02 (Degustação) *

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Amanda Narrando.

Hoje é sábado e eu marquei de sair com Patrick, o Sushiman da loja que trabalho. Tudo bem que ele estava tentando me conquistar desde que eu cheguei no trampo mas não era assim, beleza, era assim sim. Mas ele é muito engomadinho pra o meu gosto e tá na cara dele que gostava de fazer um amorzinho, um love.. desculpa, mas eu prefiro uma coisa mais bruta. Já cortei a deles diversas vezes mas dessa vez não consegui, ele foi fofo e eu não consegui não aceitar.

Ele me levou para a sua casa, ajudei ele a fazer o nosso temaki. Conversamos sobre o que queremos para daqui alguns anos e eu contei sobre querer cursar Enfermagem e ele achou super interessante, o papo foi fluindo com altas gargalhadas e indiretas da sua parte.

O relógio marcava onze e vinte quando eu estava embaixo dele enquanto ele tentava, tentava fazer o sexo ser bom pra nós os dois. Aquilo foi de longe o pior sexo da minha vida, contei os minutos enquanto fingia um orgasmo. Não trocamos nem de posição direito e ele já tinha gozado e eu nada, tudo bem. Deixei que ele pagasse aquele oral, foi bom, mas não me fez gozar e mais uma vez fingi orgasmo.

Ele foi um fofo, Realmente ele foi mas eu não consigo gostar do "Fofo" acho que pelo fato de nunca ter recebido isso, nem na minha Primeira vez foi amorzinho igual agora, foi sexo pra ele mas pra mim não. Eu só sabia pensar no 2m e no quanto ele é a minha melhor piroca, sabe meter como ninguém, sabe me excitar com um toque, me tratava como a vagabunda que eu sou na cama

Patrick está ofegante ao meu lado, enquanto isso eu olhava para o teto sem saber o que falar, até o momento que resolvi me virar e pegar um pedaçinho do salmão que havia sobrado.

— Não quero que as coisa mude para o nosso lado. — Declaro sem o olhar —Tudo bem? — Dou uma olhada pra o lado, ele ainda está ofegante olhando para um ponto no teto.

— De maneira alguma. – ele afirma — você gostou? — me olha.

— Como nunca. – minto me aproximando,  selo nossos lábios. — Vamos comer denovo? — Chamo me colocando de pé — Sexo me dá fome. — Ficar no tédio me dava fome, sexo bom me deixa cansada ao extremo.

Deveria está em casa, estudando estatísticas nesse momento mas preferi sair de casa depois de quase duas semanas sem foder para sair sem ganhar nem um orgasmo. Eu não sabia se Patrick entendia que eu era do um pente e rala, meus bofes favelados entendiam, mas ele era pique boa pinta, não tinha certeza e ele era meu primeiro nesse requisito.

Meia noite e quinze ele me deixou em casa, me despedi dele com um breve beijo no rosto e esperei ele descer a rua para eu poder ir até a biqueira do lado comprar um baseado para mim.

— Me vê um.—  Empurro a nota por de baixo da porta de aço reforçado, sou surpreendida quando a porta é aberta e Ilson me puxa pra dentro dele. — Ih, sai fora. — Mando nada contente, o acontecimento de semanas atrás ainda tava aqui guardado na minha memória.

— Não vou te cobrar nada não, vou meter um aviso em tu. —Ele me entrega o saquinho com a maconha e eu pego de bom grado.

— Seja o que for não quero saber. — Dou meia volta e toco na fechadura da Porta, seu braço me impede de abrir.

— 2m é problema, Amanda. — sussurra— Tu sabe muito bem e eu não tô falando de um probleminha não.

— E eu nem gosto né Ilson? Se liga. — empurro ele com o braço — Minha vida cuido eu, boa noite aí — Saio antes que algum carro de policia me veja entrando ali e queira me levar pra o camburão.

Por acaso (No Telegram)Onde histórias criam vida. Descubra agora