Paralyzed.

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Depois de encontrar a Juliet e beber mais alguns copos daquele Gummy delicioso, nós subimos pro primeiro andar e ela me mostrou o seu quarto.

— Não acredito que o seu quarto é o mais lindo que já vi. – disse colocando o meu corpo em cima de sua cômoda enquanto observava cada canto. As paredes estavam decoradas com fotos dela com os amigos, bandeira LGBT, pisca-pisca de natal, fotos de animais fofinhos.

— Obrigada. – ela sorriu e se jogou num puff que tinha ao lado de uma das camas.

— Quem mora com você? – disse pegando o copo e dando outro gole enquanto apontava com o olhar pra cama do outro lado do quarto.

— Você. – ela sorriu e eu franzi o cenho.

— Como assim? – perguntei sorrindo e virando o copo de uma vez, sentindo o meu corpo ficar mole.

Me sentei na cama e ela se ajeitou no puff.

— Eu dividia com uma amiga, mas ela se mudou, e desde então eu não quis dividir com ninguém. – ela deu de ombros. – Até você aparecer. – ela sorriu, me fazendo sorrir.

— Isso é lindo, mas... Eu ainda não entrei, Juliet. – disse desanimada e ela se levantou do puff em um pulo.

— Disse certo! Ainda não... – ela andou pelo quarto e pegou um violão, se sentando na cama de frente pra mim. – Olha, eu compus essa música pra aquela garota que eu te falei que mexeu muito comigo, e foi essa garota que era minha amiga e se mudou... – ela olhou pra baixo. – É uma longa história, com o tempo eu vou te contando. – ela suspirou. – Quer ouvir? – arqueou as sobrancelhas e eu rapidamente assenti com a cabeça.

— Why did you leave me here to burn? I'm way too young to be this hurt... I feel doomed in hotel rooms, staring straight up at the wall, counting wounds and I am trying to numb them all... — eu estava boquiaberta com a voz da Juliet, era incrível como ela conseguia ser um ser humano complete, ela era boa em tudo, pelo pouco que eu a conhecia. – Do you care, do you care? Why don't you care? I gave you all of me, my blood, my sweat, my heart, and my tears, why don't you care, why don't you care? I was there, I was there, when no one was... Now you're gone and I'm here. – ela continuous tocando com os olhos fechados e eu nao tirava os olhos dela. – I have questions for you... Number one, tell me who you think you are, you got some nerve trying to tear my faith apart. Number two, why would you try and play me for a fool? I should have never ever ever trusted you. Number three, why weren't you, who you swore that you would be? I have questions, I got questions haunting me... I have questions for you, I have questions for you, I have questions for you... – ela abriu os olhos e sorriu pra mim, voltando a tocar. – My, my name was safest in your mouth, and why'd you have to go and spit it out? Oh, your voice, it was the most familiar sound, but it sounds so dangerous to me now... I have questions for you... Number one, tell me who you think you are, you got some nerve trying to tear my faith apart. Number two, why would you try and play me for a fool? I should have never ever ever trusted you. I have questions for you... — ela repetiu aquela frase algumas vezes enquanto tocava o violão. – Do you care, do you care? Why don't you care? I gave you all of me, my blood, my sweat, my heart, and my tears... Why don't you care, why don't you care? I was there, I was there, when no one was... Now you're gone and I'm here. I have questions for you. – e ela olhou novamente pra mim, só que com os olhos marejados, me deixando com o coração apertado.

— Uau. – suspirei e me sentei ao seu lado enquanto ela colocava o violão de lado. – Teve tanto sentimento nessa letra que... Uau.

— Você sentiu? – ela perguntou enxugando algumas lágrimas e eu assenti com a cabeça. – Eu não quero te deixar mal nem nada, até porque é uma música meio triste, mas é que eu precisava cantar pra alguém e...

EnergyWhere stories live. Discover now