29º capitulo

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Músicas:

- nightingale - demi lovato

-Dare to believe - boyce avenue

Não se esqueçam da pergunta! BOA LEITURA!! <3

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" (...) Aqui estou eu, sentada no mesmo sitio, em que à duas horas atrás me sentei. Estou a escrever desde então. Acho que consegui finalmente refletir um pouco acerca de tudo o que se passou. Simplesmente não consigo levar tudo isto de forma calma. Não consigo aceitar que, pensando bem, a Matilde está a conseguir tudo o que queria. Apesar dos dois dias que se passaram após o primeiro encontro com ela e com o seu grupo de víboras, que aquelas frases da sua amiga não saem da minha cabeça. ' É uma questão de tempo até ele te deixar para a Matilde.' , ' A Matilde tem sempre tudo o que quer..'

Será que ela está certa? Estou cansada de tudo isto! Quando os meninos não estavam cá era tudo mais fácil, eu sentia-me melhor... melhor comigo mesma! Não, eu não estou a dizer que a culpa de tudo o que me está a acontecer é dos meninos, não é! Mas tudo o que se passa comigo recaí sempre para o Harry e eu não quero de forma alguma sentir que ele saí prejudicado ou magoado em todas estas situações. Não lhe quero contar tudo o que me assombra porque tenho medo que ele se farte de mim. Tenho medo que ele ache que eu sou apenas um poço de problemas por que não valha a pena lutar. (...) "

Fechei o meu caderno e saí de cima da cama. Olhei para toda esta confusão e pensei por breves momentos em arrumar todas as coisas que estavam no chão, mas logo após isso ignorei rápidamente esse pensamento e saí do quarto. Fuí até à cozinha e abri o frigforífico, tirei de lá um iogurte natural. Sentia-me fraca e por isso precisava de me alimentar. Obriguei as minhas pernas a movimentarem-se e fui até à sala. Liguei a televisão e fiquei a "ver" um filme.

Quando o mesmo acabou desliguei a televisão e lentamente me diriji até ao meu quarto. Olhei pela segunda vez para a confusão que causei e me pergunto por instantes se a rapariga que causou isto fui mesmo eu. Agora que penso bem em tudo o que sentia naquele momento e que causou tal demonstração de raiva percebo que na realidade não fui eu quem fez isto. Foi o meu subconsciente que se apoderou de todo o meu corpo.

Arrumo isto tudo não vá a sofia vir cá a casa, tudo o que menos quero é que ela tenha o privilégio de ver o que acontece quando eu tenho ataques de raíva. Quando acabo decido abrir a minha cama e ir direta com o meu pijama na mão para a casa-de-banho. Deixo o mesmo em cima do tampo da sanita e dispo-me. Por consequinte ligo a água na banheira e entro para a mesma. Ao sentir o contacto com a água todo o meu corpo se arrepia, mas logo se acostuma com a temperatura quente a que ele passou a estar exposto.

Fiquei por um bom tempo apenas debaixo do chuveiro. Como se aquele tempo fosse dedicado ao relaxamento de todos os meus músculos. Foi nestes tempos dificeis que eu entendi o quanto a água se pode tornar relaxante. Comecei a tomar o meu banho propriamente dito e quando saí da banheira enrolei-me na minha toalha branca e olhei-me ao espelho.

Dei um suspiro ao ver como o meu rosto se mostrava cansado. Rapidamente virei-me de costas para o meu espelho e comecei a vestir o meu pijama. Saí da casa de banho e fui deitar-me. Precisava mesmo de descansar, mas parece que sono era uma das coisas que hoje não me assistia. Por mais que tentasse eu não conseguia cair no sono. Dei voltas e mais voltas até que me virei de lado, em frente à minha mesinha de cabeceira onde tinha o meu telemovel.

Peguei no mesmo e involuntáriamente fui ver as fotos que eu lá tinha com ele. Nós estávamos... bem, estávamos felizes! Pergunto-me como é que achei que isto ia ser assim para sempre. Como pude imaginar que ao lado dele nunca mais deitaria alguma lágrima se eu já sei que a felicidade não dura muito em mim. Enquanto continuava a olhar as fotos senti uma lágrima escorrer-me pela face e pela primeira vez estas ultimas semanas não sei se é de felicidade ou de tristeza.

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