3- O reencontro...

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      P.O.V: Daniel

- Dani, vamos?- Andy, me tira do transe.

- Viu? A vaga não tá preenchida ainda, eu quero voltar lá dentro e conversar com o doutor.

- Tudo bem, eu vou ficar aqui esperando, você. - ele fala e se senta na cadeira.

- Obrigado.

Entrei novamente no hospital e procurei pelo doutor, eu estava realmente querendo aquele emprego.

O encontrei em uma sala extremamente bem organizada e elegante, o tapete se estendia por toda a sala, tinha a cor de café, que contrastava com as paredes de cor vinho.

- Com licença, doutor Rafael? - olhei para ele timidamente, eu estava claramente nervoso. - Posso falar com o senhor?

- Entre. - ele permitiu minha entrada, sua voz era grave e imponente, por isso ele impunha respeito nos seus funcionários. - Está se sentindo melhor?

- S-sim, senhor, mas eu vim aqui para tratar da vaga para palhaço. - fui direto ao ponto, confrontado o meu medo.

- Pretendes preencher está vaga, Daniel? - ele colocou os papéis que estava segurando em sua mesa, me olhando fixamente.

- Sim, eu pretendo. - minhas mãos estavam trêmulas e meus batimentos cardíacos estavam acelerados.

- Você tem alguma experiência? - ele perguntou, levantando uma sobrancelha.

- Não... - suspirei tristemente, eu não iria ser contratado.

- Com licença, doutor Rafael? - ouvi uma voz abrindo a porta atrás de mim.

- Ah, Elídio. Entre, por favor. - ele falou, apontando para a poltrona ao meu lado. - Sente-se.

Assim ele fez, sem olhar para mim.

- Voltando ao assunto... Daniel, como deseja ser palhaço sem ter experiência? - ele suspirou.

- Doutor, sem querer interromper, mas, já interrompendo, eu posso ajudá-lo. - Elídio, propôs.

- Boa idéia, Elídio! - ele sorriu. - Daniel, você começa na próxima semana.

Abri um largo sorriso, sai da sala e fui acompanhado por, Elídio.

- Obrigado, Lico! - falei, abraçando-o.

- De nada, Daniel. - ele falou, sem expressar emoção nenhuma.

- Por que está sendo tão frio comigo? O que eu te fiz? - perguntei, cabisbaixo.

Ele me empurra contra a parede do corredor em que nós estávamos.

Nossos rostos estão colados, e ele me encara com seriedade.

- Você prometeu que iria manter contato comigo, mas nunca mais me mandou mensagem. - ele falou, olhando em meus olhos.

- Me desculpa, minha cabeça estava cheia de dúvidas e incertezas. Eu deveria ter te ligado antes. - suspirei. - Eu nunca faço nada certo.

Abaixo minha cabeça e continuo o meu caminho, deixando ele para trás.

Elídio, me puxa pelo braço e cola nossos rostos novamente, mas desta vez, ele me beija.

- Me segue. - ele sussurra em meu ouvido.

Ele me leva a uma sala vazia, nós dois estávamos sozinhos ali.

- Elídio... o que está pensando em fazer? - pergunto, enquanto ele chega cada vez mais perto de me, sorrindo.

Um Beijo DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora