entre descobertas, divindades e convites

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Jeongguk e Yoongi continuavam a se encontrar, não apenas na casa do capitão, mas em outros lugares como a biblioteca, para que o Jeon fosse o melhor aluno a passar na prova. E por mais que fosse incrível observar Min Yoongi por longas duas horas e meia, Jeon sabia que necessitava aprender algo senão seria reprovado e provavelmente repetiria de ano, além de que o próprio Min seria julgado por ser um péssimo professor por não ter conseguido êxito em ajudar o capitão, mesmo que não fosse culpa dele.

Mas, as aulas de reforço precisavam dar uma pausa em algum dia e, no sábado, Jimin visitou o melhor amigo, levando algumas cervejas consigo. Ambos decidiram ficar no quintal da casa do capitão, observando a abóbada celeste mudar a cada minuto naquele entardecer.

— E aí, como vão as aulas? — Jimin questionou o amigo após o último assunto morrer. Eles admitiam que era chato falar apenas do time de basquete a todo momento, como se fossem garotos sem qualquer conteúdo, visando apenas fama, prestígio e amores.

— Com o Yoongi hyung? — Jeongguk encarou o melhor amigo sentado ao seu lado e sorriu — Vão ótimas, obrigado.

Jeonggukie... — Jimin chamou arrastado, bebendo um pouco de sua cerveja para então encarar o amigo — Que merda você pensa que tá fazendo?

— Merda? — Jeongguk encarou o ruivo, franzindo a testa — O que você acha que eu tô fazendo, hyung?

— Sei lá, brincando com o coraçãozinho do nerd. — Jimin riu e bebeu um longo gole de sua bebida. Seu olhar se direcionou ao céu, onde as primeiras estrelas apareciam — Por mais que ficar com pessoas seja legal, Jungkook-ssi, o Yoongi está numa lista na qual nós, populares, não tocamos. Sabe que merda pode acontecer se você tocar neles, Jeon? — Jimin encarou o amigo — Sabe?

Jungkook suspirou. Odiava quando Jimin filosofava. Esse era um talento oculto dele, que aparecia apenas para pessoas restritas e com a permissão do mais velho. Sabia que, se por algum acaso se mantivesse em silêncio, Jimin arrastaria um monólogo de como brincar com os sentimentos das pessoas era idiotice e como ele era perito naquilo porque já havia feito tal coisa anteriormente.

Mas o moreno não optou pelo silêncio.

— Hyung, eu não tô brincando com o coração dele. — o moreno suspirou ao ouvir Jimin rir, que logo bebeu mais um gole e terminou sua cerveja — É sério!

— Tá, Ggukie, conta outra fanfic pra mim depois, ok? — Jimin se escorou mais em sua cadeira retrátil, relaxando.

Jeongguk bufou. Sabia que seu amigo não acreditaria em meras palavras. E por mais que não tenha contato ao ruivo como se sentia em relação a Yoongi, a hora era agora.

— Jimin-ssi, acredita em mim. — o moreno começou manhoso, esquecendo-se de sua cerveja em sua mão por um momento e encarando seus pés, que estavam pousados sobre a grama — Eu sinto coisas aqui, no meu estômago, coisas como... Sei lá, borboletas? Unicórnios? Não tem explicação científica pra isso. Ou tem e eu não sei, mas enfim, — Jeon limpou a garganta, desviando seu olhar agora para o céu — o que eu quero falar é que, ah, hyung, ele me faz sentir coisas tão incríveis. Os olhos dele, pra mim, são como portas da alma. E eu vejo, hyung, o quanto ele é retraído, o quanto ele transborda sentimentos apenas com olhares, pelos céus! — Jungkook exclamou, rindo em seguida — O sorriso dele, hyung... Meu Deus, eu sinto vontade de chorar só de ver, porque são raras as vezes que ele sorri, mas quando o faz... — o capitão suspirou alto — eu me sinto em paz, como se fosse abençoado pelo próprio Deus. E a voz dele, hyung, a voz dele é sobrenatural! Ela é tão baixa, mas tão profunda, chega eu me arrepio todo quando ouço ele falar comigo. E o cheiro dele... — um sorriso bobo apareceu sutilmente no rosto do mais novo — nem as flores dos campos são mais cheirosas que ele, eu juro!

Ponto de vista ⋆ yoonkookOnde histórias criam vida. Descubra agora