Jensen acordou bem cedo na manhã seguinte, enquanto todos comiam no refeitório da delegacia ele procurava por Dawn. Depois de um tempo ele encontrou um bilhete escrito em código, traduzindo Jensen encontrou a frase "estou com a Dawn, passaremos um tempo fora, continuem indo e nos encontramos em Glow Stone em um mês, Sirius." o coração dele pareceu ter parado por um momento e então voltado a bater, porque eles tinham fugido? Para onde estavam indo? O que Sirius estava pensando? Sem demora Jensen pegou dois revólveres que encontrou sobre uma mesa e um machado que pegara na sua antiga casa e saiu.
Ele entrou no carro e dirigiu pela cidade em busca da irmã fujona e do melhor amigo vacilão. Já passavam das quatro da tarde quando ele decidiu voltar, não havia sinal deles em lugar algum. Jensen afastou os cabelos do rosto e continuou dirigindo quando voltava um grito em meio ao silêncio afastou sua irmã de seus pensamentos por um momento. Ele saiu do carro empunhando o machado e correu até a fonte do barulho, um jovem mais ou menos de sua idade segurava uma garotinha nos braços enquanto gritava à plenos pulmões de cima de uma casa rodeada por mortos.
- você, por favor, nos ajude - ele gritou o mais alto que pode, a menininha em seus braços se debatia.
- fique aí, eu vou dar um jeito neles - Jensen gritou de volta com um sorriso confiante.
E assim ele começou a matança, primeiro um, depois outro, algumas vezes ele precisou matar dois de uma vez, alguns minutos mais tarde tudo o que restava eram uma pilha de corpos no chão. Jensen lentamente saiu da casa, suas roupas estavam fedendo e sujas de sangue e suor, o cheiro o fazia sentir ânsia, mas ele apenas respirou fundo e olhou para o moço e a garotinha que o esperavam em cima do telhado.
- podem descer, está tudo limpo aqui.
- obrigado - o jovem disse enquanto algumas lágrimas escorriam pela sua face.
Pouco depois, Jensen, a garotinha e o jovem estavam no carro que ia em direção à delegacia. A menina, sentada no banco de trás se deliciava com algumas guloseimas que Jensen havia lhe dado enquanto Jensen e o moço conversavam.
- que rude da minha parte, nem te disse meu nome, prazer, sou o Alec, Alec Lightwood e você? - o jovem sorria.
- Walker, Jensen Walker, prazer, Alec - Jensen sorriu de volta, há tempos ele não via alguém tão bonito quando aquele homem.
- sabe, estávamos dormindo quando tudo começou, acordei com um barulho estranho e quando vi algumas daquelas coisas estavam quase quebrando o vidro da janela da sala, acordei minha família rapidamente e tentamos fugir, meus pais foram os primeiros, depois, enquanto pegavamos comida na cozinha, nossa irmã foi pega, eles conseguiram entrar e eu vi ela sendo devorada - ele suspirou - peguei a Isabelle e subimos no telhado, ficamos lá até você aparecer... Obrigado, teríamos morrido sem sua ajuda.
- é sempre um prazer ajudar - Jensen esboçou um sorriso triste enquanto encarava a garotinha pelo retrovisor do carro.
- e você? Qual sua história?
- minha irmã e eu íamos sair, até que começaram as transmissões sobre à epidemia e nosso pai chegou todo machucado, a última coisa que ele disse foi "fujam", então peguei minha irmã e roubamos um carro, passamos a noite na estrada e voltamos aqui pela manhã, nosso pai era uma dessas coisas e ela matou ele, depois encontramos alguns conhecidos e agora vamos viajar até Center Town ver se algo lá ainda funciona - Jensen acelerou o carro, a pressa de tirar aquelas roupas o estava deixando louco.
- e onde ela está, sua irmã? Ela está lá onde estamos indo? - Alec ficou sério, a expressão triste do companheiro o fez se arrepender da pergunta.
- ela e meu melhor amigo sumiram, estava procurando por eles quando te encontrei, pensei que ainda estariam por perto - Jensen esfregou a mão no rosto com força.
- eles devem estar bem - o moço sorriu.
- eu espero que sim... Espero que ele realmente traga ela de volta, viva - Jensen freiou o carro bruscamente, haviam chegado na delegacia - chegamos, venham comigo.
Alec pegou Isabelle no colo e acompanhou Jensen até dentro da delegacia, todos receberam os dois muito bem, naquela situação era sempre bom encontrar pessoas vivas. Jensen tomou um banho e colocou roupas limpas que trouxera de casa, uma regata, um jeans surrado e colocou o mesmo sapato que usava antes, apesar de todo sujo de sangue por fora, por dentro estava perfeitamente limpo.
- Jensen, anda logo, precisamos fazer uma reunião - uma voz gritava do refeitório.
- já estou indo - ele gritou em resposta.
Quando entrou no refeitório Jensen encontrou todos reunidos em círculo, o senhor Woodstone segurava um velho mapa no meio do amontoado de pessoas, ele se juntou à reunião.
- partiremos amanhã assim que o sol nascer, devemos chegar em Neighbury pouco depois do meio dia, o que nos dará tempo suficiente para achar um abrigo - o sr. Woodstone explicava aos outros.
- com sorte encontraremos mais pessoas e mais suprimentos - uma mulher um pouco mais velha que Jensen, Delanay, disse se juntando ao velho Woodstone, ela sorria.
- será bom se fizermos isso, quanto mais pessoas tivermos mais seguro e mais fácil as coisas vão ser - Jensen exclamou, todos concordaram.
- por hora é tudo, se preparem para partir de manhã - a mulher falou em tom de fim de conversa.
Todos começaram rapidamente à arrumar suas coisas para a viajem, Alec acompanhou Jensen até sua velha casa para pegar algumas coisas, tanto dele quanto da irmã, Alec o estava ajudando à preparar o carro para a viajem do dia seguinte.
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A Dança dos Mortos Vivos
Science-FictionJensen, Dawn, Sirius, Zeta, Alec, Isabelle, Sr. Woodstone, Laura, Vick, Tony e os outros eram apenas cidadãos comuns vivendo suas vidas pacificamente, quando a notícia sobre uma estranha epidemia que transformava humanos em canibais virou o mundo de...