havia lhe dado e em seu olhar a esperança começara a brotar.

_Olá senhor! Poderia me informar algum lugar para que eu possa dormir essa noite? Com um bom preço, aliás _ o jovem perguntou ao senhor que vendia algumas guloseimas na estação.

_Quando você sair da estação irá avistar uma rua longa e virando a direita há uma rua estreita, lá tem uma pensão bem barata, se o rapaz quiser passar uma noite acho que lhe servirá _ o senhor lhe respondeu gentilmente querendo lhe ajudar.

_Oh muito obrigada senhor. Quanto lhe devo? _ muito educado e grato Taehyung insiste em retribuir a ajuda do gentil senhor.

_ Não me deve nada rapaz... _ O senhor grisalho e com sorriso sincero respondeu.

_ mas tome cuidado pois pode ser perigoso andar sozinho nessas ruas, ainda mais vindo de fora como você.

_ Tomarei cuidado senhor.

Taehyung pegou algumas moedas no bolso e comprou um pacotinho de amendoim para ajudar o senhor que lhe deu informações e ficou conversando com ele por algum tempo.

Já era tarde, cansado e com fome Taehyung vai direto ao lugar que o senhor da estação havia lhe dito. Tudo que ele mais queria naquele momento era deitar e poder dormir um pouco para que no próximo dia já pudesse arrumar emprego. Chegando ao local tão sombrio e húmido quanto a rua em que se localizava, ele conseguiu um quarto com um bom preço, mas pelas condições em que se encontrava ele implorou por um desconto mal sucedido. Enfim aquele longo dia acaba junto com a energia que restava no jovem, o garoto se enrolou nas cobertas e dormiu como um casulo no colchão duro e gasto.

Após uma longa e fria noite de sono o dia despertara Taehyung, era hora de sair dali tomar um café e seguir em frente. Ao arrumar suas coisas e a cama qual havia dormido, o jovem ouviu barulhos na recepção mas não se importou, pegou sua mochila, calçou suas botas e desceu.

_ Acho que era melhor ter ficado lá em cima cara

Falou um homem com um capuz que tomava toda sua face e com uma arma na mão. Já um outro puxou a mochila de Taehyung e coloca uma faca em seu pescoço o impedindo de reagir. A moça da recepção se encontrava amarrada e vendada encostada ao balcão e em seguida os barulhos da sirene já era perceptíveis e os bandidos não pensaram duas vezes em fugir. Taehyung estava tentando ajudar a recepcionista quando os policiais chegaram já o interrogando e o impedindo de se mexer.

Os bandidos já não estavam mais ali e era apenas a palavras do garoto e da recepcionista que afirmaram o que havia ocorrido no local.

Taehyung não poderia imaginar, mas foi vítima de um golpe imundo dos donos da pensão. A recepcionista o acusou como mandante do crime e implantou pistas em seu quarto, os policiais não pensaram obviamente acreditaram nas palavras da mulher e nas provas que encontraram e assim apreenderam o garoto que em meio a isso tudo não sabia como agir e lhe faltava voz pra se defender. Foi tudo tão injusto, a maldade que ele acabará de ver nunca existiu em sua terra.

Chegando a delegacia Kim Taehyung tentou contar a verdade, entretanto não havia ninguém pra lhe defender e acabou percebendo que os bandidos roubara sua mochila com documentos dinheiro e celular.

_ Senhor eu lhe juro que não fiz nada, apenas paguei pra dormir naquele lugar e acordei com dois homens roubando a recepção.

O jovem implorou em frente o delegado e suas lágrimas escorriam junto com a esperança que lhe restara.

_Posso ver seus documentos? _ a voz estrondosa do delegado soavam como trovão e o rapaz chorou mais ao afirmar que seus documentos haviam sido roubados.

_ Senhor, vim do interior em busca de emprego, cheguei ontem pela noite e quando acordei tudo isso havia acontecido. Eu lhe imploro, não sei o que fazer eles levaram tudo que eu tinha, meus documentos...

_ Meu jovem, eu não tenho nada a ver com sua vida e infelizmente não pode provar sua inocência está detido até que prove sua inocência.

Enquanto o policial dizia o choro de Taehyung só aumentava, pensou na vergonha que causaria a seus pais se eles soubessem, ele não podia provar sua inocência, não tinha mais documentos nem seu dinheiro que foi poupado durante muito tempo. Por outro lado, estando ali mesmo que preso, ele tinha o que comer e onde dormir. Ele não sabia da armação, não sabia quem eram os bandidos, não sabia o que seria dele mesmo depois disso tudo.

Naquele momento os primeiros hematomas já se formavam em sua mente e latejavam como se acabasse de levar várias chicotadas porém era a vida que insistia em lhe bater.

Purple In My MindOnde histórias criam vida. Descubra agora