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Por Daphne

Ando tanto pela boate, que começo a sentir meus pés doerem por causa do salto gigantesco que estou usando. Procuro algum famoso e não encontro nenhum, nenhum mesmo, olho para cima e vejo uma escada que leva a área vip.

E chego a conclusão, que nenhum famoso iria ficar aqui na pista, com nós pessoas quaisquer. Preciso arrumar um jeito de ir lá para cima!

Sigo em direção ao bar para pegar algo para beber, rezo para que não peçam minha identidade. É permitido entrar aqui aos 19, mas comprar bebida no bar só aos 21 anos.

Me aproximo vagarosamente tentando transparecer que sou mais velha do que já sou e espero enquanto os barmans vão atendendo outros clientes, assim que um se desocupa, ele se vira para mim e sorri.

E minha nossa senhora, eu não imaginava que existia barmans tão bonitos assim. O cara é muito lindo, muito mesmo. Ele é bem branquinho, como eu, tem os cabelos e os olhos claros, também como eu, não parece muito mais velho do que eu, será que tem idade para trabalhar com bebidas?

Enfim, ele tem um sorriso muito lindo, tão lindo ao ponto de eu o retribuir de imediato.

- Posso ajuda-la moça bonita?- ele pergunta e assinto.

- Uma bebida.- digo ainda embasbacada por sua beleza.

- Qual bebida?- ele pergunta e como uma pessoa que nunca bebeu na vida, disfarço ao máximo e olho para o menu atrás dele, disfarço para ele não perceber.

- Um Dry Martini.- digo o primeiro nome que leio e ele me olha atentamente por longos segundos.

Ele olha para o meu rosto e evito ao máximo dar um sorrisinho amarelo, entregando que não posso beber.

Por favor, não peça meu documento, por favor, não peça meu documento, por favor...

- Documento por favor.- ele pede.

Mas que droga!

Meu semblante de uma completa adulta se esvai na mesma hora e faço uma carinha triste.

- Por favor, vou beber só essa vez, por favor!- suplico e ele sorri por ver que que não posso beber.

- Moça bonita, documento por favor.- ele pede calmamente e faço um biquinho de desgosto.

Abro minha bolsinha de franjinhas e pego meu documento dentro dela, entrego a ele que esconde um sorriso pela minha tristeza. Muito ruim ele!

- Então moça bonita que se chama Daphne, a única coisa que posso vender a você é água, suco ou refrigerante.- faço careta.

- Isso é injusto.- cruzo os braços em birra- Você tem idade para vender bebida? Parece ter minha idade e está aí perto de várias bebidas, isso é muito injusto!- ele ri da minha ridícula birra.

- Moça bonita, tenho 21, se eu quiser posso até beber.- ele diz meio orgulhoso de si e reviro os olhos.

- Por favor moço bonito que me chama de moça bonita.- suplico mais uma vez- É meu aniversário, não custa nada me deixar comemorar com um pouquinho de álcool no corpo. Quero me divertir!- ele sorri enquanto nega.

- Não precisa beber para se divertir.- ele se aproxima de mim como se fosse me contar um segredo- Olha em volta, você está na boate mais balada da cidade, olha o tanto de luzes que tem aqui.- ele aponta para o teto e até consigo sorrir pelas tantas luzinhas coloridas- Escuta essas batidas, escuta e perceba o quão gostosas elas são.- volto a olhar para ele.

Com Amor e Música (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora