Capitulo 4

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Acordo bem mais cedo que meu horário normal, vou ao banheiro tomo um banho e ponho minha melhor roupa, uma calça jeans surrada, mas que está conservada e uma blusa social azul!

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Acordo bem mais cedo que meu horário normal, vou ao banheiro tomo um banho e ponho minha melhor roupa, uma calça jeans surrada, mas que está conservada e uma blusa social azul!

Penteio meus cabelos em um rabo de cavalo e me limito em passar apenas um gloss, depois que termino pego meu bloco de notas e deixo um aviso a minha mãe dizendo que precisei sair mais cedo.

Pego minha bolsa, alguns currículo e desço apressada! Não quero perder um minuto se quer, já na calçada começo a andar em direção a bancada de jornais, precisava olhar as vagas de emprego nos classificados.

Depois de olhar e vê em qual eu me encaixava sigo para os lugares.

...

Depois de ter entregue currículo em diversos lugares corro para o trabalho, eu já estava atrasada 10 minutos.

Chego lá dou bom dia rápido e entro para por meu avental colorido com o nome da cafeteria, saio e começo a atender as mesas, precisávamos de uma outra garçonete, fica tudo muito sobrecarregado, comento com Ana e ela diz que iria falar com Arthur!

A manhã passa corrida como sempre, logo da meu horário de almoço, vou para um restaurante que eu sempre vinha com meu pai era a uns dois quarteirões do meu trabalho, quando eu sentia saudades dele ia para lá e pedia o prato que comíamos sempre, tenho muitas lembranças boa dele lá.

Tínhamos ido uma semana antes dele ter sido morto por um idiota bêbado que estava dirigindo e não prestou atenção no sinal vermelho!

Sento-me na mesa em que sempre sentávamos e peço um talharim á bolonhesa.

Depois de um tempo minha comida chega, como saboreando cada pedaço daquele macarrão, quando termino fico mexendo no celular olhando minhas redes sociais, ainda tinha tempo para ficar ali.

Meu celular escapole da mão e praguejo baixinho na hipótese dele ter quebrado, levanto a toalha da mesa e o vejo no canto, tento pegar com o pé mais não consigo. O jeito vai ser entrar lá, olho para um lado e para o outro, as pessoas estavam muito ocupadas comendo suas comidas ou conversando para prestarem atenção em mim, me abaixo devagar e entro debaixo da mesa.

Me lembro do tempo de criança em que eu amava fazer isso! Acordo do meu transe e pego o meu celular, fecho os olhos e bem devagar vou abrindo, olhando para a tela com medo de estar possivelmente quebrado, respiro aliviada quando vejo que está intacto, me arrasto para sair da mesa, mas pernas me impedem de sair, até tento falar algo e pedir licença mas ouço sua voz.

— Em que posso ajudá-lo? - O garçom pergunta!

— Quero para entrada barquete de salpicão e um vinho para acompanhar! — Ele fala, mas que merda! Estou quase achando que isso virou uma perseguição. Vejo os sapatos do Sr. Bonitão e minha vontade era de cuspir neles, como vou fazer pra sair daqui?

Talvez eu saia da mesa sem mais nem menos e simplesmente vire as costas e ande sem falar nada, ou eu posso sair e falar " Ah me desculpe, estava esse tempo todo aqui em baixo da mesa pensando se eu iria cuspir ou não em seus sapatos caros! " e dar o meu melhor sorriso!

Ou ficar aqui e esperar ele ir embora! Eu tinha 20 minutos para estar no trabalho, será que ele demoraria muito? Fico ali embaixo, ouvindo o barulho irritante de seu pé batendo no chão ao que parecia uma eternidade, já na sobremesa que por sinal era doce de abóbora! Quem pede isso num restaurante?

Uma lâmpada acende em minha cabeça, para me ajudar a sair dali? Claro que não! Eu só estava pensando merda! Vou devagar de encontro a seus sapatos, desamarro seu cadarço o mais devagar possível e faço o mesmo com o outro. Com o diabinho gritando em meu ouvido amarro um cadarço no outro atrás da perna da cadeira! Fico olhando a porcaria que eu fiz e penso em tirar, quando vou desamarrar meu celular começa a tocar!

— Merda! — Falo baixo tentando desligar, mas o botão não funciona. — Sério isso? — Resmungo.

Vejo a movimentação do Ranzinza, ele bate em seus bolsos a procura de algo, quando ele se afasta para olhar em baixo da mesa, a cadeira vira para trás por causa do cadarço amarrado e ele cai para trás, será que agora seria uma boa hora para correr?

Meu Deus ele vai me matar, saio de fininho debaixo da mesa enquanto ele se debate na cadeira para se levantar, corro para a porta de entrada. Quando vou sair me lembro que não paguei a conta.

Volto correndo para o caixa e deixo o dinheiro lá em cima e volto correndo em direção a porta, como toda desgraça é pouca taco a testa na porta de vidro e caio de bunda no chão. Meu Deus, eu já disse que não joguei pedra na cruz!

O barulho da minha testa se chocando contra o vidro faz um enorme barulho chamando atenção de todos ali no restaurante inclusive do homem irado que já estava de pé e com os sapatos de cadarço amarrados em mãos, ele me olha como se já soubesse que quem aprontou aquela atrocidade com ele fui eu, abro a porta de vidro e saio literalmente correndo pela calçada!

Eu já estava quase 30 minutos atrasada.

Este livro foi retirado no dia 31 de agosto de 2021.
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