P.O.V: Daniel
- Dani, vamos?- Andy, me tira do transe.
- Viu? A vaga não tá preenchida ainda, eu quero voltar lá dentro e conversar com o doutor.
- Tudo bem, eu vou ficar aqui esperando, você. - ele fala e se senta na cadeira.
- Obrigado.
Entrei novamente no hospital e procurei pelo doutor, eu estava realmente querendo aquele emprego.
O encontrei em uma sala extremamente bem organizada e elegante, o tapete se estendia por toda a sala, tinha a cor de café, que contrastava com as paredes de cor vinho.
- Com licença, doutor Rafael? - olhei para ele timidamente, eu estava claramente nervoso. - Posso falar com o senhor?
- Entre. - ele permitiu minha entrada, sua voz era grave e imponente, por isso ele impunha respeito nos seus funcionários. - Está se sentindo melhor?
- S-sim, senhor, mas eu vim aqui para tratar da vaga para palhaço. - fui direto ao ponto, confrontado o meu medo.
- Pretendes preencher está vaga, Daniel? - ele colocou os papéis que estava segurando em sua mesa, me olhando fixamente.
- Sim, eu pretendo. - minhas mãos estavam trêmulas e meus batimentos cardíacos estavam acelerados.
- Você tem alguma experiência? - ele perguntou, levantando uma sobrancelha.
- Não... - suspirei tristemente, eu não iria ser contratado.
- Com licença, doutor Rafael? - ouvi uma voz abrindo a porta atrás de mim.
- Ah, Elídio. Entre, por favor. - ele falou, apontando para a poltrona ao meu lado. - Sente-se.
Assim ele fez, sem olhar para mim.
- Voltando ao assunto... Daniel, como deseja ser palhaço sem ter experiência? - ele suspirou.
- Doutor, sem querer interromper, mas, já interrompendo, eu posso ajudá-lo. - Elídio, propôs.
- Boa idéia, Elídio! - ele sorriu. - Daniel, você começa na próxima semana.
Abri um largo sorriso, sai da sala e fui acompanhado por, Elídio.
- Obrigado, Lico! - falei, abraçando-o.
- De nada, Daniel. - ele falou, sem expressar emoção nenhuma.
- Por que está sendo tão frio comigo? O que eu te fiz? - perguntei, cabisbaixo.
Ele me empurra contra a parede do corredor em que nós estávamos.
Nossos rostos estão colados, e ele me encara com seriedade.
- Você prometeu que iria manter contato comigo, mas nunca mais me mandou mensagem. - ele falou, olhando em meus olhos.
- Me desculpa, minha cabeça estava cheia de dúvidas e incertezas. Eu deveria ter te ligado antes. - suspirei. - Eu nunca faço nada certo.
Abaixo minha cabeça e continuo o meu caminho, deixando ele para trás.
Elídio, me puxa pelo braço e cola nossos rostos novamente, mas desta vez, ele me beija.
- Me segue. - ele sussurra em meu ouvido.
Ele me leva a uma sala vazia, nós dois estávamos sozinhos ali.
- Elídio... o que está pensando em fazer? - pergunto, enquanto ele chega cada vez mais perto de me, sorrindo.
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Um Beijo Diferente
FanfictionDaniel, um advogado frustrado com sua carreira, é demitido do único emprego que paga suas contas. Agora que está no olho da rua, ele vai afogar as mágoas em um barzinho perto dali. Em uma noite calma, porém, triste ele é quase atropelado. Mas, algué...