Capítulo Oito: Ele está de volta

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ANTERIORMENTE EM DER LIEBE...

A fórmula era simples... o soldado Adler teve contato com a filha de um líder judeu-comunista recém-condenado, e apaixonado, envenenou a sua própria tropa. O pequeno Adler seria presa fácil, pois era um fraco e doente mental soldado, que apenas estava nas forças especiais da Alemanha por ser filho de quem era. (...)

O dia nem havia amanhecido quando ele saiu do acampamento. Aparentemente Adler sabia de mais, ou ao menos pensava que sabia. Mas agora, o General teria maiores preocupações... e com maiores me refiro a um chamado urgente para uma reunião, com o Comandante Himmler. (...)

--Você sabe para onde está indo? Em muito passamos da rua para a entrada do Reichssicherheitshauptamt.

--Eu sei meu senhor, é um belo prédio inclusive. Isso significa que já estamos chegando.

--Chegando aonde? Não estamos indo ao escritório de Himmler?

--Não... o senhor não verificou sua carta?  O General foi convocado para uma reunião com Himmler, na companhia do Reichsfuhrer Himmler, mas que será no Apartamento Líder!(...)

No acampamento, as coisas corriam bem, na medida do possível. Adler não era exatamente a figura de um líder que se esperava. Mas como dizia Francisco Rezeck, crises são espaços de tempo em que não existe uma liderança. Neste contexto, Has teria de liderar. (...)

--Vamos reconstituir a cena... eu converso com o General, procuro Linus, não o acho, e saio para a montanha. O General diz que tem uma missão urgente, vai embora em caminhões blindados que são muito parecidos com os soviéticos, que deixa remédios soviéticos aqui.

Ele os comprou no vilarejo ao lado... mas que estranho, se é um vilarejo comunista, não deveria haver nenhuma farmácia, - pensa Has - muito menos uma que vendesse essa quantidade de remédios! Só existe uma explicação... as caixas da encomenda, eram para ele! Mas, por qual motivo um General das SS teria contato com soviéticos?

De qualquer forma, se o pai dela realmente morreu na guerra... dadas as circunstâncias, teria sido ou por crime de traição (como disse o General), ou em combate com os soviéticos (pela localização do vilarejo). Se os soviéticos estivessem na cidade, a mando do General Sjion, ela estaria em grande perigo, quer por conta da Alemanha, quer por conta da Rússia.

Ele então chama Linus para si:

--Linus... creio que não poderei sair daqui para ir à Irkustsk. Mas vá até a vila, e fale com Aela. Sinto que isso tudo é uma armação, traga-a imediatamente para cá.

...

(FIM DA RETROSPECTIVA)

...

E lá estava ele, poucos metros próximo do General. Sua figura pessoalmente na verdade era-lhe surpreendente. Não era alto e forte, mas na verdade, até baixo e não-musculoso para uma pessoa de sua estirpe. Sua cabeça não era de todo comum, mas aparentava algo da Casa dos Habsburgos, com seu nariz um pouco arrebitado. Tais ressalteamentos não faziam com que a figura do homem do outro lado da mesa parece-se-lhe menos imponente, de forma alguma.

No final das contas a imponência da figura deste homem não lhe fora conquistada por herança (era ele afinal o único líder da Europa nascido pobre), nem pela influência (pois seu pai Alois era apenas um funcionário público escriturário), nem por sua genialidade (suas últimas ações na Rússia mostravam exatamente isso), nem muito menos... pelo seu miserável porte físico (como já pensara anteriormente). Após alguns momentos de reflexão o General se pergunta... o que fazia daquele homem fraco e magro, o Fuhrer escolhido por Deus para liderar o Império de mil anos?

Der Liebe - O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora