Ele percebeu que estava olhando de volta e saiu rapidamente do meu campo de visão, que estranho, ou melhor, que medo.
Terminei de arrumar as coisas e peguei meu celular para ver as horas e já eram onze da manhã, tudo aconteceu tão rápido, tinha saído de Nova York eram duas horas da manhã eu tinha passado quase a madrugada inteira discutindo com o babaca do Logan, dormi só duas horas no voo, estava mega cansada e ainda passei duas horas organizando a casa e minhas coisas
Eu tava morta, precisava dormir, acalmar os meus pensamentos, relaxar um pouco, precisava me entregar ao sono, e foi o que eu fiz, deitei na cama e simplesmente apaguei.
Acordei com com uma certa dor no corpo, e levantei devagar para me espreguiçar, peguei meu celular e já eram 16:05, resolvi descer para comer algo pois estava faminta.
Quando cheguei na cozinha abri a dispensa e vi que não tinha absolutamente nada.
Ótimo! Vou que fazer compras, pensei revoltada.
Subi novamente para o meu quarto e troquei de roupa, penteei o meu cabelo e joguei uma água na cara. Peguei meu celular e chamei um Uber. Depois de um tempo o carro chegou e desci para ir ao mercado.
Durante todo o caminho eu o motorista não trocamos uma sequer palavra, mas notei pelo retrovisor que ele estava encarando muito para mim, deveria ser por conta dos machucados.
Na porta do mercado, pedi para o motorista esperar no lado de fora, já que eu não iria demorar muito.
Peguei um carrinho e fui para o corredor de limpeza, peguei tudo o que era necessário, menos sabão em pó. Quando fui pegar o último que havia na prateleira, alguém já tinha sido mais rápido que eu e pego o produto primeiro.
-Licença senhor mas eu já ia pegar.- Digo olhando nos seus olhos verdes, era um homem de cabelos castanho com alguns caracóis, era alto e magro mas aparentava ser forte e ainda por cima era todo tatuado, estava usando uma blusa preta e uma jeans, digamos que ele era bem atraente, era bem novo para ser chamado de senhor.- Desculpa mas poderia me devolver?
-Não!- Eu o olhei bem indignada. -Como a senhorita disse, você ia pegar, no passado, e se não se importa eu preciso ir, então, licença.
Minha boca se abriu em um perfeito "O" sinal de indignação.
Como assim ele pode falar daquele jeito comigo? Quero dizer ele nem me conhece!
-Olha aqui senhor, primeiramente que ninguém fala assim comigo.- Disse cruzando meus braços.- Você nem me conhece, e eu também preciso do sabão.
-Sinto muito moça, mas eu peguei primeiro, tá? Vê se não chora.- Disse ele andando. Babaca.
-Babaca.- Falei baixo.
-Eu ouvi isso!- Disse.
Bufei e virei as costas indo para o próximo corredor, o de guloseimas. Pego alguns chocolates e chips para comer mais tarde. E depois fui para os outros corredores e peguei o necessário.
Fui para o caixa pagar tudo com o dinheiro que havia roubado do babaca do meu ex, tráfico querendo ou não rende muito dinheiro, incrível.
Na minha adolescência comprava muita droga, e não tinha ideia de que o traficante ganhava muito dinheiro.
Já no Uber indo para minha casa, eu olhei no retrovisor do motorista e vi que o homem dirigindo o carro atrás era o mesmo do super mercado, o engomadinho, o senhorzinho, o bunitinho, ué ele era bonitinho, mas ainda babaca.
Ignorei ele até chegar em casa e ver que ele parou o carro bem quando o meu tinha parado.
-A mas não pode ser!- Disse alto para ele ouvir.- Você está me seguindo ou o que? Eu não te fiz nada!
-Han, na verdade eu moro aqui, acho que sou seu vizinho.- Ele diz apontando para a casa ao lado da minha.- Nem tudo é sobre você!
-Ata, me desculpe.- Digo constrangida.- Eu, só achei que você estava me seguindo, eu sou meio que nova aqui.
-Tudo bem.- Disse - Então tchau.- Disse entrando na casa e acenando.
-Tchau.- acenei e peguei as minhas coisas no Uber.
Peguei minhas compras no carro e paguei o motorista.
Entrei em casa e deixei as coisas na bancada da cozinha e puxei um banquinho para sentar e comecei a raciocinar.
Estranho que como ele era meu vizinho talvez tivesse sido ele quem me encarou na janela do quarto mais cedo. Ou não talvez ele more com mais alguém ou eu mesma estou delirando. Aliás não dormia á tempos.
Resolvi organizar as coisas na dispensa e fazer alguma coisa para comer. Preparei um macarrão com queijo que tinha aprendido com a minha mãe, lógico que o meu não tinha ficado tão maravilhoso quanto o dela, mas deu pro gasto.
Depois de comer subi pro meu quarto para descansar um pouco e assistir minha série preferida, Friends, não tem outra série melhor que essa! How I Met Your Mother é até legal, mas não chega aos pés desse hino de série. Não tem coisa melhor do que ver amigos morando no mesmo apartamento que você ou sendo seu vizinho. Ícone.
Assisti uns 4 episódios e fui tomar um banho rápido já que eu estava com muito sono. Apenas me despi e entrei naquele chuveiro com a água quente entrando em contato com a água quente.
Juro banho é a melhor coisa da vida, é o momento que você relaxa, entra em contato com o seu corpo e se alivia de todas as frustrações da vida. É maravilhoso simples assim.
Saí depois de uma bela chuveirada e peguei uma roupa para colocar depois de me secar, mas enquanto isso, tive a estranha sensação de estar sendo observada novamente e olho para a janela vizinha e vejo que não tem ninguém, estava tudo apagado.
Estranho.
Deitei em minha cama e continuei assistindo minha série maravilhosa até dormir.
Acordei no dia seguinte com a campainha tocando e resolvi ver o que era.
Coloquei minha pantufa e desci as escadas com o celular na mão, olhei pelo olho mágico e tinha um homem de costas, e parecia que ele estava segurando algo.
Abri a porta e o tal homem se vira. Era o meu vizinho, o mesmo cara do super mercado, segurando um cesta cheia de doces.
-Oi...é, seja bem-vinda a vizinhança, prazer eu sou o Harry.- Disse me entregando a cesta.
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Oi gente aqui é a escritora, o capítulo ta bem curtinho, mas espero que tenham gostado do mesmo jeito.
Comentem o que acharam do Harry e favoritem a história para ajudar.
Perdão pelos erros de português...
ass: Malu
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Fake Face
RandomAos 20 anos, Catarina volta para a sua terra natal, deixando em Nova Iorque todo seu passado e ex relacionamentos. Com uma nova vida em Londres, Catarina também conhece um novo amor. Mas às vezes, as pessoas não são o que parece ser.