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- Prefere que eu descubra sozinho? – o jovem grunhiu enquanto aproximava-se de Dahee, esta que, por sua vez, engolia em seco completamente imóvel e amedrontada.

Seu impulso de sair correndo foi neutralizado por alguns minutos, por um motivo que ela desconhecia. Fechou os olhos o mais forte que conseguiu, quando o rapaz ameaçou aproximar seu rosto do dela, isso arrancou um sorriso diabólico dele, seguido pelo seu afastamento.

Na primeira oportunidade, ao perceber que ele estava perfeitamente acomodado no sofá, as forças retornaram para a garota, que correu o mais rápido que pôde para afastar-se daquele lugar. Em outros momentos, Dahee já havia fugido de sua casa, para evitar tudo que ameaçasse lhe causar dor e agora não foi diferente. Apesar do que prometera ao pai, ela estava pronta para sair correndo sem rumo, para o mais longe de sua residência possível, mas seus planos mudaram em um piscar de olhos.

Agora, a garota estava presa entre a parede e o corpo daquele que lhe causava medo, sentindo suas forças escaparem para fora do seu corpo, junto a toda esperança daquele pesadelo não ser real.

- Onde pensa que está indo?

A respiração de Dahee estava falhando, sentia seu coração bater tão forte contra seu peito que doía, apenas percebeu o que estava acontecendo com seu corpo quando ouviu o zumbido em seus ouvidos e viu sua visão começar a se tornar um breu. Ela estava tendo um ataque de pânico.

- Está com medo? – o rapaz sussurrou em seu ouvido, mas não havia como isso incomoda-la agora, estava focada de mais em seus sintomas para perceber o mundo ao seu redor. Seu corpo perdeu as forças e acabou caindo sobre o jovem que a prendia. Em resposta, ele bravejou – De que espécie fraca é você?

Jogou-a no chão e, se seus olhos fossem facas, a perfurariam naquele momento. No entanto, nada fez além disso contra ela, afastou-se impaciente, pensando em que espécie poderia ser tão fraca a ponto de cair de medo, sem realmente uma ameaça de vida.

Enquanto isso, a jovem perdia a sua consciência aos poucos, não conseguindo livrar-se dos sintomas que eram persistentes. A última vez que tivera passado por isso, foi no momento mais doloroso de sua vida, o momento que ela lutava a cada segundo para não recordar.

Red Eyes - Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora