Olá minha querida Alice
eu vim de longe para vê-la novamente
cante para mim aquelas canções
que costumávamos ouvir juntos
em nossa reluzente juventudeEnquanto o céu noturno nos cobria
estrelas brilhavam como nossos anseios
Ao som de nossos corações doce melodia
Deitados no campo profetizávamos nossos futuros
com idealizações que morreram com o tempoEsta noite eu vim de muito longe
para sentir-me aconchegado novamente
Meus ombros estão muito pesados
dos anos que me pressionaram
Eu andei muito, só para chegar até aqui
meus pés também perderam as forçasLembrei-me de nossos anos dourados
Como eram melancólicas nossas cações
Ninguém mais ousou canta-las
Quando Sally se foi além de você e eu
toda a cidade ficou mais insípida
perdendo todo aquele brilho bucólicoTodo nosso silencio e calmaria se rompeu
virou um eco de esmorecimento sem fim
reprimido por todo aquele tempo cruel
em que nossas melodias se separaram
esvaindo-se em meio ao inevitável
ninguém pôde nos culpar pelos nosso pesaresNosso som do silencioso ecoou pelo céu
alimentando as chamas de nossos corações
fazendo a noite tão fria curvar-se para nós
e eu vi novamente os flash de nossa infância
tão terna e doce era essa nossa infânciaAgora só sobrou uma estrada velha e sinuosa
O fogo que crepitava outrora robusto
Hoje alimenta chamas totalmente fracas
como a canção em nossos corações
que estão virando sussurros pálidosCada manhã se tornando mais distante
Como o rio que secou em nossa vilarejo
Uma lápide reluzente para você e uma para mim
Oh doce Alice agora eu finalmente ouço claramente
nessa noite iluminada pelas estrelas desoladas
o som do nosso doce silêncio.
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Poemas ao Vento
PuisiSe fosse lua brilharia se fosse mar me afogaria se fosse tua eu nada além seria além de aprofundar-me-ia em teu ser.