9 Zaratras

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Me mexi na cama, despertando de leve, sentindo um corpo aninhado ao meu, não precisei abrir os olhos para saber quem era; afinal, as cenas do dia anterior ainda estavam em minha cabeça. Depois da primeira rodada de sexo, quando James caiu exausto debaixo de mim, adormecendo em seguida, o acordei horas depois para mais um round, e o mesmo pareceu extremamente disposto, e surpreendeu-me vê-lo tão obediente.
James ainda era um jovem, descobrindo o mundo e a si mesmo, era normal ter dúvidas em relação as sua sexualidade, o medo de se relacionar com um homem e perder o interesse em mulheres, porém jamais deixaria que isso abalasse as estruturas daquele jovem, afinal: o queria em perfeito estado, e isso demandava cuidado.
Não me opus quando ao voltar para faculdade, ele se relacionar com algumas garotas, claro que deixou-me um pouco incomodado, todavia jamais iria privá-lo de ter qualquer tipo de prazer, mesmo que fosse o mais comum, apenas o deixava incomodado o fato de que poderia lhe dar muito mais prazer do que o jovem jamais imaginara.
Sorri me remexendo, e apertando aquele corpo nu contra o meu, o fazendo gemer, resmungar e despertar aos poucos, para enrubescer em seguida.

_você fica uma gracinha desse jeito! – falei vendo-o corar como uma mocinha.

_isso não é coisa que se diga! – sentou-se e eu admirei suas costas marcadas, coberta por uma fênix de asas abertas.

_claro que não,.. Mas não pude resistir! – passei a mão por sua costa, o fazendo estremecer – com dor? – ele negou – algum incomodo? – negou novamente, me fazendo rir – está com vergonha de me encarar? – ele virou o rosto para ainda mais longe do meu, o que me fez gargalhar.

_não ria de mim, seu velho tarado! – resmungou.

_não precisa ter vergonha, James! – declarei sentando-me e me espreguiçando – você teve orgasmos arrebatadores, não deve se envergonhar disso, não fez nada de errado, e o que fizemos não é da conta de ninguém! – falei segurando seu queixo e o trazendo para mim – mais errado que isso, é não se permitir gozar das coisas boas da vida, importando-se com a opinião dos outros!

_eu não me importo! – bradou irritado, e cruzou os braços como uma criança.

_ótimo... – virei-me na cama, colocando as pernas para fora, levantando, exibindo meu corpo despido para meu jovem amante, o fazendo virar o rosto – gosta do que vê? – provoquei e ele fez bico.

_pra um velho, você até que da pro gasto! – resmungou e eu gargalhei com vontade. Era extremamente fofo vê-lo daquele jeito.

_você gostou James? – indaguei o observando com cuidado, e ele pareceu notar – não sentiu-se violado ou forçado a nada? – James pareceu ponderar antes de responder.

_não... Eu não senti nenhuma dessas coisas... – seu olhar perdeu-se em seu colo, enquanto ele continuava – você me amarrou, me imobilizou, e não pense que eu esqueci aqueles tapas que eu ganhei, mas... Não me senti violado... – sua voz perdeu-se junto com seus pensamentos.

_James! – o chamei, trazendo-o de volta a realidade.

_eu estou bem! – disse e então me olhou – eu gostei... – sorri malicioso de sua expressão ingênua, o fazendo fechar a cara – não me olhe assim!

_assim como? – indaguei fazendo-me de sonso.

_como se fosse me comer! – respondeu e meu sorriso aumentou.

_o que eu mais quero agora, é te comer... Porém, não vou assustá-lo! – pisquei e virei-me para o banheiro, indo rumo ao mesmo – quando quiser repetir a dose, só me pedir, James, e eu farei o que você quiser! – dei uma última olhada em seu rosto, antes de fechar a porta do banheiro.

Iria dar tempo a ele, e a julgar pelo horário, tinha que me encontrar com Emma, levando os papeis do divórcio. Era o melhor a se fazer, os mesmos estavam prontos desde o nosso casamento, como uma espécie de precaução, caso ela se desesperasse ao ser subjugada as minhas vontades, e decidisse fugir como um coelho assustado. Desde que Vicktore a tinha deixado com o seu amante ridículo, ela já quase não vinha para a mansão, eram poucas as vezes em que eu a via, ou que trocávamos algumas palavras. Foi uma decisão acertada. Quando voltei ao quarto, James já não se encontrava, e nem o lençol da minha cama, o único indicativo de que o jovem estivera ali, eram suas roupas que se encontravam ainda no mesmo lugar: jogadas no chão, ao lado das minhas.
Pacientemente me vesti e fui em busca do que era necessário, iria tomar café com meu advogado, Emma e o seu advogado, para resolvermos toda essa questão sem termos que levar nada a júri. Quando desci, encontrei Kathy e James tomando café, me aproximei e depositei um beijo na cabeça de minha menina.

Preso a Mim - Duologia Possessivos - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora